Bahia
A Chapada
Diamantina é uma região de serras, protegida pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, situada no centro do estado da Bahia, onde nascem quase todos os rios das
bacias do
Paraguaçu, do Jacuípe e
do Rio de
Contas. Essas correntes de águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em
belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais.
O parque nacional é administrado pelo Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A
vegetação é exuberante, composta de espécies da caatinga semi-árida e da flora
serrana, com destaque para as bromélias, orquídeas e sempre-vivas.
A
Chapada Diamantina é composta por 27 municípios: Abaíra e seu distrito Ouro Verde e Catolés, Andaraí, Barra da Estiva, Dom Basílio,Ibitiara, Itaetê, Livramento
de Nossa Senhora, Marcionílio Souza, Morro do Chapéu, Novo
Horizonte, Palmeiras, Rio de Contas e seus distritos Arapiranga e Marcolino Moura, Ruy Barbosa, Seabra, Souto Soares, Tapiramutá, Utinga, Wagner, Boninal, Bonito, Ibicoara e seu distrito Cascavel, Iraquara, Jussiape e seu distrito Caraguataí, Lençóis, Mucugê, Nova Redenção e Piatã e
seus distritos Cabrália e Inúbia.
As
rochas da Chapada Diamantina fazem parte da unidade geológica conhecida como
Supergrupo Espinhaço, que tomou este nome por ocorrer na serra do Espinhaço, no estado de Minas Gerais. Apresenta-se em geral como um altiplano extenso, com altitude média
entre 800 e 1.200m acima do nível do mar. As serras que compõem a Chapada
Diamantina abrangem uma área aproximada de 38.000 km² e são as divisoras
de águas entre a bacia do
rio São Francisco (rios S. Onofre, Paramirim) e
os rios que deságuam diretamente no oceano Atlântico, como o Rio de Contas e o Rio Paraguaçu.
As montanhas mais altas do Nordeste brasileiro
estão na Chapada Diamantina: o Pico do Barbado com
2.033 metros, o Pico do Itobira com 1.970 metros e o Pico das Almas com
1.958 metros.
A
Chapada Diamantina nem sempre foi uma imponente cadeia de serras. Há cerca de um bilhão e setecentos milhões de
anos, iniciou-se a formação da bacia sedimentar do
Espinhaço,
a partir de uma série de extensas depressões que
foram preenchidas com materiais expelidos de vulcões, areias sopradas pelo vento e cascalhos caídos de suas bordas. Sobre essas
depressões depositaram-se sedimentos em uma região em forma de bacia, sob a
influência de rios,
ventos e mares.
Posteriormente, aconteceu um fenômeno chamado soerguimento,
que elevou as camadas de sedimentos acima do nível do mar,
pressionada pela força epirogenética, tendo aos pouco um sofrível erguimento ao longo de milhões de anos. As
inúmeras camadas de arenitos, conglomerados,
e calcários,
hoje expostas na Chapada Diamantina, representam os depósitos sedimentares
primitivos; a paisagem atual é o produto das atividades daqueles agentes ao
longo do tempo geológico. Nas ruas ecalçadas das cidades da Chapada, lajes de
superfícies onduladas revelam a ação dos ventos e das águas que passavam sobre areais antigos.
Alguns
atrativos naturais causam espanto e êxtase, como a Cachoeira da Fumaça e seus 380 metros de queda livre ou o deslumbrante Poço Encantado. Mas são tantas as atrações que se pode optar entre visitar grutas,
tomar banho de cachoeira, fazer trekking em antigas trilhas de garimpeiros, montar
a cavalo ou praticar esportes e aventuras. A Chapada abriga, em seus vales e
cumes, comunidades esotéricas e alternativas como no Vale do Capão.
Caminhar
respirando o ar puro e admirando a paisagem é a principal opção dos turistas de
todas as partes que visitam a Chapada. Os lugares verdejantes guardam sempre
uma surpresa com águas cristalinas ou areias coloridas, belos morros, flores e
hortaliças que encantam pela beleza e viço. Em Igatu, a curiosidade se aguça em meio às ruínas da
cidade fantasma, construída com pedras que formam as paredes de pequenas
grutas. Em Capão da Volta o
"morro da igrejinha" é um dos lugares mais visitados, por católicos e
todos que apreciam a beleza da Chapada.
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