sábado, 16 de novembro de 2013

ANTÔNIO TORRES É ELEITO PARA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS


A Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu, nesta quinta-feira, 7, o baiano Antônio Torres para a
cadeira 23, que estava vazia desde a morte do jornalista Luiz Paulo Horta. Jorge Amado e Machado de Assis foram ilustres ocupantes da vaga.
Antônio Torres é o primeiro romancista eleito para a Academia em 10 anos. A última vez foi em 2003, com Ana Maria Machado e Moacyr Scliar. O baiano levou 34 dos 39 votos, sendo que dois foram em branco. A sessão foi comandada por Ana Maria Machado e contou com 20 acadêmicos.
Desde que a vaga foi aberta, em agosto, os boatos já diziam que, dessa vez, a ABL pretendia eleger um ficcionista. Nas últimas duas eleições, por exemplo, foram escolhidos a jornalista e militante social Rosiska Darcy de Oliveira e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O escritor já havia se candidatado três vezes para o cargo.

Torres é do sertão de Junco, na Bahia

Antônio Torres nasceu no sertão da Bahia, em um povoado chamado Junco. Recitava poemas de Castro Alves na praça da cidade e escrevia cartas para os moradores do povoado quando criança.
Foi repórter do extinto Jornal da Bahia em Salvador e trabalhou como publicitário em São Paulo e Portugal.
Aos 32 anos, publicou seu primeiro romance, Um cão uivando para a Lua, de grande aceitação pela crítica. Mas seu grande sucesso veio com Essa Terra (1976), livro que aborda o êxodo rural de nordestinos para o Sudeste do país em busca de uma vida melhor e que tornou-se uma obra prima.
Seus livros foram traduzidos em mais de 11 países. Torres foi condecorado com o título de Chevalier des Arts et des Lettres (traduzindo: Cavalheiro das Artes e Letras) pelo governo da França e ganhou o prêmio Prêmio Machado de Assis em 2000.

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