Potência industrial do nordeste
Quando há ajuda o desenvolvimento se consolida!
Camaçari é um município brasileiro do estado da Bahia, situado a 41 quilômetros de sua capital Salvador.
O município é conhecido por Cidade Industrial (já que abriga muitas
empresas do Pólo
Industrial), e
aquele que nela nasce é chamado de camaçariense. Camaçari é a quarta cidade mais populosa do estado e segunda maior cidade da Região Metropolitana de Salvador.
aquele que nela nasce é chamado de camaçariense. Camaçari é a quarta cidade mais populosa do estado e segunda maior cidade da Região Metropolitana de Salvador.
Possui
uma área equivalente a 784,658 quilómetros qudrados, com uma população de 275 575 habitantes. Possui o segundo maior PIB municipal do
estado (depois
de Salvador,
sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o
38º maior do País),
estimado em cerca de 14 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2010. Faz parte dos 71 municípios
brasileiros integrados no Mercosul. É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a primeira fábrica de automóveis a se
instalar na Região Nordeste do Brasil) e do Pólo
Petroquímico, o maior pólo industrial do
estado, abrigando diversas indústrias químicas e petroquímicas, mas com o passar dos anos, começou a abrigar
outros ramos da indústria como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços.
É o primeiro complexo petroquímico planejado
do País e o maior complexo indústrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de 90 empresas instaladas.
No
ramo da comunicação,
o município era sede da extinta TV Camaçari,
que entrou no ar em 1993,
sendo afiliada à TV Cultura até 20 de fevereiro de 2009 quando ocorreu o
seu
fechamento por causa de diversas irregularidades. Em 2008, a TV Aratu Camaçari afiliada ao SBT, foi inaugurada no município.
A
história da ocupação do território de Camaçari remete-se aos primeiros anos da
colonização, quando em 1558,
foi criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas reunindo índios das várias aldeias tupinambá,
ao redor de uma capela de taipa sob
o comando do padre João Gonçalves e o Irmão Antônio Rodrigues às margens
do Rio Joanes.
A
consolidação do domínio tupinambá nos oito mil anos de história indígena, sua
dispersão no litoral e
constantes conflitos com os denominados tapuias e posterior relação com as populações
marginalizadas do processo produtivo (quilombolas)
ainda estão por ser estudados.
Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus"
ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há indícios que esses índios
tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o
povoado de São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira)
e mais tarde já entre 1624 – 1640, os índios da aldeia do Espírito Santo
participaram da luta contra a invasão
holandesa, juntamente com o pessoal
da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São João) o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome. Registrando-se antes mesmo da
expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.
Após
a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do conselho Ultramarino,
Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do Espírito Santo de
Abrantes - Vila de Abrantes - com a Inauguração da Casa da Câmara e cadeia
municipal (senado da Câmara e Pelourinho).
A
Vila foi extinta em 1846 pela
Resolução provincial nº 241, de 16 de abril,
sendo integrada ao município de Mata de São João. Em 1848foi restabelecida pela Resolução nº 310,
de 3 de junho,
tendo o território desmembrado de Mata de São João.
Entre
os séculos XVIII e XIX tem-se
a administração da Marquesa de Niza, através de Tomas da Silva Paranhos, que
enviava juros e
rendas (enfiteuses e laudêmios) até adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou
9 herdeiros, entre eles Maria Joaquina da Silva Paranhos, casada com José
Garcez Montenegro de quem descende o desembargador Tomas Garcez Paranhos
Montenegro.
No
final do século XIX, com a expansão da malha
ferroviária baiana, cujas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e
a região do São Francisco, onde Camaçari está estrategicamente situada entre as duas bifurcações
(uma em Simões Filho em direção ao recôncavo e Alagoinhas, onde a estrada toma neste ponto outras duas
direções – Médio São Francisco e Litoral Norte).
Abrantes,
cuja importância se devia a ocupação pelos jesuítas e limitada exploração
agrícola nas terras da Marquesa de Niza perdeu importância econômica em relação
ao desenvolvimento que o interior passou a oferecer, a Sede do município passa
a ser em Parafuso (tendo posteriormente a construção da estação de trem). Por
força política houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.
Em 1957, estimava-se uma população de 4 300
habitantes, o que caracterizou-se como a principal cidade de veraneio da região pela excelência de suas águas minerais.
A
separação do Distrito de Dias d'Ávila, transformado em município segundo Lei
Estadual nº 4404 ocorreu em 25 de dezembro de 1985, reduzindo a área de Camaçari para
773 km². Existem tendências separatistas para a desagregação do distrito
de Vila de Abrantes. A lógica da agregação e desagregação em unidades
administrativa municipais, bem como a distribuição demográfica em localidades,
arruados, aldeias, arraiais, vilas, distritos e municípios, ainda precisa ser
melhor esclarecida.
Passou
a existir na região um padrão de ocupação a partir da agricultura de
sobrevivência, roças, arruados, chácaras e sítios. Existindo no município, hoje, aglomeração de
populações de remanescentes de quilombo.
O município possui sobrevivências africanas da capoeira de Angola, candomblés e artesanatos, onde percebe-se as influências indígenas numa fusão
com as africanas. Estão presentes no município
as etnias Bantus e Yorubás na sede e Orla.
As
mais intensas transformações das paisagens e populações do município se dão a
partir da década de 1970, quando se inicia o processo de implantação do Polo
Petroquímico e mais tarde com a
implantação do pólo de Apoio (2000)
e Ford (2001), além da construção da estrada
litorânea que liga o estado da
Bahia a Sergipe.
A
economia do município é quase que totalmente baseada no Pólo industrial de Camaçari,
inaugurado pelo Governador Antônio Carlos Magalhães, em 1978, no
município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos mais importantes
da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico
planejado do país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade como automotiva,
destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia docobre, têxtil, bebidas e
serviços, entre outras.
Faturamento de US$ 16 bilhões/ano.
Contribuição
anual de R$ 1 bilhão/ano em ICMS para o estado da Bahia. Responde por mais de 90% da arrecadação
tributária de Camaçari.
Emprega
13.000 pessoas diretamente e 20.000 pessoas através de empresas contratadas
(80% da mão-de-obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil
diretos e 30 mil indiretos.
Além de sua riqueza industrial, o litoral de Camaçari possui belas
praias, como Guarajuba, Arembepe e Jauá, todas muitos frequentadas.
Algumas das principais, além das mencionadas, são:
Em Camaçari, acontece a tradicional festa do Boi Janeiro de Parafuso, a mais antiga da cidade, onde é celebrada com
apresentações de dança e de música, em ramificação ao bumba meu boi.
Surgida na década de 30, no distrito de Parafuso, a festa veio a ocorrer através de Dona
Palmira, falecida moradora da região.
Existe também o Boi Mirim de Parafuso, surgida através do Boi Janeiro,
como uma forma de não deixar a tradição acabar. Essa surgiu em 1997,
por iniciativa de Dona Adélia, moradora da região, na qual reúne crianças em
sua casa e elas imitam os personagens do Boi Janeiro.
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