Como
um templo romano no fim da ampla e arborizada Benjamin Franklin Parkway, o
Museu de Arte da Filadélfia se parece em cada detalhe ao museu arquetípico que
de fato é. Construído em estilo neoclássico,
em 1928, é o terceiro maior museu
de arte do país e um dos seus melhores, com uma coleção permanente de mais de
225.000 objetos acomodados em mais de duzentas galerias.
A sua coleção de arte americana é
considerada uma das melhores que existem, com galerias dedicadas aos períodos
Colonial e Federal, artesanato Amish e Shaker, obras de prateiros da Filadélfia
antiga e a mais importante coleção de pinturas do artista filadelfiano Thomas
Eakins, do século XIX. As galerias europeias têm obras-primas como os
‛Girassóis’ de Van Gogh e os ‛Grandes banhistas’ de Cèzanne. A arte do Oriente
Asiático cobre um vasto período, do terceiro milênio a.C. ao presente, com uma
fantástica coleção de tapetes orientais, esculturas e pinturas e uma casa de
chá japonesa de 1917 completa. Entre outros transplantes arquitetônicos
encontram-se um templo hindu de pilares do século XVI, o salão de um palácio
chinês, um claustro francês do século XIII e a entrada de pedra do século XII
da abadia francesa de Saint-Laurent. A arte moderna e contemporânea tem obras
de Picasso, Dalí, Miró, Léger, de Kooning e Pollock, e a maior coleção do mundo
de obras de Marcel Duchamp, incluindo o enorme ‛A noiva desnudada pelos seus
celibatários, mesmo (O grande vidro)’, ainda exatamente no mesmo lugar em que o
artista o colocou em 1954.
Quatro quadras mais para o leste, o
precioso Museu Rodin foi um presente para a cidade do magnata do cinema Jules
Mastbaum, nascido na Filadélfia, que passou três anos acumulando uma enorme
coleção de obras do escultor Auguste Rodin e, em seguida, encarregou o arquiteto
francês Paul Philippe Cret e o arquiteto paisagista Jacques Gréber de projetar
um museu de belas artes e um jardim formal para exibi-la — para “o prazer dos
meus concidadãos”. O museu abriga a maior coleção de obras de Rodin fora de
Paris. Entre os destaques encontram-se uma refundição do Pensador junto à
entrada do museu e As Portas do Inferno, uma monumental porta de sete metros
decorada com cenas da Divina Comédia de Dante.
Em maio de 2012, após uma longa
batalha jurídica, a Fundação Barnes concluirá a sua mudança de quinze
quilômetros, do subúrbio Main Line, em Merion, ao centro da cidade de
Filadélfia, não muito longe do Museu de Arte da Filadélfia. Dr. Albert C.
Barnes foi do tipo ‘self-made man’, nascido em 1908 em um bairro operário de
Filadélfia. Saiu da cidade para estudar medicina, e fundou uma empresa
farmacêutica que o tornou muito rico. Como muitos
novos milionários, começou a colecionar arte. Mas, ao contrário de muitos, ele
se lembrava de onde tinha vindo. Começou pendurando algumas das pinturas que
havia adquirido na sua fábrica, convidando os funcionários a discutir as obras.
Depois, começou a oferecer-lhes seminários educativos gratuitos. Com o tempo,
começou a compartilhar a sua paixão com o resto do mundo, criando a Fundação
Barnes, que se tornou uma das maiores coleções particulares de arte do mundo. A
Fundação abriga mais de seis mil obras, incluindo uma das mais importantes
coleções de pinturas impressionistas e pós-impressionistas francesas do mundo —
com 181 obras de Renoir, 69 de Cèzanne, 59 de Matisse e 46 de Picasso. Entre outros
grandes artistas europeus da coleção estão Van Gogh, Degas, Corot, Seurat,
Monet, Manet, Goya e El Greco.
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