O COMEÇO DO FIM OU O
FIM DE UMA ERA?
Uma breve retrospectiva
O ano de 2013 ficará marcado, para sempre, em nossas
lembranças por sua atipicidade. Foi marcado por tempestades, tufões, incêndios,
enchentes, enfim, catástrofes. Pelo incêndio em Santa Maria, RS, em uma
famigerada boate, que tirou a vida de centenas de jovens universitários. Por
causa das chuvas e
ventos de quase trezentos quilômetros, que varreram duas
cidades brasileiras do mapa: uma do interior São Paulo e outra da Bahia.
Culminando com as enchentes em Minas Gerais e no Espírito Santo, onde mais de
quarenta mil pessoas se encontram desabrigadas e famintas.
Não bastassem tantos revezes, tendo
como causa o descuido dos nossos empresários e as forças da natureza, tivemos
de conviver com a miopia dos nossos governantes que fingem governar, mas que,
na verdade, só o fazem através de publicidade enganosa, mentirosa. Assim, o
Brasil deixou de crescer enquanto a arrecadação de tributos batia novos
recordes (um trilhão e seiscentos bilhões de reais, 36% do PIB). Crescia, sim,
a violência (a Bahia se tornou o estado mais violento da união), o déficit da
saúde e da educação (em situação vergonhosa), a entrega do patrimônio nacional
ao empresariado: estradas, aeroportos (privatização). Deixamos de ser
autossuficiente em petróleo, a Petrobras perdeu mais de 30% do seu valor de
mercado, deixando de figurar entre as maiores empresas do setor, no mundo, como
era patente, e proporcionando o pior resultado da Bolsa de Valores nos últimos
15 anos. A inflação atingiu índice de 5,9%, segundo o IBGE, inimaginável depois
do plano real. A dívida interna do país, bem como a externa, dispararam
(fizeram do tomate o grande vilão). Maquiaram as contas públicas. As creches, tampouco
os aeroportos regionais prometidas não apareceram, mas vieram médicos cubanos à
razão de dez mil reais por mês, pagos a Cuba. A partir do ano vindouro,
pagaremos muito mais imposto de renda, as transações dos nossos turistas no
exterior cuja tributação era de 0,38%, foi reajustada para 6,38 (um reajuste de
mil %). Foi um ano de descalabros administrativos, e nós contribuintes é que
pagamos por tais equívocos, ou melhor, por tanta incompetência. Só apareceram
os estádios para a Copa, financiados pelo BNDES, sendo que um deles, o de
Brasília, custou à bagatela de um bilhão e duzentos milhões de reais. O dólar
se valorizou e o real se apequenou. Enfim, o Brasil encolheu. É o anão dos
emergentes.
Ah, ia
esquecendo, o memorial da América Latina, em São Paulo, ardeu em chamas. Vão
reconstruí-lo. Esperar, hei de...
Por tais
razões, o Brasil acordou. Mas se acomodou novamente, deitou-se em berço
esplêndido. Foi às ruas: primeiro pacificamente, depois para vandalizar.
Vandalismo cruel, vergonhoso. O povo invadiu a Câmara dos Deputados, em
Brasília, e tentou o mesmo no Itamaraty e no Palácio da Alvorada. Os índios
também protestaram. A corrupção voltou com toda força, embora o STF tenha
mandado trancafiar, nas penitenciárias, o bando criminoso chefiado por José
Dirceu e Zé Genoíno.
No esporte,
estivemos bem na fita. Vencemos a Copa das Confederações e o povo gritou: “a
seleção voltou”. Ganhamos o torneio feminino mundial de vôlei. Obtivemos
medalhas de ouro de ginástica (argolas), natação, cinquenta metros, iatismos.
Arrebatamos o campeonato de handebol feminino – feito único, movido à coragem e
paixão. Nossos atletas paraolímpicos trouxeram para o Brasil o terceiro lugar
na competição. Nada mal.
Fomos
espionados, a presidente e a Petrobras. Nada de mais, todos os países espionam
uns aos outros, sem excepcionar o nosso. A surpresa deveu-se ao governo que
nada sabia – é sempre assim – embora disponha do Serviço Nacional de
Informações. Foi preciso que um repórter estrangeiro denunciasse aquela
atividade aos brasileiros. Grande celeuma... Silêncio.
A política
externa continuou na mesma. Ficamos a mercê de Hugo Chaves, dos humores de Evo
Morales, submissa aos destemperos de Cristina Kirchner, que retém nossos
produtos exportados, por 30/60 dias, na aduana argentina. E nada se faz nem se
dá um só pio. Nada... Para variar, a
parcialidade do Brasil puniu o Paraguai por ter obedecido a sua constituição,
quando do impeachment do seu ex-presidente. A oportunidade era valiosa para que
a Venezuela entrasse no MERCOSUL, pois o Paraguai era contra esse ingresso, o
que inviabilizava o sonho do títere Chaves, que pressionava o Brasil por esta
oportunidade. O que fizemos? Suspendemos o Paraguai da instituição, e, a
Venezuela foi aceita. Uma Venezuela que, embora tenha sido anunciada por Lula
como parceira na construção de uma refinaria de petróleo, em Pernambuco, jamais
cumpriu o contrato.
No Brasil e
no mundo:
Deparamo-nos
com dois Papas: Bento XVI (emérito) renunciou ao papado e entrou para a
história. Francisco I assumiu o trono do Vaticano (titular) depois do Brasil combinar
o jogo: o Papa pode ser argentino, porque Deus é brasileiro.
A França,
Itália, Portugal, Grécia, Espanha continuam enfrentando os mesmos problemas
econômicos: desemprego, zero de crescimento, insatisfações populares.
Nos EUA: um
atentado terrorista aconteceu na maratona de Boston, praticado por dois irmãos.
Um morreu, o outro está preso. A economia voltou a crescer e a taxa desemprego
caiu. Mas a matança nos colégios continua sem solução.
Na Síria a
guerra civil vai correndo solta. Na briga entre Israelenses e Palestinos, não
há intermediação que resolva os impasses. O Sudão do Norte, país do centro
africano, por divergência entre o presidente e o vice, de tribos diferentes,
está em conflito. O Papa apelou, aos litigantes, por paz. A França e a ONU
mandaram tropas para evitar o pior.
O Papa
esteve no Brasil, precisamente, no Rio de Janeiro, e foi aclamado por mais de
três milhões de fieis.
Daniela
Mercury anunciou ter se casado com uma mulher. Dizem as más línguas, que ela
deixou de armar seu camarote, no tradicional carnaval baiano, porque só depois
de casada viu quanto custa caro sustentar uma mulher. Suas finanças minguaram. Imaginem
o baque no cartão de crédito.
Angelina
Joly extirpou os seios, como tratamento, preventivo, para evitar câncer de
mama.
Justin
Bieber esteve por aqui. Pichou paredes, tal qual vândalo, foi desrespeitoso com
o público e fãs. Enfim, uma vergonha.
O império de
Eike Batista (empresas X) foi para o “beleléu”. Virou fumaça. O homem mais rico
do Brasil, dono de riqueza equiparável as maiores do capitalismo, passou da
condição de bilionário para a de milionário, com direito de frequentar a lista
dos piores empresários do mundo.
Morreram:
Jim Hall,
reconhecido como um dos maiores guitarristas da história do jazz,
Eleanor
Parker, A baronesa de A Noviça Rebelde (1965). Recebeu três indicações ao
Oscar;
Ester
Williams, rainhas das piscinas nos musicais de Hollywood;
Roberto
Civita, jornalista e dono do Grupo Editora Abril (Revista Veja);
Gilvan
Samico, gravurista pernambucano, criador do movimento Armorial;
Emílio
Santiago, havido como o melhor cantor brasileiro;
Djalma
Santos, um dos maiores laterais do futebol brasileiro;
Reginaldo
Rossi, o “Rei do Brega”. A música Garçom foi o seu maior sucesso.
E outros
tantos nomes da cultura, do jornalismo, do teatro, do cinema deste mundo, do
qual somos meros passantes.
Conquista:
Fernanda
Montenegro abiscoitou o Prêmio Emmy Internacional, a mais reputada láurea
destinada aos programas de TV, por sua atuação como D. Picucha no especial Doce
Mãe, exibido no fim de 2012 pela Rede Globo.
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