Palácio do governo
Às 13:30 horas do dia 10 de janeiro
de 1912, a cidade do Salvador foi bombardeada. O cidadão comum pensa que a
cidade foi bombardeada do Forte São Marcelo, por decisão única e exclusiva de
seu
comandante, isto não é verdade. Foram os políticos da época, que com suas
tratantadas criaram as condições para que isso acontecesse, senão vejamos, o
Governador Araújo Pinho renunciou ao cargo, faltando 45 dias para as eleições
do novo governador, alegando doença. Por trás, estavam Ruy Barbosa, presidente
do partido e os ex-governadores José Marcelino e Severino Vieira que queriam o
adiamento das eleições. O presidente do senado estadual, Cônego Manoel Leôncio
Galrão, primeiro na linha sucessória também alegou doença. A Assembléia Geral
estava de recesso e não poderia julgar o pedido de renúncia.
J.J. Seabra o responsável pelo bombardeio
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Assumiu Aurélio Viana, presidente da
Assembléia, segundo na linha sucessória, inimigo de J.J. Seabra, candidato da
oposição ao governo do estado. A sua primeira decisão foi transferir a capital
para a Cidade de Jequié e lá, apreciar a renúncia e marcar nova data para as
eleições. Determinou a ocupação do Palácio Rio Branco, sede do governo e da
Câmara Municipal, sede do poder legislativo estadual. Tropas da Polícia Militar
interditaram as ruas que davam acesso a esses prédios.
Os deputados e senadores solicitaram
ao Juiz Federal, Dr. Paulo Fontes, o direito de acesso à Câmara Municipal. O
governador Aurélio Viana não aceita a ordem do juiz para desocupar a sede da
Câmara, então o Juiz solicita ao Ministro da Justiça, tropa federal para fazer
cumprir sua determinação.
Palácio do governo bombardeado
Era comandante da Região Militar o
General Sotero de Menezes, que de imediato, envia oficiais do seu comando, para
dialogarem com o governador, tentando fazê-lo recuar de suas intenções. O
governador pede uma hora para pensar, após a qual, informa que não vai voltar
atrás. O Comandante Militar emite um documento para as representações
diplomáticas, para que se afastem da área pois, dentro de uma hora, fará uso da
força militar.
Passado uma hora o Forte São Marcelo começou a
bombardear o Palácio Rio Branco; o Forte do Barbalho a Câmara Municipal e o
Forte de São Pedro o quartel da polícia militar. Os prejuízos materiais foram
grandes, maior foi o prejuízo para a cultura e a arte, pela destruição da
biblioteca pública com um acervo de mais de 30 mil volumes de obras e
documentos raros e o estrago feito no patrimônio arquitetônico da cidade.
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Como no passado, os políticos de hoje continuam afundando o Brasil. O maior prejuízo é a falta de referência para os jovens. Grande parte da classe política está podre!
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