Orixás do candomblé baiano
Dezembro 17, 2008 por Manuela
Obá é uma grande guerreira, e foi uma das três esposas de Xangô. Conta a sua lenda que foi no seguimento de uma querela com Oxum, e com o intuito de obter a preferência de Xangô que ela cortou a orelha esquerda e, com ela, temperou um amalá para o seu esposo, pois Oxum a havia convencido de que fazendo isso, certamente ela iria conseguir o seu objetivo. O resultado foi contrário, pois Xangô detestou encontrar a orelha da esposa na sua comida e também a sua mutilação. Obá passou então a esconder a mutilação com a mão esquerda, com o seu escudo, ou também com um turbante.
Obá se vinga de Oxun entornando sobre seus pés um caldeirão de dendê fervendo, por isso que dizem que se conhece uma pessoa de Oxun pelos pés.
Lendas à parte, Mãe Obá representa o lado esquerdo preeminente feminino, ligada as Iyamís, ostenta seu poder apontando com a mão esquerda em riste na direção de sua orelha esquerda e com a mão direita empunha como num coice sua espada, dança esplendidamente. Chefe da sociedade Elekô e Gueledé onde homem não entra, guerreira amazona, padroeira da Guerra. Obá é da água barulhenta dos rios, do fogo e da terra.
6 são as qualidades de Obá.
- Obá Gìdéò
- Obà Syìó;
- Obà Lòdè;
- Obà Lóké;
- Obà Térà;
- Obà Lomyìn;
- Obà Rèwá.
Em qualquer das suas qualidades ou nomes pelo qual é conhecida, é uma guerreira destemida, mas ressentida. Veste-se de vermelho, branco e amarelo. Carrega ofá, espada e escudo. Gosta de acarajé de formato único, aberém, feijão fradinho, cabras, galinhas, coquéns e seu amalá é especial. Recebe culto às quartas-feiras e os seus filhos são em pequeno número.
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