George Bryan "Beau" Brummell (07 de junho de
1778 - 30 de março, 1840) foi um figura polêmica na Inglaterra, pois
se tornara o árbitro da moda para homens na sociedade londrina. Fez-se amigo do
Príncipe Regente, o futuro rei George
IV.
Foi ele que, com olhar crítico,
estabeleceu o modo de vestir para os homens, baseado em casacos escuros,
full-length, calças em vez de
calções e meias, e acima de tudo investiu no uso de imaculada camisa de linho branco e num
elaborado amarrado que chamou de gravata. Dando origem ao que
hoje chamamos de terno. Elaborou também o smoking e a casaca.
Dono de modos cavalheirescos tinha o
dom de fazer amigos e influenciar pessoas, mas não dos credores que o
atazanavam cobrando-lhe débitos, o que o obrigou a fugir da Inglaterra para a
França para escapar da prisão, como devedor.
Apesar dessa situação peculiar, os
cidadãos ingleses jamais o marginalizaram. Seguiram os seus ensinamentos na
moda, na arte de receber, imitaram seus chistes, reproduziam suas piadas, seu
savoir-faire, sua elegância, seu falar pausado e sem altear a voz em quaisquer
circunstâncias, como se estivessem hipnotizados. E essa veneração continuou
inalterada até os dias atuais.
Esse sucesso alcançado por Brummell, no
Reino Inglês e mundo afora, no modo de vestir masculino com reflexos no
universo feminino, repercutiu também em meio às artes. A literatura tomou conta
de sua figura, assim como a pintura, a estatuária e o cinema. Georgette Heyer, famoso escritor,
incluiu aquela imponente figura como personagem em um dos seus romances (1935),
o cinema fez o Belo Brummell (1955) calcado em sua figura, às indústrias não
ficaram atrás, lançaram inúmeros produtos com a marca Brummell, no segmento de
artigos de luxo. Onda, que promete não parar.
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