quarta-feira, 30 de abril de 2014

CASA DE JORGE AMADO

Exu foi escolhido como guardião da Casa de Jorge Amado a pedido do escritor. Mesmo antes que a casa fosse inaugurada, Jorge fez questão de que se assentasse o orixá na entrada da Casa. No seu livro de memórias, relembra a decisão:








Exu é conhecido como o orixá da comunicação. É sempre o primeiro a receber
oferendas, já que se acredita que seja o responsável pela ligação entre mundo material e mundo espiritual. Alegre, brincalhão e generoso, é, também, ciumento – pode trancar os caminhos, provocar discussões e criar armadilhas aos que estão em falta com ele. É comum que se assente o Exu na entrada das casas de candomblé como guardiões.

Exu come tudo que a boca come, bebe cachaça, é um cavalheiro andante e um menino reinador. Gosta de balbúrdia, senhor dos caminhos, mensageiro dos deuses, correio dos orixás, um capeta. Por tudo isso sincretizaram-no com o diabo; em verdade ele é apenas o orixá em movimento, amigo de um bafafá, de uma confusão mas, no fundo, excelente pessoa. De certa maneira é o Não onde só existe o Sim; o Contra em meio do a Favor; o intrépido e o invencível. Toda festa de terreiro começa com o padê de Exu, para que ele não venha causar perturbação. Sua roupa é bela: azul, vermelha e branca e todas as segundas-feiras lhe pertencem. Há várias qualidades de Exu: Exu Tiriri, Exu Akessan, Exu Yangui, muitos outros. Exu leva o ogó, sua insígnia, e gosta de sentir o sangue dos bodes e dos galos correndo em seu peji, em sacrifício. Jorge Amado.

O Café Teatro Zélia Gatai

Com capacidade para 50 pessoas, o Café-Teatro Zélia Gattai se constitui em ponto de encontro de artistas e intelectuais, com programação de peças teatrais, leituras dramáticas, seminários, mesas-redondas, exibições de filmes, bate-papos e projetos de música. A decoração é composta por capas das traduções, em 55 países, de livros de Jorge Amado e ilustrações feitas por Floriano Teixeira.
O Café oferece aos seus visitantes – além de bebidas quentes de alta qualidade, sucos sofisticados, sanduíches e doces típicos da Bahia – o “menu Jorge Amado”, com aperitivos e sobremesas descritas pelo escritor nas suas obras.



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