A Igreja de
Nossa Senhora da Barroquinha foi erguida em 1726. Seu nome deriva de barroca,
uma referência à baixada aonde foi construída. Em 1764, passou a sediar a
Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Martírios, formada por escravos. O templo
católico foi também usado pela Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, uma
tradicional irmandade negra.
A igreja da
Barroquinha em 1904, vista da Praça Castro Alves. Em 1878, a rua de acesso (trecho
da Ladeira da Barroquinha)
foi alargada em cinco metros. Há algumas décadas, a
área tornou-se um tradicional local de comércio de artigos de couro, com cerca
de 20 barracas.
Essas
irmandades deram importantes contribuições nas questões sociais entre brancos e
negros, e no desenvolvimento do sincretismo religioso baiano. Destacavam-se as
culturas nagô-iorubá. No início do século 19, passou a funcionar um terreiro de
candomblé, anexo ao templo católico da Barroquinha. Esse terreiro foi obrigado
a abandonar o local, na segunda metade do século 19.
Em meados
do século 20, o templo já estava fechado e em estado precário. O prédio passou
a ser utilizado por alguns barraqueiros para guardar materiais. Em 1984, o que
restava da igreja parcialmente destruída por um incêndio.
Após sua
restauração, em 2009, o local foi reinaugurado como Espaço Cultural da
Barroquinha, administrado pela Fundação Gregório de Matos. Possui
plateia para 135 expectadores e capacidade para receber espetáculos de teatro,
dança e música. Conta também com área para exposições.
O Espaço
Cultural da Barroquinha, em 2012. Sua fachada tem elementos rococó e torres
decoradas com azulejos.
Interior do
Espaço Cultural da Barroquinha, plateia do antigo templo católico.
Fonte:
bahia-turismo.com/salvador/igrejas/igreja-barroquinha.htm
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