segunda-feira, 31 de março de 2014

FEIRA DE SANTANA

Princesa do Sertão

Feira de Santana é um município do Estado da Bahia situado a 108 quilômetros de sua capitalSalvador, a qual se liga através da BR-324.Feira, como comumente é apelidada, é a segunda cidade mais populosa do estado e maior cidade do interior nordestino em população, ou seja, é a maior cidade do interior das
regiões Norte/Nordeste/Centro Oeste e Sul do Brasil, e é também a sexta maior cidade do interior do país, e com uma população maior que oito capitais estaduais. Na Hierarquia urbana do Brasil, Feira de Santana é uma Capital regional e sede da maior região metropolitana do interior nordestino, a Região Metropolitana de Feira de Santana, que concentra cerca de 914 650 habitantes. Feira de Santana é uma cidade consolidada no Agreste baiano, na borda ocidental do Recôncavo, a leste dos planaltos semi-áridos. O distrito do centro de Feira de Santana está localizado imediatamente a leste da confluência dos planaltos acidentados do oeste, com as planícies que se limita com a zona da mata a leste, a cerca de 100 km de distancia do Oceano Atlântico. O meridiano 39° oeste de Greenwich passa através da região central da cidade.
Feira de Santana é o principal centro urbano, político, educacional, tecnológico, econômico, imobiliário, industrial, financeiro, administrativo, cultural e comercial do interior da Bahia e um dos principais do Nordeste, exercendo influência sobre centenas de municípios do estado. Além de maior, é também a principal e mais influente cidade do interior da região Nordeste. Feira de Santana foi a primeira cidade da América Latina a ter um plano diretor para planejar seu desenvolvimento e Infraestrutura, foi eleita pela revista Gazeta Mercantil a cidade mais dinâmica do país acima de 550 mil habitantes, e foi destacada no jornal Folha de Londrina como uma das cidades que mais crescem no país atualmente. 
Sua população recenseada pelo censo do IBGE em2013 era de 606 139 habitantes, sendo a unica Cidade grande do interior do Norte, Nordeste e Centro Oeste do país, assim definida pelo IBGE na Rede urbana do Brasil.
Feira de Santana tendo o 73º maior produto interno bruto (PIB) municipal da nação, o terceiro maior na Bahia e o maior do interior do Norte-Nordeste, com 8,27 bilhões de reais, é um importante centro industrial e comercial do Brasil, com um grande poder de compra e um forte comércio. Feira de Santana exerce um alto nível de influência econômica, comercial e política na Bahia e na Região Nordeste brasileira. É sede de grandes empresas como a Le BiscuitParadise Indústria AeronáuticaR.CarvalhoL.MarquezzoBrasfrut, entre outras. A cidade é conhecida mundialmente por sediar o maior carnavalfora de época do país, a Micareta de Feira, e festejos como o São João de São José, São Pedro de Humildes, festa de Nossa Senhora de Sant'Ana, aExpoFeira (uma das maiores feira de exposição agropecuária do Nordeste) além de ter importantes monumentos, como o monumento do caminhoneiro que representa a importância rodoviária do município, a estátua do tropeiro (um dos símbolos da cidade fundada por tropeiros comerciantes no século XIX), o Relógio Rotary, a Igreja Senhor dos Passos em estilo gótico, o museu parque do saber que possui um planetário de última geração, com apenas outro existente na América Latina localizado em Buenos Aires (Argentina), o Observatório Astronômico Antares e a Feiraguai, um dos três maiores centros de comércio de produtos piratas do país, em sua maioria chineses, perdendo apenas para a 25 de março em São Paulo e a feira do Paraguai em Brasília.
 Feira de Santana é um grande pólo educacional, possui um bom ensino de base e fundamental, e algumas das melhores escolas particulares do país, como o Colégio Helyos e Acesso, é sede da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), e possui mais de 30 Faculdades particulares, e aUniversidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Ainda no ensino superior, a cidade conta também com instituições de educação tecnológica como oInstituto Federal da Bahia (IFBA) e o Centro de Educação Tecnológica do Estado da Bahia (CETEB). Feira de Santana possui mais escolas que várias capitais do país como NatalAracajuFlorianópolisMaceióCuiabáJoão Pessoa, entre outras.
Feira de Santana apresenta um grande crescimento em seus índices sociais, seu índice FIRJAN de desenvolvimento municipal é de 0,724 (médio), enquanto o seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), medido pelas Nações Unidas é de 0,712 (alto).
Apesar de localizada no agreste baiano, a cidade ganhou de Ruy Barbosa, o Águia de Haia, a alcunha de "Princesa do Sertão". Há também outros cognomes: "Porta Áurea da Bahia" (Pedro Calmon), "Cidade Patriótica" (Heroína Maria Quitéria), "Cidade Escola" (Padre Ovídio de São Boaventura), "Cidade Formosa e Bendita" (Poetisa Georgina Erismann), "Nova York Nordestina" (secretário de cultura e lazer Jailton Batista), "Cidade Progresso" (Jânio Quadros), e possui alguns dos melhores índices baianos: o segundo maior acesso à rede de esgoto do estado; o maior centro de abastecimento do Norte-Nordeste; além de internet gratuita à população, fornecida nas praças no centro da cidade, no conjunto Feira V (ao lado da Capela São Francisco de Assis), na rodoviária municipal, e em várias praças da cidade, servindo cerca de 40 mil usuários diários em média no município. A cidade é um grande centro de referência regional na área da saúde, conta com vários Hospitais públicos e particulares, alem de dezenas de postos de saúde, UPAs e centros médicos espalhados por toda cidade, Feira possui mais estabelecimentos de saúde que algumas capitais como AracajuMaceió e Cuiabá, a saúde e a educação municipal de Feira de Santana possui parceria tecnológica com a Microsoft.
 A cidade encontra-se no principal entroncamento rodoviário do Norte-Nordeste brasileiro, e o segundo do Brasil, atrás apenas de São Paulo, é onde ocorre o encontro das BRs 101116 e 324, além de várias rodovias estaduais, funcionando como ponto de passagem para o tráfego que vem do SulSudeste e do Centro-Oeste que se dirige para Salvador e outras capitais e importantes cidades nordestinas. Graças a esta posição privilegiada, possui um importante e diversificado setor de comércio e serviços, além de indústrias de transformaçãoalimentíciasquímica, materiais elétricos, materiais de transporte, na produção de biodieselmecânica, e aeronáutico. A partir dos anos 1970, o perfil econômico feirense cresceu progressivamente, tendo evoluído para um importante e diversificado centro industrial e econômico regional, até se tornar uma das principais cidades do interior do Brasil.

A cidade sofreu uma grande urbanização a partir da década de 1960, na foto vista do Bairro Kalilândia
A cidade originou-se de uma fazenda da paróquia de São José das Itapororocas. A Fazenda recebia o nome de Santana dos Olhos D'Água e ali passava a estrada das boiadas, onde se passava com o gado que deveria ser vendido em SalvadorCachoeira e Santo Amaro. Os donos daquela fazenda eram católicos fervorosos e construíram uma capela em louvor a Nossa Senhora Santana e São Domingos. Com o movimento de vaqueiros e viajantes, formou-se uma feirinha. Quando da sua fundação no século XVIII os poucos moradores existentes saciavam sua sede com a água existente nos "Olhos D'Água", fonte localizada na fazenda dos colonizadores Portugueses e fundadores da cidade: Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa, e ainda nos diversos minadouros e tanques da cidade. Afirma-se que o grande propulsor do desenvolvimento feirense foi a atividade pecuária.
As primeiras medidas para transformar no que é hoje Feira de Santana começaram com a criação da vila em 13 de novembro de 1832. O Município e a Vila foram criados no dia 9 de maio de1833,30 quando o governo elevou o então povoado a Vila, com a denominação de Villa do Arraial de Feira de Sant’Anna, com o território desmembrado de Cachoeira, constituídas pelas freguesias de São José das Itapororocas (sede), Sagrado Coração de Jesus do Perdão e Santana do Camisão, atual município de Ipirá.
A Lei provincial nº 1.320, de 16 de junho de 1873 elevou a vila à categoria de cidade, como o nome de Comercial Cidade de Feira de Sant'Anna. Há controvérsias quanto à data de emancipação do município. Segundo o IBGE, sua criação se deu por decreto de 13/11/1832. Para a assembléia legislativa do estado ocorreu em 13/01/1833. Já a prefeitura oficializou a data de 09/05/1833. É preciso que a câmara proceda uma pesquisa definitiva para esclarecer essa dúvida.
arborização do município deu-se em 1888. Consta, ainda, que as praças e ruas existentes foram alargadas e iluminadas com 120 lâmpadas. A iluminação era feita por um motor dinamarquês. O crescente ritmo de desenvolvimento do povoado exigiu a construção de ruas largas, onde começaram a ser instaladas casas comerciais em grande quantidade, para atender à população que crescia somada a chegada de brasileiros e estrangeiros que adotaram Feira de Santana como moradia.
Feira de Santana, "a Princesa do Sertão", como foi apelidada por Ruy Barbosa, em 1919, traz, então, desde suas raízes, características que ainda hoje fazem parte de seu cotidiano: a religiosidade de seu povo, a situação de entroncamento de estradas, e as intensas atividades econômicas. Durante as décadas de 1931 e 1940, Feira de Santana passou por uma série de transformações que atuaram sobre o Município, permitindo uma modernização de caráter, a princípio, econômico, a qual repercutiu sobre as feições agrárias que possuía até então. Em abril de 1937, a cidade realizou a primeira festa de Micaretado país. No ano de 1957, quando Feira de Santana já havia sido batizada definitivamente com este nome que prevalece até os dias atuais, encanou-se a água que era captada da Lagoa Grande, localizada perto do hoje conhecido bairro Santo Antônio dos Prazeres. Esse processo de desenvolvimento cultural e econômico foi ainda maior durante os anos 40, 50 e 60.

Maria Quitéria, heroína da independência da Bahia, conhecida como "Joana d'Arc brasileira", nasceu em São José das Itapororocas, na comarca de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira, atual distrito que leva o seu nome, no município de Feira de Santana.

A partir da década de 1960 a cidade intensificou seu crescimento demográfico. A população da cidade que era de 131.707 pessoas no censo de 1970, mais que quadruplicou em 40 anos, com uma média de crescimento populacional de 4,76% ao ano, porcentagem de crescimento inclusive maior do que a da maioria dascapitais brasileiras no mesmo período, quando a média nacional era de 3,6%.35 De fato, quem morou na cidade desde a década de 1970 se lembra que a urbanizaçãoda cidade começava a transpor a Avenida do Contorno, havia poucas linhas de ônibus se comparado aos números atuais, não havia distinção entre bairros residenciaiscomerciais na cidade, edificações com altura de no máximo cinco andares, além de não haver significativos núcleos industriais, e nem existia universidade e nemaeroporto na cidade.
Novas entidades e realizações surgiram então: a fundação da Associação Comercial e do Feira Tênis Clube, a abertura de estradas municipais, o início da construção e conclusão da nova Rodovia Feira-Salvador, a inauguração da Radio Sociedade de Feira de Santana, pavimentação de ruas arteriais da cidade, a construção daBiblioteca Municipal e do Matadouro Municipal, a inauguração do Fórum Felinto Bastos, da atual Estação Rodoviária e do Parque Agropecuário João Martins da Silva. Em 1967 foi fundado o Centro das Indústrias de Feira de Santana, e em 1970 criou-se em Feira de Santana o Centro Industrial do Subaé (CIS), que apoia asindústrias instaladas proporcionando meios para que as novas indústrias sejam ampliadas. A recepção de indústrias e sequenciais ganhos de infraestrutura no município desde então fizeram a cidade ter características benéficas e maléficas de grandes centros urbanos, como por um lado a demanda de mão-de-obraespecializada, acentuação na desigualdade social, aumento de ocorrências policiaiscongestionamentos de trânsito nas áreas centrais da cidade, e por outro lado, ampliação de cursos de ensino superior (privados e públicos), expansão do saneamento e do transporte público, etc; ou seja, a cidade ganhou típicas características de uma capital regional.


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