Para existir um Ilê (casa de candomblé), é necessário um Babalorixá ou
Yialorixá, competente, iniciado dentro da lei, seguindo rigidamente ao longo
dos seus anos de iniciação suas normas e preceitos, pois
somente assim terá o
aval, o consentimento, o axé necessário para desenvolvimento das suas
atribuições, atributos esses consignados por seu iniciador no nosso plano
material, e seu consequente desempenho com resultados positivos junto à sua
comunidade, que só serão obtidos com a aquiescência dos orixás que os monitoram
de forma permanente, permitindo ou até mesmo interrompendo uma situação de
resultados realmente significativos, quer seja na sua leitura esotérica ou no
trato com o povo. Como ninguém planta de manhã para colher à tarde, um Ilê com
axé, é estruturado com estudo, aprendizado, dedicação, humildade, respeito e
principalmente, conduta ritual, a medida que vai "merecendo" os
orixás vão lhe "dando" ao ponto de se obter uma estrutura suficiente,
para o início das atividades de um novo Ilê.
Em alguns casos, até mesmo por falta de um controle e fiscalização, por
parte de uma Confederação legitimada, decorrente da não organização dos
adeptos, muitos por conveniência, tem casas que são verdadeiros comércios (não
pelo fato de cobrarem algum benefício financeiro para sua manutenção e
sustento) pelo exagero dos valores pedidos, se aproveitando do medo e da
inocência de algumas pessoas, outras instituem total libertinagem por
conveniência de seus comandantes e comandados, outras pela sua ignorância ou
mal iniciação, em vez de ajudarem acabam causando um mal maior, e, infelizmente
somos abrigados a conviver com essas situações que denigrem como um todo a
nação candomblecista; Mas como Oxalá é sublime essas barreiras de alguma forma
são superadas, não colocando em risco a religião yorubá, e tão somente
fornecendo subsídios à algumas alas de algumas Igrejas, que se aproveitam
desses casos de exceções para se enaltecerem e nos escrachar, com objetivos de
"angariar" mais fiéis, visando uma melhoria de arrecadação, mas como
Deus é único, de alguma forma nos protege e seguimos adiante. As pessoas que
frequentam uma casa de candomblé, basicamente são: praticantes, simpatizantes e
usuários. A procura por esta religião tanto para prática como consulta, muito é
em virtude de um atendimento pessoal e individualizado, em que as pessoas tem
uma participação ativa, naquele instante a pessoa não é uma a mais numa
multidão, mas o centro das atenções, de uma forma que possa canalizar toda sua
fé, para obtenção do seu objetivo, e frise-se, a fé é fundamental e necessária
para qualquer intento, onde cada um deve fazer o melhor possível a sua parte,
no caso de quem está sofrendo a ação, comparecer fisicamente com o material no
dia e hora marcado, quando solicitado ou orientado para tal, e fazê-lo com
muita fé e dedicação.
A
hierarquia
Observância de uma hierarquia rígida é o instrumento que mantém permanentes as instituições, como o Estado, o exército, a religião... sua tradução literal expressa: ordem e subordinação dos poderes eclesiásticos, civis e militares; graduação de autoridade, correspondente às várias categorias. Em princípio, é o tempo de iniciação religiosa que conta, vale o ditado - antiguidade é posto - seguido do Oye (cargo) que a pessoa ocupe; o mais velho é sempre o mais velho, não importa que mais moço tenha seu cargo religiosos de maior importância; exceção única, feita ao Babalorixá ou Yialorixá, que por poder absoluto, está acima de todo e qualquer outro. De casa para casa ou de nação para nação, variam os cargos e seus nomes, e um ou outro detalhe da escala hierárquica, Via de regra são: - abians - por exprimir uma vontade de participar, ou escolhido a fazer parte da comunidade, recebe do babalorixá, um fio de contas "lavado" (colar ritual, símbolo do orixá do neófito), ou tenha se submetido a um bori (dar "comida" à ori , cabeça física e astral); participam no Ilê, ajudando com tarefas civis, nas festas, na limpeza e arrumação e decoração do barracão, preparo de café e almoço, alguma ajuda na cozinha ritual, onde são preparadas as oferendas dos orixás e demais tarefas afins. - Iyawô - o iniciado, também chamado de adoxú (aquele que levou adoxum ), neste período não lhes são revelados segredos, ficará recluso alguns (que variam de 7 a 21, conforme sua nação), num lugar chamado roncó ou camarinha, um quarto fechado, com algumas esteiras, é confiado aos cuidados do seu ojúbonà (pai-pequeno ou pai-criador) que o auxiliará e ensinará alguns
Observância de uma hierarquia rígida é o instrumento que mantém permanentes as instituições, como o Estado, o exército, a religião... sua tradução literal expressa: ordem e subordinação dos poderes eclesiásticos, civis e militares; graduação de autoridade, correspondente às várias categorias. Em princípio, é o tempo de iniciação religiosa que conta, vale o ditado - antiguidade é posto - seguido do Oye (cargo) que a pessoa ocupe; o mais velho é sempre o mais velho, não importa que mais moço tenha seu cargo religiosos de maior importância; exceção única, feita ao Babalorixá ou Yialorixá, que por poder absoluto, está acima de todo e qualquer outro. De casa para casa ou de nação para nação, variam os cargos e seus nomes, e um ou outro detalhe da escala hierárquica, Via de regra são: - abians - por exprimir uma vontade de participar, ou escolhido a fazer parte da comunidade, recebe do babalorixá, um fio de contas "lavado" (colar ritual, símbolo do orixá do neófito), ou tenha se submetido a um bori (dar "comida" à ori , cabeça física e astral); participam no Ilê, ajudando com tarefas civis, nas festas, na limpeza e arrumação e decoração do barracão, preparo de café e almoço, alguma ajuda na cozinha ritual, onde são preparadas as oferendas dos orixás e demais tarefas afins. - Iyawô - o iniciado, também chamado de adoxú (aquele que levou adoxum ), neste período não lhes são revelados segredos, ficará recluso alguns (que variam de 7 a 21, conforme sua nação), num lugar chamado roncó ou camarinha, um quarto fechado, com algumas esteiras, é confiado aos cuidados do seu ojúbonà (pai-pequeno ou pai-criador) que o auxiliará e ensinará alguns
Fazendo a
cabeça da filha-de-santo
comportamentos durante todo período da iniciação, o qual juntamente com
o iniciado, manterá resguardo neste período. Em um primeiro momento é feita a
raspagem do cabelo, símbolo de submissão e humildade e preparo do oxú (o alto
da cabeça, a moleira astral, chacra principal do corpo humano) para as
obrigações principais. Neste período o iniciado tem como objetivo principal
receber axé, a qual será responsável, pelo seu aumento e manutenção, através da
rígida observância, da sua conduta ritual. Completados sete anos de iniciação,
os iyawôs , após fazem sua "obrigação" ritualística que os 7 anos
requer, tornam-se ègbónmí (egbomi - "irmão mais velho"), e tem
direito a Ter seu próprio Ilê com a benção e autorização do seu babalorixá, bem
como Poderá fazer parte do grupo dos Oloiês. - Oloiês`-, podem adoxús ou
não-adoxús; os OGÃS, que quer dizer - chefe - podendo em alguns casos, ter seus
otuns e osis ; os postos de AXOGUN, ALABÊ, OGOTUN, AFICODÉ, IPERILODÉ, ELEMOXÓ,
ILÊIGBÓ, PEJIGAN em paralelo a IYAEGBÉ, IYAKEKERÉ (mãe pequena), BABÁKEKERÊ
(pai pequeno), YIÁMORÔ, AJOIÊ ou EKÉDE, DAGÃ, SIDAGÃ, em casa de Xangô, o cargo
da KOLABÁ, a IYÁ SIHA (relacionado a um ato litúrgico de Oxalá), IYÁEFUN(BABÁ),
IYÁLOSSAIN (BABÁ), IYÁBASÉ. Mais especificamente no ILÊ AXÉ OPÔ AFONJÁ tem os
OBÁS DE XANGÔ, seis da direita (otuns), com voz e voto; seis da esquerda (osis)
somente com voz. - Agbá - duas condições a um só tempo: a) antiguidade
iniciática (mais de 50 anos); b) antiguidade cronológica (mais de 60 anos). -
Iyálorixá - (Iyálaxé)/Babalorixá. Uma fila hierárquica, a exemplo da que
acontece nas "Águas de Oxalá" assim e procede: Iyálorixá (babá),
seguindo os demais Adoxú, quer sejam oloiês ou não, de acordo com
o tempo de iniciação, sempre o mais velho na frente do mais moço, sendo
a segunda da fila a(o) Iyáegbé (mais velho(a) adoxú do axé e segue a fila de
acordo com o tempo de iniciação, atrás do último adoxú, alternando-se ogans e
ajoiés, de acordo com o tempo de confirmação, atrás virão ao abians. O mais
velho é tudo; sempre se é iyawô para o imediato "mais velho", no
próprio "barco" (mais de um iniciado recolhido ao roncó para
iniciação) de iyawôs encontramos a figura do mais velho, chamado dofono, e
sucessivamente dofonitinho, fomo, fomotinho, gamo gamotinho... ao dofono é
aquele a quem se pede a benção em primeiro lugar, devendo, este, contudo, ser o
primeiro a servir seus demais irmãos mais moços. É muito importante o mais
velho se colocar no difícil papel; é o responsável - sem que muitas vezes saiba
- pelo futuro do seu mais novo, seus anseios, esperanças, fantasias...
A quizila e as proibições
A quizila é uma forma de reação negativa que atinge as pessoas, quer seja fisicamente, causando algum mal estar, ou, na vida pessoal gerando algum "atrapalho" ou perda; e, acontece quando comemos ou fazemos algo que não devemos; todos os orixás tem suas quizilas, e como filhos devemos respeitá-las, por exemplo: não devemos comer determinadas comidas, que são oferecidas aos orixás, pelo fato que, quando oferecemos à eles esta comida, eles "transformam" as energias daquela comida, em energia positiva para nós, das quais estamos precisando constantemente, portanto é comida do orixá, não nossa. A quizila, em alguns casos, é como se fosse uma "alergia" natural, que comemos alguma coisa, e imediatamente temos uma reação alérgica, porém a mais perigosa é aquela que não sentimos de imediato alguma reação, o que erradamente leva alguns filhos de santo, usarem, um sistema, Ah! Eu comi, não fez mal, não terá problema, aí é que se enganam, pois a reação virá quando menos esperam, atingindo de alguma outra forma. Os iniciados sabem o que devem respeitar, se não o fazem é por serem descomprendidos, evidente que há casos de desconhecimento, por uma má iniciação, e muito mais valor terá, se gostarmos daquilo que não podemos, pois é muito fácil se evitar, o que não gostamos. As proibições mais comuns, são com relação a determinadas comidas, temperos, folhas, bebidas, cores...
A quizila e as proibições
A quizila é uma forma de reação negativa que atinge as pessoas, quer seja fisicamente, causando algum mal estar, ou, na vida pessoal gerando algum "atrapalho" ou perda; e, acontece quando comemos ou fazemos algo que não devemos; todos os orixás tem suas quizilas, e como filhos devemos respeitá-las, por exemplo: não devemos comer determinadas comidas, que são oferecidas aos orixás, pelo fato que, quando oferecemos à eles esta comida, eles "transformam" as energias daquela comida, em energia positiva para nós, das quais estamos precisando constantemente, portanto é comida do orixá, não nossa. A quizila, em alguns casos, é como se fosse uma "alergia" natural, que comemos alguma coisa, e imediatamente temos uma reação alérgica, porém a mais perigosa é aquela que não sentimos de imediato alguma reação, o que erradamente leva alguns filhos de santo, usarem, um sistema, Ah! Eu comi, não fez mal, não terá problema, aí é que se enganam, pois a reação virá quando menos esperam, atingindo de alguma outra forma. Os iniciados sabem o que devem respeitar, se não o fazem é por serem descomprendidos, evidente que há casos de desconhecimento, por uma má iniciação, e muito mais valor terá, se gostarmos daquilo que não podemos, pois é muito fácil se evitar, o que não gostamos. As proibições mais comuns, são com relação a determinadas comidas, temperos, folhas, bebidas, cores...
Fonte: Candomblé
Nenhum comentário:
Postar um comentário