465 anos
Onde se vê o nascer e o pôr do sol no mar
A Barra é
um dos bairros mais
tradicionais de Salvador,
capital da Bahia,
localizado na parte sul da cidade de mesmo nome. Possui uma localização geográfica única no mundo, onde é possível ver tanto o nascer quanto
o pôr-do-sol no mar,
pois ocupa o vértice da
península em
que está a cidade. É banhada pelo Oceano Atlântico de um lado e de outro está a Baía de
Todos os Santos em sua parte interna. E
preserva em sua paisagem um
acervo histórico e arquitetônico valioso
para o Brasil,
sendo o Farol da
Barra seu ícone mais famoso,
ao lado dos fortes de Santa Maria e São Diogo.
Suas praias,
principalmente o Porto da
Barra, são frequentadas por
diferentes públicos e classes sociais,
que se desdobram em suas areias eáguas tranquilas.
A
Barra tem uma boa distribuição de lojas, cafés, restaurantes, bares, boates, residências, áreas verdes, eventos e monumentos históricos. A Barra também concentra um grande número de
pessoas idosas e pessoas com poder aquisitvo alto.
No
início da colonização do
território brasileiro, El-Rei Dom João III doou
a capitania
hereditária da Baía de todos os Santos ao donatário Francisco
Pereira Coutinho, que se instalou na região,
em 1534,
fundando o Arraial do Pereira nas imediações onde hoje se situa a Ladeira da Barra, e
construindo as “casas para cem moradores” que, doze anos depois ainda seriam
encontradas por Tomé de Sousa na
época da fundação da cidade, chamada de Vila Velha,
referida nas cartas dos jesuítas e nos documentos do primeiro governador-geral.
Onde atualmente se encontra a Igreja
de Santo Antônio da Barra foi
erguida uma fortaleza,
um castelo feito
de taipa e madeira.
Também
ocorre a primeira experiência de miscigenação da cultura nativa indígena com o branco europeu na história do Brasil, tendo nas figuras de Diogo Álvares Correia, o Caramuru e
sua esposa, a índia Catarina Paraguaçu os principais elementos históricos, sendo este chamado tempos depois pelo poeta Gregório de Mattos de "o Adão de Massapê", pai da civilização baiana.
Foi no atual Porto da
Barra, que o governador-geral Tomé de
Sousa desembarcou com homens e materiais, fundando a cidade de São
Salvador da Bahia de Todos os Santos no ano de 1549, século
século XVI. Na época, a vila já
contava com mais de mil habitantes, entre índios e europeus; após a criação da capital, a Vila Velha foi lentamente se esvaziando até
desaparecer completamente, no século XVII.
Até
ao século XIX, permanece como um subúrbio da cidade, tornado depois um balneário marítimo na primeira metade do século XX,
e após a transformação do Caminho do Conselho na Avenida
Sete, se inicia o processo de
consolidação como bairro importante.
Em 1942, é construído o Edifício Oceânica,
seu marco mais conhecido da arquitetura moderna.
O bairro recebeu durante o século XX, um considerável número de imigrantes
vindos de Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, Polónia e Rússia.
O
bairro da Barra possui uma localização peculiar, se situando na ponta da península que
é a cidade de Salvador. Seus acessos principais se dão pela Avenida
Centenário a oeste, a Avenida Oceânica ao sul e
as avenidas Sete de
Setembro (no trecho chamado
de Ladeira da Barra, que se prolonga pelo Corredor da Vitória até a Praça
Castro Alves) e Princesa Isabel, aonorte.
A
Avenida Princesa Isabel é a mais central e passa pelo minúsculo bairro da Barra Avenida.
Paralela a ela segue a rua Cezar Zama,
que a certa altura passa a chamar-se Marquês de Caravelas e a rua Afonso Celso,
além de outras importantes vias locais, como a Marques de Leão (e não Marquês,
como alguns podem supor).
O
bairro da Barra se limita com os distritos da Vitória, Graça e
a Barra
Avenida (ao norte), Ondina e Chame-Chame (ao leste), do Oceano Atlântico (ao sul) e da Baía de
Todos os Santos (a leste). Esta
localização faz com que a Barra seja um dos únicos locais do Brasil continental onde se tem o pôr-do-sol no
mar.
Fazendo
parte do chamado Circuito Tradicional do Carnaval baiano, esse "circuito" na qual é denominado Barra-Ondina começa
no ponto inicial do traçado da Avenida
Sete de Setembro, em frente ao Forte de
Santo Antônio da Barra e
possui inúmeros hotéis cinco
estrelas que são renomados nacional e internacionalmente. É um bairro
eminentemente residencial,
de classe alta, embora conte com uma grande rede de pequenos comércios, além de muitos bares ao longo da orla.
O Shopping Barra,
terceiro maior centro de compras da capital, também se situa neste bairro, tornando-se um polo de
atração por seus serviços e
diversas opções delazer.
Com
quase todo o litoral cercado por recifes, a cidade tem no Porto da Barra o
único lugar onde é possível o desembarque de pequenas embarcações em segurança.
Com a forma de uma pequena baía, o porto foi escolhido pelo donatário Francisco
Pereira Coutinho para fundar a Vila da Capitania da Bahia. Conhecida como Vila do Pereira, recebeu os navios que
faziam comércio com os nativos sob
o comandado de Diogo Alvares, o "Caramuru" na primeira metade do século XVI. Ali, o
governador-geral Tomé de Sousa (1549),
e os soldados da Companhia
das Índias Ocidentais que
invadiram a cidade em 1624 também pousaram. Uma marca comemorativa, instituída
em 1949, assinala o local onde Tomé de Souza desembarcou para cá.
A
praia cerca a Ilha de Itaparica na Baía de
Todos os Santos. As águas são calmas, sem
ondas, clara e quente, perfeito para nadar e tomar sol. A Praia do Porto da Barra é a única praia brasileira onde o pôr do sol alcança
a água e a Ilha de Itaparica.
Não é incomum para os banhistas no final da tarde aplaudir um espetacular pôr
do sol em uma ovação de pé de um dia esplêndido e uma noite sedutora por vir.
As praias do Porto da
Barra e do Farol da
Barra atraem um grande número
de banhistas durante todos os dias da semana, sendo consideradas um dos
destinos preferidos dos turistas de Salvador e
de fora.
Primeiro forte construído na cidade, o Forte de
Santo Antônio da Barra
(Forte do Farol) tinha a função de impedir a entrada de inimigos na Baía de
Todos os Santos. Construído em 1582, tem a
forma de um polígono irregular com dez lados, seis salientes e quatro ângulos.
As suas dimensões atuais, porém, só surgiu no século XVII. O primeiro farol de
madeira, que funcionava com óleo de baleia, foi feita em 1696 e indicou a
entrada da baía, alertando para os perigos do recife de coral ou banco de areia
de Santo Antônio, a corrente de ferro farol, trabalhando com eletricidade, foi
construído em 1836. No forte, há um restaurante, um bar e o Museu
Náutico da Bahia, com exposições de mapas antigos, equipamentos de navegação,
modelos de navios,
peças de artilharia e
restos de naufrágios que
aconteceram na Barra, principalmente do Galeão
Sacramento.
O Forte de Santa Maria foi construído para proteger o Porto da Barra de invasores,
cruzando fogos com o Forte de São Diogo. O forte já existia quando a Companhia
das Índias Ocidentais tentou
ocupar Salvador pela segunda vez, em 1638.
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