Sinfonia
n. 8 era mesmo inacabada?
A Sinfonia
em si menor, D. 759, de Franz Schubert (ou
"Sinfonia Inacabada" ou ainda "Sinfonia n.º 8") foi
composta em 1822, mas só foi descoberta vários anos depois da morte do
compositor. É-lhe atribuída normalmente a posição 8 entre as sinfonias de
Schubert, mas segundo as renumerações recentes deveria ser a n.º 7. O nome
de Inacabada ou Inconclusa deve-se a ter
apenas dois andamentos, embora nada demonstre que Schubert pensasse em fazer
mais, com o qual (ou quais) a obra estaria completa. Alguns musicólogos afirmam
que esta sinfonia antecipa a música de Anton Bruckner.
Há diversas teorias
sobre o motivo pelo qual a sinfonia está incompleta, e por que motivos Schubert
não chegou a terminar a obra. Há quem considere que, ao inteirar-se apenas um
mês depois de começá-la, que padecia de sífilis, teria
abandonado a obra e a teria dado ao seu amigo Josef Hüttenbrenner. Este, por
sua vez, deu-a ao seu irmão Anselm, que finalmente
a entregou a Johann Herbeck, o maestro
que a estrearia em Viena.
A sinfonia é uma
das mais tocadas no mundo, e os seus dois andamentos estão marcados como:
1. Allegro
moderato (si menor)
2. Andante con
moto (mi maior)
A sinfonia surgiu
após em 1823, a Sociedade Musical de Graz ter
agraciado Schubert com um diploma honorário. O compositor sentiu-se obrigado a
agradecer dedicando uma sinfonia à instituição, e deu ao seu amigo Anselm Hüttenbrenner,
representante da Sociedade, uma partitura que escrevera em 1822. Estes fatos
são conhecidos, mas não se sabe nada sobre quanto da sinfonia foi escrito, e se
existe ou existiu mais do que foi entregue a Hüttenbrenner. Os dois primeiros
andamentos são conhecidos, tal como duas páginas de um scherzo, e a parte
restante do scherzo para piano, mas nada de um hipotético andamento adicional.
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