A Vitória é
um bairro nobre de Salvador,
Bahia. Formado basicamente pelas classes
média-alta e alta, está geograficamente posicionado junto ao declive que
margeia a entrada da Baía de
Todos os Santos. É o metro quadrado mais caro
do norte/nordeste.
Vitória
antiga
A
Vitória faz ligação entre a Cidade Velha de Salvador (o centro antigo) e
a Barra,
que dá início à orla marítima. Bairro tradicional, cuja ocupação rural data do
fim do século XVI. Tornou-se na década de 1940 um
dos pólos de concentração de artistas e intelectuais baianos, aspecto que se
intensificou nos anos seguintes à fundação da Universidade
da Bahia. Em menos de um quilômetro de
extensão total, o Corredor da Vitória abriga o Museu de
Arte da Bahia, o Museu
Carlos Costa Pinto e o Museu
Geológico da Bahia. A Vitória é uma das regiões
urbanas mais valorizadas no Nordeste do Brasil.
O
bairro da Vitória é basicamente composto pelo Corredor da Vitória, trecho da
avenida Sete de Setembro que vai do Largo da Vitória até o Campo
Grande, ruas e vielas adjacentes.
É
vizinho dos bairros da Barra, Graça, Campo
Grande e Canela.
A
Vitória é um dos metros quadrados mais
elevados de Salvador. Alguns de seus edifícios possuem teleféricos e píers
exclusivos para o mar. O bairro tem construções que estão entre as mais altas
da Bahia, como o edifício
Margarida Costa Pinto,
de 148 metros de altura e 43 pavimentos, e a Morada dos Cardeais, com 137
metros de altura e 40 pavimentos.
O
calçamento de pedra portuguesa das
calçadas do Corredor da Vitória remonta à urbanização daquele trecho da avenida
Sete no século XIX. As árvoresseculares plantadas na via dão uma
característica única a esta região de Salvador, com seus museus, centros culturais e palacetes.
No
Largo da Vitória fica a Igreja
de Nossa Senhora da Vitória,
tombada em outubro de 2007 pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Na praça em frente à igreja há um busto em homenagem ao
governador Rodrigues Lima. Ao lado da igreja, ao fundo, uma viela desce a encosta da Ladeira da
Barra, onde estão fixadas as moradias de uma pequena comunidade.
O Esporte Clube Vitória, um dos dois clubes populares de Salvador,
ganhou esse nome porque foi fundado num casarão que se localizava onde hoje
fica o Edifício Casablanca.
Seguindo
o trajeto do antigo Caminho do Conselho, começa no topo da Ladeira da Barra,
onde fica a Igreja
de Nossa Senhora da Vitória (construída
pelos portugueses no século XVI - daí o nome do bairro), na pequena praça
Rodrigues Lima, popularmente chamada de Largo da Vitória, onde se
encontra um busto que homenageia o ex-governador Rodrigues Lima;
a partir daí a avenida é chamada de Corredor da Vitória, se estendendo por um trecho com pouco mais de um quilômetro de
extensão e abrigando grandes equipamentos culturais da cidade de Salvador,
assim como um patrimônio da
arquitetura eclética dos séculos XIX e XX.
Teleférico
cabinado de um dos edifícios da Vitória
Até
o começo do século XIX era um subúrbio de Salvador, sendo ocupado a partir da
segunda metade por enormes casarões com feições arquitetônicas distintas do
então predominante estilo
colonial, abrigando em parte a
nascente aristocracia imperial que fugia das estreitas e acidentadas ruas
do Centro
Histórico, assim como comerciantes
estrangeiros ingleses, franceses, espanhóis e italianos recém-chegados à cidade da Bahia,
que se instalaram nesse trecho trazendo inovações construtivas baseadas nos
princípios higienistas europeus, separando suas residências com recuos laterais, jardins e sanitários próprios.
A
partir do século XX, com o inchaço urbano e as transformações econômicas e sociais
sofridas por Salvador, toda a área entra em um profundo processo de especulação
imobiliária, pela verticalização (sendo
ali construído o edifício Apolo XXVIII, durante décadas o mais alto da
Capital), destruindo vários monumentos arquitetônicos. No final dos anos 80 ocorre a intervenção preservacionista,
pela ocupação e destinação pública de várias da mansões. Contudo, até os dias
atuais não existe uma lei de tombamento específico para o acervo local, deixando-o desprotegido contra o
avanço da ocupação desordenada.
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