A primeira revista editada
especializada no tema: O Tico – Tico
As histórias
em quadrinhos no
Brasil começaram a ser
publicadas no século XIX,
adotando um estilo satírico conhecido como cartuns, charges oucaricaturas e que depois se estabeleceria com as
populares tiras.
A edição de revistas próprias de histórias em quadrinhos no país começou no
início do século XX.
Mas, apesar do Brasil contar com grandes artistas durante a história, a
influência estrangeira sempre foi muito grande nessa área, com o mercado
editoral dominado pelas publicações de quadrinhos americanos, europeus e
japoneses.
As
histórias em quadrinhos no Brasil começaram a ser publicadas no século XIX. Em
1837, circulou o primeiro desenho em formato de charge, de autoria de Manuel de
Araújo Porto-Alegre, que foi produzida através do
processo de litografia e
vendida em papel avulso. O autor criaria mais tarde, em 1844, uma revista
de humor político.
No
final da década de 1860, Angelo Agostini continuou
a tradição de introduzir nas publicações jornalísticas e populares brasileiras,
desenhos com temas de sátira política e social. Entre suas personagens
populares, desenhadas como protagonistas de histórias em quadrinhos
propriamente ditas, estavam o "Nhô Quim"
(1869) e "Zé Caipora" (1883). Agostini publicou nas revistas
Vida Fluminense, O Malho e Don Quixote.
Lançada
em 11 de outubro de 1905,
a revista O Tico-Tico é
considerada a primeira revista em quadrinhos do país, concebida pelo desenhista
Renato de Castro, tendo o projeto sido apresentado a Luiz Bartolomeu de Souza,
proprietário da revista O Malho (onde Angelo Agostini trabalhou, após o
encerramento de Don Quixote); após aprovada, a revista teve a participação de
Angelo Agostini, que criou o logotipo e ilustrou algumas histórias da
revista . O formato de O Tico Tico foi inspirado na revista infantil
francesa La Semaine de Suzette; a personagem Suzette foi publicada na revista
brasileira com o nome de Felismina; Bécassine, outra personagem da revista, foi
chamada de Chiquita. Tico-Tico é considerada a primeira revista em quadrinhos
no Brasil, e teve a colaboração de artistas de renome como J.
Carlos (responsável pelas
mudanças gráficas da revista em1922), Max Yantok e
Alfredo Storni .
O personagem de maior sucesso da revista era Chiquinho (publicado entre 1905 e 1958), considerado por muitos anos como uma criação
brasileira até que, na década de 1950,
um grupo de cartunistas alegou que este era, na verdade, uma cópia do americano
Buster Brown de Richard
Felton Outcault (algo parecido aconteceu
na Holanda,
onde Buster Brown serviu de inspiração para criação de Sjors van de
Rebellenclub). Durante a época da Primeira
Guerra Mundial, o Chiquinho também teve
inspiração nas histórias de Little
Nemo in Slumberland. Também figuraram na revistaReco-Reco,
Bolão e Azeitona de Luiz Sá, Lamparina de J. Carlos, Kaximbown de Max
Yantok, Max Muller de A. Rocha entre outros.
Em 1930, alguns personagens das tiras americanas foram
publicados na revista como Mickey Mouse (chamado
de Ratinho Curioso), Krazy
Kat, (chamado de Gato Maluco)
e Gato Félix.
J.Carlos foi o primeiro desenhista brasileiro a desenhar personagens da Disney nas páginas de O Tico-Tico .
A
revista foi perdendo popularidade na década de 1930,
na medida em que surgiram os suplementos de quadrinhos publicados em jornais e
diversas revistas em quadrinhos surgidas nessa época; na década de 1950 investiu
no humor gráfico, publicando cartuns de artistas como Bosc e Sempé. A revista
foi publicada até 1957 (após isso O Malho publicou edições especiais com o
título "O Tico-Tico Aprsenta" até 1977), e nos últimos quadrinhos de
sua existência voltou a ter o foco educativo de outrora.
Fonte:
Wikipédia
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