segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

ALEA JACTA ESTE



Os dados estão lançados ou a sorte está lançada




Alea jacta est (grafia em latim: alea jacta est) significa, em português, "Os dados estão lançados",
mas traduzido comumente como "A sorte está lançada". Na linguagem popular, é uma expressão utilizada quando os fatores determinantes de um resultado já foram realizados, restando apenas revelá-los ou descobri-los.
Foi a frase em latim supostamente proferida por Júlio César ao tomar a decisão de cruzar com suas legiões o rio Rubicão, que delimitava a divisa entre a Gália Cisalpina (Gália ao sul dos Alpes, que atualmente corresponde ao território do norte da península Itálica) e o território da Itália.
Na época romana, corria o rio para o Mar Adriático entre Ariminum (atual Rimini) e Cesena. A identidade moderna do rio é discutida, mas as evidencias sugerem correta a atual identificaçao com o rio Fiumicino, na Província de Forlì-Cesena.
O rio ficou conhecido pelo fato de que as leis romanas no período da República proibia qualquer general romano de atravessá-lo acompanhado de suas tropas, retornando de campanhas ao norte de Roma.

Tal medida visava impedir que os generais manobrassem grandes contigentes de tropas no núcleo do Império Romano, evitando riscos à estabilidade do poder central. O curso d´água marcava então a divisão entre a província da Gália Cisalpina e o território da cidade de Roma (posteriormente, província da Itália).
Quando Júlio César atravessou o Rubicão, em 49 a.C., presumivelmente em 10 de janeiro do calendário romano, em perseguição a Pompeu, violou a lei e tornou inevitável o conflito armado. Segundo Suetônio, César teria então proferido a famosa frase Alea jacta est ("a sorte está lançada" ou "os dados estão lançados"). O mesmo autor também descreve como César parecia indeciso ao se aproximar do rio e atribui a decisão de atravessar a uma aparição sobrenatural.
A frase "atravessar o Rubicão" passou a ser usada para referir-se a qualquer pessoa que tome uma decisão arriscada de maneira irrevogável, sem volta.
O escritor brasileiro Machado de Assis (1839-1908) cita a expressão em seu romance Helena, quando o personagem Estácio decide pedir a noiva Eugenia em casamento:


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