Foto: Creative Commons
A Drosera cayennensis
A segunda edição de 2013 do Boletim de Ciências Naturais do Museu Paraense Emílio Goeldi apresenta a primeira ocorrência de uma espécie de planta carnívora, a Drosera cayennensis, em campinas do Baixo
Tocantins, no Pará. O trabalho é dos pesquisadores Leandro Ferreira, Maria de Nazaré Bastos e Denise Cunha, do museu, além de João Ubiratan Santos, da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Há somente sete registros da espécie no estado. A descoberta no município de Cametá indica bom estado de conservação da área. As campinas amazônicas são um dos tipos de vegetação mais ameaçados e menos protegidos no Pará devido à extração ilegal de areia usada na construção civil.
A capa desta edição traz o girino Bokermannohyla circundara, que ocorre no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. A espécie foi reescritas por Marcelle Mantoanelli Mongin e Ana Maria Carvalho-e-Silva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que acrescentaram dados sobre desova, desenvolvimento e morfologia.
Estudo de autoria de Danúbia Tavares da Silva, Jean Michel Lafon e José Augusto Martins Corrêa (UFPA) demonstra os teores elevados de metais pesados encontrados no Rio Amapari, na Serra do Navio, no Amapá. A análise identificou que essa ocorrência é natural, em função da presença de minerais, e que não há correlação significativa com a atividade mineradora que se deu por anos na região.
Savanas em Roraima
Há também a descrição da estrutura arbórea e florística das áreas de savana em Roraima, no extremo norte do país. Maiara Marta Conceição dos Santos e José Frutuoso do Vale Júnior, da Universidade Federal Rural de Roraima (UFRR), e Reinaldo Imbrozio Barbosa, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), identificaram 52 espécies, 41 gêneros e 25 famílias, sendo que as famílias Fabaceae e Sapotaceae foram as mais ricas em espécies.
Outro artigo apresenta uma proposta metodológica para caracterização e delimitação de zonas favoráveis à recarga de aquíferos a partir da bacia hidrográfica do Rio Paracatu, em Minas Gerais. Os autores são Vitor Vieira Vasconcelos e Paulo Pereira Martins Junior, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), e Renato Moreira Hadad, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas).
Por fim, uma nota assinada por Peter Mann de Toledo, Heloísa Maria Moraes dos Santos e Maria Inês Feijó Ramos homenageia Cândido Simões Ferreira, falecido em setembro no Rio de Janeiro. O pesquisador atuou no Museu Goeldi nos anos de 1955 a 1957 e teve uma grande importância na instituição, reorganizando e revitalizando o conhecimento em geologia e paleontologia sobre a região amazônica.
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