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O Museu
Imperial, popularmente conhecido como Palácio Imperial, é
um museu histórico-temático
localizado no centro da cidade de Petrópolis,
no estado do Rio de Janeiro, no Brasil.
Está instalado no antigo Palácio de Verão do imperador brasileiro dom Pedro II.
História
Herdando
a fazenda, seu filho dom Pedro II levou adiante a ideia paterna, construindo um
palacete neoclássico entre 1845 e 1862, obra que estava embutida em um grande projeto
urbanístico que envolvia a construção de toda uma cidade em seu entorno,
Petrópolis, e que previa, ainda, a colonização de toda a área, então quase
desabitada. O projeto foi de Júlio
Frederico Koeler, superintendente da Fazenda
Imperial, e, após sua morte, foi continuado pelos arquitetos Joaquim
Cândido Guilhobel e José Maria
Jacinto Rebelo.
Com
o advento da república,
a propriedade, alugada pela princesa Isabel,
foi ocupada pelo Colégio Notre Dame de Sion, mais tarde dando lugar ao Colégio
São Vicente de Paula. Um dos alunos do colégio, Alcindo de
Azevedo Sodré, que mostrava grande
interesse por história,
acalentou o sonho de ver o palácio transformado em museu, o que se realizou
através de um decreto do presidente brasileiro Getúlio Vargas de 16 de março de 1943, criando o Museu Imperial e indicando, como seu
primeiro diretor, o mesmo Alcindo Sodré.
Grande
parte da decoração interna ainda se preserva, como os pisos em pedras nobres,
os estuques, candelabros e mobília, reconstituindo os ambientes originais de
quando o palácio era habitado. A instituição é o museu mais visitado no país.
Acervo
O
acervo do museu é constituído por peças ligadas à monarquia brasileira, incluindo mobiliário,
documentos, obras de arte e objetos pessoais de integrantes da família
imperial. Na coleção de pinturas, destacam-se a "Fala do Trono", de
autoria de Pedro Américo, representando dom Pedro II na abertura da Assembleia Geral, e o último
retrato de dom Pedro I, pintado por Simplício
Rodrigues de Sá.
Particularmente
importantes são as joias imperiais, com a coroa de dom Pedro II, criada por Carlos
Marin especialmente para a
sagração e coroação do jovem imperador, então com 15 anos de idade, e a coroa
de dom Pedro I, além de diversas outras peças raras e preciosas, como o cofre de bronze dourado e porcelana oferecido
pelo rei de França Luís
Filipe I a seu filho Francisco
Fernando de Orléans, príncipe de Joinville, por
ocasião de seu casamento com a princesa dona Francisca; o colar de ouro, esmeraldas e rubis com insígnias do império que
pertenceu à imperatriz dona
Leopoldina, e o colar de ametistas
da Marquesa de Santos, presente de dom Pedro I.
O
acervo é distribuído nos seguintes espaços principais:
·
Sala
de Jantar, com rico conjunto de móveis assinados por F. Léger Jeanselme Père
& Fils, e serviço de louças.
·
Sala
de Música, preservando instrumentos como um harpa dourada de fabricação Pleyel Wolff,
um saltério do século XVIII fabricado
no Rio de Janeiro e opianoforte de
fabricação inglesa Broadwood, que teria, segundo a tradição, pertencido a Dom
Pedro I, e a espineta fabricada
por Mathias
Bosten em 1788, a única existente no mundo deste autor.
Completa a sala mobiliário lavrado em jacarandá.
·
Sala
de Estado, a mais importante do palácio, onde Dom Pedro recebia os visitantes
oficiais. O trono,
originalmente no Palácio da Quinta da Boa Vista, veio só mais tarde para o Museu Imperial,
junto com objetos de adorno como vasos, porcelanas de Sèvres, consoles e espelhos decorados.
·
Gabinete
de Dom Pedro II, onde o imperador passava a maior parte do dia em meio a
instrumentos científicos e livros. Ali se preservam, entre outros objetos, sualuneta, o primeiro telefone do Brasil, que ele trouxe dos Estados Unidos,
sua chaise-longue e diversos retratos pintados de familiares.
·
Aposentos
das Princesas, preservando os ambientes originais ocupados pelas princesas dona
Isabel e dona Leopoldina, com mobília em estilo dom José I.
·
Sala
de visitas da Imperatriz, onde Dona Teresa Cristina recebia suas amigas em caráter privado, para conversas e sessões
de bordados,
com mobília correspondente.
Biblioteca
A
rica biblioteca do
Museu Imperial preserva um importante acervo bibliográfico com cerca de 50 mil
volumes, especializados em História (principalmente do Brasil no período
Imperial), história de Petrópolis e Artes em geral.
A
seção de Obras Raras conta com itens preciosos como edições dos séculos XVI a XIX, periódicos, partituras, iluminuras, manuscritos, ex-libris, relatórios das Províncias e dos Ministérios e
coleção de Leis do Império, totalizando cerca de 8 mil volumes. Destas peças,
diversas pertenceram à família imperial e trazem anotações manuscritas,
encadernações luxuosas e ilustrações.
A
seção de livros de viajantes estrangeiros que passaram pelo Brasil nos
séculos XVIII e
XIX também é importante, documentando diversos aspectos da vida social e da
paisagem natural brasileira de então, com obras de Debret, Rugendas, Saint-Hilaire, Maria Graham, Henry Koster, Louis Agassiz, Charles Darwin, Spix eMartius.
Arquivo Histórico
O
museu possui uma coleção de mais de 250 mil documentos originais que datam
do século XIII e
vão até o século XX.
Especialmente interessante é a reunião defotografias que documentam a história e a evolução dos
aspectos urbanos e paisagísticos do estado do Rio de Janeiro e da cidade de
Petrópolis.
Diversas
coleções privadas enriquecem esta seção, como a de João
Lustosa da Cunha Paranaguá,
2º Marquês de Paranaguá; a de Ambrósio
Leitão da Cunha,Barão de Mamoré; a Coleção Barral-Monteferrat, com a correspondência entre
D. Pedro II e a Condessa
de Barral; o importante Arquivo
da Casa Imperial Brasileira, e diversas outras.
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