Osvaldo Cruz
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Nome completo
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Osvaldo Gonçalves Cruz
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Nascimento
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Morte
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11 de fevereiro de1917 (44 anos)
Petrópolis |
Nacionalidade
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Ocupação
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Osvaldo
Gonçalves Cruz (São Luiz
do Paraitinga, 5 de agosto de 1872 — Petrópolis, 11 de fevereiro de 1917) foi um cientista, médico, bacteriologista,epidemiologista e sanitarista brasileiro.
Foi
o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no
Brasil. Fundou em 1900 o Instituto
Soroterápico Nacional no bairro de Manguinhos, no Rio de
Janeiro, transformado em Instituto
Oswaldo Cruz, respeitado
internacionalmente.
Biografia
Casa onde nasceu Osvaldo Cruz, em São Luís
do Paraitinga, São Paulo.
Filho
de cariocas, nasceu no interior de São Paulo.
Aos cinco anos, acompanhou a família no retorno ao Rio de
Janeiro. Ingressou na Faculdade
de Medicina do Rio de Janeiro em 1887, formando-se em 1892. Casou-se aos 20 anos, com jovem de família
rica. Em 1896,
estagiou durante três anos no Instituto Pasteur, em Paris,
sendo discípulo de Émile Roux,
seu diretor. Voltou ao Brasil em 1899 e organizou o combate ao surto de peste bubônica registrado
em Santos (SP)
e em outras cidades portuárias. Demonstrou que a epidemia era incontrolável sem o emprego do soro adequado. Como a importação era demorada, propôs
ao governo a instalação de um instituto para fabricá-lo.
Capa da Revista da Semana (outubro de 1904)
sobre a Revolta da Vacina.
Diretor-geral
da Saúde Pública (1903),
nomeado por José Joaquim Seabra, Ministro da Justiça, e pelo PresidenteRodrigues Alves,
coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e
da varíola,
no Rio de Janeiro. A nomeação foi uma surpresa geral. Organizou os batalhões de
"mata-mosquitos", encarregados de eliminar os focos dos insetos
transmissores. Convenceu Rodrigues Alves a
decretar a vacinação obrigatória,
o que provocou a rebelião de populares e daEscola Militar (1904) contra o que consideram uma invasão de suas
casas e uma vacinação forçada, o que ficou conhecido como Revolta da Vacina. A cidade era uma das mais sujas do mundo, pois dos boletins sanitários
da época se lê que a Saúde Pública em um mês vistoriou 14.772 prédios,
extinguiu 2.328 focos de larvas, limpou 2.091 calhas e telhados, 17.744 ralos e
28.200 tinas. Lavou 11.550 caixas automáticas e registos, 3.370 caixas d´água,
173 sarjetas, retirando 6.559 baldes de lixo e dos quintais de casas e terrenos
36 carroças de lixo, gastando 1.901 litros de petróleo (são dados do livro
indicado abaixo, de Sales Guerra). Houve um momento em que foi apontado como
«inimigo do povo», nos jornais, nos discursos da Câmara e do Senado, nas
caricaturas e nas modinhas de Carnaval. Houve uma revolta, tristemente célebre
como a revolta do «quebra-lampeão», em que todos foram quebrados pela fúria
popular, alimentada criminosamente durante meses pela demagogia de fanáticos e
ignorantes.
Premiado
no Congresso Internacional de Higiene e Demografia, em Berlim (1907), deixou a Saúde Pública (1909).
Dirigiu
a campanha de erradicação da febre amarela em Belém do Pará e estudou as condições sanitárias do vale do rio Amazonas e
da região onde seria construída a Estrada de
Ferro Madeira-Mamoré.
Em 1916, ajudou a fundar a Academia
Brasileira de Ciências e,
no mesmo ano, assumiu a prefeitura de Petrópolis.
Doente, faleceu um ano depois, não tendo completado o seu mandato. O mundo
inteiro lamentou sua morte no dia, com mais de que um minuto de silêncio.
Sua
vida é retratada no romance Sonhos Tropicais de Moacyr Scliar.
Homenagens
Estátua de
Osvaldo Cruz, Rio de Janeiro.
Sua face em uma moeda de 400 réis de 1936.
Na
cidade do Rio de
Janeiro, uma estação de trem, uma
avenida, um bairro e diversas escolas têm o nome de Osvaldo Cruz, além do
Instituto Soroterápico (atual FIOCRUZ), por ele fundado. Um município do estado
de São Paulo também
tem o seu nome.
Em
1909, quando Carlos Chagas descobriu o protozoário causador
da tripanossomíase americana (popularmente conhecida como "doença de Chagas") batizou-o com o nome de "Trypanosoma cruzi", em homenagem a Osvaldo Cruz.
Homenageado
na capital de São Paulo, com o logradouro Praça Oswaldo Cruz, no início da Avenida Paulista.
Em
1913 foi fundado o Centro
Acadêmico Oswaldo Cruz,
entidade representativa dos estudantes de medicina da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FMUSP).
Em
1936 o sanitarista teve a sua efígie cunhada na moeda brasileira de 400 réis, e, em 1986, impressa nas notas de Cz$ 50,00
(cinqüenta cruzados).
Em
1983, a Marinha do Brasil homenageou-o com o NAsH
Oswaldo Cruz (U-18), que opera nos rios da Amazônia a partir da cidade de Manaus.
Em
2003, Marcos Palmeira interpretou o sanitarista no curta metragem de Silvio Tendler Oswaldo
Cruz – O Médico do Brasil.
Osvaldo
Cruz é o segundo ocupante da cadeira 5 na Academia
Brasileira de Letras,
eleito em 11 de maio de 1912, na sucessão de Raimundo Correia e
recebido pelo acadêmico Afrânio Peixoto em 26 de junho de 1913.
Notas
Ir para
cima. A grafia original do
nome do biografado, Oswaldo Gonçalves Cruz, deve ser atualizada
conforme a onomástica estabelecida
a partir do Formulário
Ortográfico de 1943, por seguir as mesmas regras
dos substantivos comuns (Academia Brasileira de Letras – Formulário Ortográfico de
1943). Tal norma foi reafirmada
pelos subsequentes Acordos Ortográficos da língua portuguesa (Acordo Ortográfico de 1945 e Acordo Ortográfico de 1990). A norma é optativa para nomes de pessoas em vida, a fim de evitar
constrangimentos, mas após seu falecimento torna-se obrigatória para
publicações, ainda que se possa utilizar a grafia arcaica no foro privado
(Formulário Ortográfico de 1943, IX).
Fonte: Wikipédia
NR/ Segundo revelam outros documentos
históricos, Osvaldo Cruz foi indicado para receber o Nobel de Medicina.
Contudo, a inveja de seus colegas e inimigos fizeram com que o governo
brasileiro retirasse o apoio à indicação do seu nome, razão pela qual não foi premiado.
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