Série: pintores baianos
“A alegria
de estar sentado diante da parede nua e vê-la de repente revestir-se de cores
em nuances que se sucedem e se prolongam além das molduras, mais além das salas
antes fria e agora vibrante, cores e forma avolumando-se dentro de cada um dos
que estamos contemplando as pinturas de Guel.
A imaginação
corre solta, um universo fluido e vaporoso, céu e mar, começo e fim nascendo
juntos – e o jovem artista sorri. O mérito verdadeiro resulta de que o moço
Guel, guerrilheiro na batalha da arte mais avançada, se engaja inteiramente nos
materiais de expressão não tradicionais nascidos da tecnologia moderna,
dilacerando, com a
intrépida juventude e a inesgotável sede de afirmação, as ferramentas clássicas
que a disciplina do ensino o levara a empunhar e a manejar.
E eis que as
retículas fixadas do pigmento de sua palheta quase espacial, nos recordam o
mistério da criação as experiências do pintor americano John Marin juntando, em
livres pinceladas, movimentos de céu e mar, formas ao mesmo tempo diluídas e
marcantes.”
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