O Museu
Nacional, vinculado à Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
é voltado à difusão científica e cultural atuando na interface memória e
produção científica. É um dos mais importantes museus brasileiros, sendo a primeira instituição científica do
país e o maior museu de história natural eantropológica da América Latina.
Criado
por Dom João VI,
em 6 de junho de 1818 e sediado
inicialmente no Campo de
Santana, serviu para atender aos
interesses de promoção do progresso cultural e econômico no país. Originalmente
denominado de Museu Real, foi incorporado à universidade em 1946. Está
localizado no interior do Parque da Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de
Janeiro, Brasil.
O
palácio foi residência da família
real portuguesa de 1808 a 1821,
pertenceu à família
imperial brasileira de 1822 a 1889, abrigou
a primeira Assembléia
Constituinte Republicana de
1889 a 1891 e é sede do Museu Nacional desde 1892. Ser a residência da família
imperial brasileira até 1889 deu ao museu um caráter ímpar frente às outras
instituições do gênero.
História
Antecedentes
A
instituição remonta ao Museu Real, fundado por Dom João VI (1816-1826) em 1818, numa iniciativa para estimular o conhecimento
científico no Brasil.
Inicialmente o museu abrigou coleções de materiais botânicos, de animais empalhados, de minerais, de numismática,
de obras de arte e de máquinas. Herdou algumas das aves empalhadas da antiga Casa dos
Pássaros, primeiro museu de história natural brasileiro, fundado pelo
vice-rei Dom Luis de Vasconcelos. A primeira sede do Museu Real localizava-se
no Campo de
Santana, no centro da
cidade, em um prédio mais tarde
ocupado pelo Arquivo Nacional.2
Com
o casamento do príncipe Dom Pedro I com
a princesa Maria
Leopoldina de Áustria,
vieram para o Brasil importantes naturalistas europeus, como Johann
Baptiste von Spix e Carl
Friedrich Philipp von Martius,
que trabalharam para o museu. Muitos outros pesquisadores europeus, como Auguste de
Saint-Hilaire eGeorg
Heinrich von Langsdorff,
contribuíram, ao longo do século XIX, para a coleção de exemplares naturais e
etnológicos da instituição, nas respectivas expedições pelo país.
No
entanto, a remoção da Corte para o Rio de Janeiro, um movimento invisível da
história colonial, implicou também uma inversão completa das geografias de conhecimento
dessas instituições invocada, de repente não havia metrópole para enviar as
espécies e os alunos. Em 1817,
a Imperatriz Leopoldina, uma princesa de Habsburgo, chegou ao Brasil com toda uma equipe de
cientistas austríacos, incluindo os naturalistas Karl Friedrich von Martius e
Johann Baptist von Spix, que, além da fundação de um jardim botânico, que foi
anexado ao museu em 1819,
imediatamente embarcaram em uma viagem de três anos para o interior, publicado
como Reise nach Brasilien em Munique, em 1827. O museu nos anos seguintes operado como um
mediador entre expedicionários estrangeiros, como o austríaco príncipe
Maximilian von Wied-Neuwied, o barão Langsdorff russo, ou o francês Auguste de
Saint-Hilaire, garantindo proteção oficial em troca de uma participação modesta
das espécies eles recolhidos.
Particularmente
após a declaração da Independência em 1822 e a nomeação como ministro do Tribunal de
José Bonifácio de Andrada e Silva, um reformador iluminado e ele próprio um
mineralogista treinados, gestores públicos e museu insistentemente reivindicado
para a instituição local uma parte justa dos itens coletados - e, portanto,
soltar uma briga eterna entre viajantes estrangeiros e museólogos brasileiros
que atingiria o seu pico quando o Império se desfez. Posição do museu neste
debate implícito na territorialidade, entretanto, foi enfraquecido pelo fato de
que bem na segunda metade do século, a fim de adquirir coleções, que tinha
pouca escolha mas para comprá-los de estrangeiros especialistas, como a coleção
de minerais Werner, comprado do geólogo alemão Pabst von Ohain em 1818 em 12 mil réis.
Segundo Reinado
No
decorrer do século XIX,
refletindo tanto as preferências do Imperador Dom Pedro II quanto o interesse do público europeu, o Museu Nacional passou a investir nas áreas
da antropologia, paleontologia e arqueologia.
O próprio Imperador, um entusiasta de todos os ramos da ciência, contribuiu com
diversas peças de arte egípcia, fósseis e
exemplares botânicos, entre outros itens, obtidos por ele em suas viagens.
Desta forma o Museu Nacional se modernizou e tornou-se o centro mais importante
da América do Sul em História Natural e Ciências Humanas.
República
O
Imperador ainda era uma figura muito popular no momento em que foi deposto, em 1889. Desta forma, os republicanos procuraram
apagar os símbolos do Império. Um destes símbolos, o Paço de São Cristóvão, a residência oficial dos imperadores, tornou-se um local ocioso e que
ainda representava o poder imperial. Então, em 1892, o Museu Nacional, com todo o seu acervo e seus
pesquisadores, foi transferido da Casa dos Pássaros para o Paço de São
Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, onde se encontra até os dias de hoje.
Em 1946 o Museu passou a ser administrado pela
então Universidade do Brasil, atual UFRJ. Os pesquisadores e laboratórios
ocupam boa parte do museu e alguns prédios erguidos no Horto Botânico, na
Quinta da Boa Vista. No Horto ainda encontra-se uma das maiores bibliotecas
científicas do Rio de Janeiro.
Ensino
Atualmente,
o Museu Nacional oferece cursos de pós-graduação vinculados à UFRJ nas áreas de Antropologia Social, Arqueologia, Botânica, Geologia, Paleontologia e Zoologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário