Recentemente,
a imprensa tem noticiado más notícias para o Brasil apontando o avanço continuado
da criminalidade, o progressivo sucateamento da Petrobrás e a falência do sistema
educacional brasileiro, entre outros problemas, confirmando a incompetência do atual
governo para reverter esta situação. No que
concerne à criminalidade, os principais indicadores de 2007 até o presente momento apontam o aumento da taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que hoje é de 24,3. Nos Estados Unidos, a proporção é de 5 para 100 mil habitantes, enquanto que na maioria dos países europeus não chega a 3.
concerne à criminalidade, os principais indicadores de 2007 até o presente momento apontam o aumento da taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que hoje é de 24,3. Nos Estados Unidos, a proporção é de 5 para 100 mil habitantes, enquanto que na maioria dos países europeus não chega a 3.
Segundo os
especialistas, um fator que influenciaria na redução da criminalidade é a
ampliação
do investimento em segurança. Em 2012, seis das 27 unidades da Federação
gastaram
menos com segurança pública do que no ano anterior. Nos estados de São
Paulo e
Minas Gerais, houve redução da criminalidade porque nos últimos dois anos,
houve
aumento nos investimentos em segurança pública (Ver o artigo Apesar de
avanço social, Brasil não reduz índices criminais publicado no website
<http://www.jornalggn.com.br/noticia/apesar-de-avanco-social-brasil-nao-reduzindices-criminais>).
Quanto à
Petrobrás, seu sucateamento avança progressivamente. Este sucateamento, que resulta
da gestão incompetente da empresa, se manifesta na queda progressiva do valor das
ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo desde 2008, na queda de produção
de derivados de petróleo que a obriga a importá-los para suprir a demanda interna,
no endividamento crescente da empresa e na queda dos lucros da organização.
A queda no
valor das ações da Petrobrás na Bolsa de Valores de São Paulo pode ser
constatada
analisando sua evolução de 2008 a 2013 (R$ 85,60 em 03/01/2008, R$ 70,85 em
17/01/2008, R$ 38,80 em 21/07/2008 e R$ 18,06 em 11/10/2013) (Ver o artigo sob o
título 4 dedinhos de prosa sobre a Petrobras – Uma visão Contábil, Econômica
e sobre o Futuro de Marco Antonio Pinto de Faria, Presidente e Fundador do
Grupo SKILL, publicado no website
<http://blogskill.com.br/4-dedinhos-de-prosa-sobre-apetrobras-uma-visao-contabil-economica-e-sobre-o-futuro/#.Up-RAN1Tvcc>).
Sobre a
queda de produção da Petrobrás, Marco Antonio Pinto de Faria mostra no artigo acima
citado que a empresa tem produzido cada vez menos. Em 2012 a produção da Petrobras
caiu 2%. Começamos 2013 pior ainda: a produção de janeiro caiu 3,3% e a de fevereiro
recuou 2,25%. Só em 2012 o Brasil importou R$ 15 bilhões em derivados de petróleo.
Nos últimos 7 anos, a balança comercial (receita de exportação menos o gasto com
importações com o petróleo e derivados) apresentou um déficit superior a R$ 57 bilhões.
Sobre o endividamento da Petrobrás, Marco Antonio Pinto de Faria informa que o
governo federal levou a empresa a um nível perigoso de endividamento de quase 3
vezes a sua geração de resultados. Na gestão da atual da presidente da empresa,
Graça Foster, o balanço da Petrobras de 2012 apresentou um Passivo a Pagar de
R$ 332,3 bilhões, tendo apenas como Ativo Realizável R$ 118,1 bilhões. Ou seja,
a Petrobras devia 3 vezes o que tinha em caixa.
A queda do
lucro da Petrobrás está relacionada ao fato de a empresa ser utilizada pelo
governo
federal como instrumento de combate à inflação evitando ao aumento do preço dos
derivados de petróleo no Brasil. Além disso, o comprometimento do lucro da empresa
resulta também do fato de a Petrobrás ter exportado, durante anos, para a Argentina
gasolina a R$ 0,65 o litro quando no Brasil o consumidor paga em média R$ 2,80
o litro. O lucro da Petrobrás foi comprometido também com a compra em 2006 nos Estados
Unidos de uma falida refinaria por US$ 1,2 bilhão quando valia US$ 42 milhões,
segundo Marco Antonio Pinto de Faria. Em 2012, a Petrobrás apresentou o
menor
lucro dos últimos 8 anos, R$ 20,9 bilhões. Segundo Marco Antonio Pinto de
Faria,
outro fator comprometedor dos lucros da Petrobrás reside no fato da empresa
favorecer
o empresário Eike Batista com a aquisição de sondas petroleiras que a OGX
comprou no
exterior e que não tem utilidade.
Sobre a
falência do setor educacional brasileiro, é importante destacar os dados do
Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) que busca medir o
conhecimento e a habilidade em leitura, matemática e ciências de estudantes com
15 anos de idade tanto de países membro da OCDE como de países parceiros.
Figuram entre os países
membros da
OCDE Alemanha, Grécia, Chile, Coreia do Sul, México, Holanda e
Polônia.
Países como Argentina, Brasil, China, Peru, Qatar e Sérvia aparecem como
parceiros
e também fazem parte da avaliação. Esta avaliação já foi aplicada nos anos de 2000,
2003, 2006 e 2009 (Ver o artigo Pisa: desempenho do Brasil piora em leitura
e
'empaca'
em ciências publicado no website
<http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/12/03/pisa-desempenho-do-brasil-piora-emleitura-e-empaca-em-ciencias.htm>).
Esta avaliação evidenciou em 2012, a piora no
desempenho
dos estudantes brasileiros em relação a 2009. O Brasil ficou com a 55ª
posição do
ranking de leitura, o 59° lugar do ranking em ciências e a 58ª posição em
Matemática
entre 65 países. Tudo isto demonstra a enorme fragilidade do ensino
fundamental
e médio do Brasil.
Quanto ao
ensino universitário brasileiro, o seu desempenho também não é satisfatório.
O ranking
de consultora britânica de educação superior, Times Higher Education
(THE),
listou as 100 melhores instituições de ensino de 22 nações em desenvolvimento.
Entre as
faculdades brasileiras, as melhores são USP (11º lugar), Unicamp (24º), UFRJ
(60º) e
Unesp (87º). Isto significa dizer que o Brasil não tem universidades entre as
10
melhores
dos BRICs e países emergentes. Os quesitos analisados foram a qualidade do
ensino, a
colaboração internacional, investimento da indústria, pesquisa e citações
(influência)
(Ver o artigo Brasil não tem universidades entre 10 melhores dos países
emergentes
publicado no website
<http://oglobo.globo.com/educacao/brasil-nao-temuniversidades-entre-10-melhores-dos-paises-emergentes-10967823>).
No topo da
lista da consultora Times Higher Education (THE) encontra-se a China.
Além de
ostentar as duas primeiras colocações, com a Universidade de Pequim e a
Universidade
de Tsinghua, respectivamente, a China é o país com maior número de
instituições
da lista, com 23. Sua vizinha Taiwan vem em seguida, acumulando 21
universidades
dentre as 100. Numa comparação entre as nações que compõem os Brics, depois dos
chineses, os indianos aparecem com 10 instituições, seguidos pela África do Sul,
com cinco universidades, Brasil, com quatro nomes, e Rússia, com duas
faculdades.
Para o
editor da THE, Phil Baty, o desempenho do Brasil não condiz com o tamanho de
sua economia.
As pesquisas do Brasil não têm o mesmo impacto que alguns
concorrentes
dos Brics.
Pelo
exposto, o que se constata é a incompetência do atual governo brasileiro que
não
tem sabido
gerir a segurança pública, a Petrobrás e o sistema educacional brasileiro de
forma
eficiente e eficaz, além de não demonstrar capacidade para promover o
desenvolvimento
social, econômico e ambiental do Brasil com base em um plano de
desenvolvimento
integrado e sistêmico que possibilite a solução de suas
vulnerabilidades
internas e externas e o uso racional das imensas riquezas existentes no País.
*Fernando Alcoforado, 73, engenheiro e doutor em Planejamento
Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona,
professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico,
planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas
energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo,
1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora
Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São
Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese
de doutorado. Universidade de Barcelona,
http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e
Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento
do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA,
Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social
Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller
Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento
Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010),
Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento
global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011)
e Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora
CRV, Curitiba, 2012), entre outros
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