quinta-feira, 3 de abril de 2014

MUSEU DE ARTE DA FILADELFIA

Como um templo romano no fim da ampla e arborizada Benjamin Franklin Parkway, o Museu de Arte da Filadélfia se parece em cada detalhe ao museu arquetípico que de fato é. Construído em estilo neoclássico,
em 1928, é o terceiro maior museu de arte do país e um dos seus melhores, com uma coleção permanente de mais de 225.000 objetos acomodados em mais de duzentas galerias.
A sua coleção de arte americana é considerada uma das melhores que existem, com galerias dedicadas aos períodos Colonial e Federal, artesanato Amish e Shaker, obras de prateiros da Filadélfia antiga e a mais importante coleção de pinturas do artista filadelfiano Thomas Eakins, do século XIX. As galerias europeias têm obras-primas como os ‛Girassóis’ de Van Gogh e os ‛Grandes banhistas’ de Cèzanne. A arte do Oriente Asiático cobre um vasto período, do terceiro milênio a.C. ao presente, com uma fantástica coleção de tapetes orientais, esculturas e pinturas e uma casa de chá japonesa de 1917 completa. Entre outros transplantes arquitetônicos encontram-se um templo hindu de pilares do século XVI, o salão de um palácio chinês, um claustro francês do século XIII e a entrada de pedra do século XII da abadia francesa de Saint-Laurent. A arte moderna e contemporânea tem obras de Picasso, Dalí, Miró, Léger, de Kooning e Pollock, e a maior coleção do mundo de obras de Marcel Duchamp, incluindo o enorme ‛A noiva desnudada pelos seus celibatários, mesmo (O grande vidro)’, ainda exatamente no mesmo lugar em que o artista o colocou em 1954.
Quatro quadras mais para o leste, o precioso Museu Rodin foi um presente para a cidade do magnata do cinema Jules Mastbaum, nascido na Filadélfia, que passou três anos acumulando uma enorme coleção de obras do escultor Auguste Rodin e, em seguida, encarregou o arquiteto francês Paul Philippe Cret e o arquiteto paisagista Jacques Gréber de projetar um museu de belas artes e um jardim formal para exibi-la — para “o prazer dos meus concidadãos”. O museu abriga a maior coleção de obras de Rodin fora de Paris. Entre os destaques encontram-se uma refundição do Pensador junto à entrada do museu e As Portas do Inferno, uma monumental porta de sete metros decorada com cenas da Divina Comédia de Dante. 

Em maio de 2012, após uma longa batalha jurídica, a Fundação Barnes concluirá a sua mudança de quinze quilômetros, do subúrbio Main Line, em Merion, ao centro da cidade de Filadélfia, não muito longe do Museu de Arte da Filadélfia. Dr. Albert C. Barnes foi do tipo ‘self-made man’, nascido em 1908 em um bairro operário de Filadélfia. Saiu da cidade para estudar medicina, e fundou uma empresa farmacêutica que o tornou muito rico. Como muitos novos milionários, começou a colecionar arte. Mas, ao contrário de muitos, ele se lembrava de onde tinha vindo. Começou pendurando algumas das pinturas que havia adquirido na sua fábrica, convidando os funcionários a discutir as obras. Depois, começou a oferecer-lhes seminários educativos gratuitos. Com o tempo, começou a compartilhar a sua paixão com o resto do mundo, criando a Fundação Barnes, que se tornou uma das maiores coleções particulares de arte do mundo. A Fundação abriga mais de seis mil obras, incluindo uma das mais importantes coleções de pinturas impressionistas e pós-impressionistas francesas do mundo — com 181 obras de Renoir, 69 de Cèzanne, 59 de Matisse e 46 de Picasso. Entre outros grandes artistas europeus da coleção estão Van Gogh, Degas, Corot, Seurat, Monet, Manet, Goya e El Greco.




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