A Croácia,
oficialmente República da Croácia (em croata: Hrvatska)
é um país europeu cuja
capital é Zagreb, que limita ao norte com a Eslovénia e Hungria, a
nordeste com a Sérvia, a leste
com a Bósnia e
Herzegovina e ao sul com Montenegro. É banhado
a oeste pelo mar Adriático e
possui uma fronteira marítima com a Itália, no golfo
de Trieste.
O país é membro
das Nações Unidas, da OTAN, da Organização para Segurança e
Cooperação na Europa, do Conselho da Europa e mais recentemente, da União Europeia. A
candidatura da Croácia à União Europeia ocorreu
em 01 de fevereiro de 2003 e a adesão a 01 de julho de 2013, segundo parecer
da Comissão Europeia, sendo o segundo país formado a partir do
território da ex-Iugoslávia a ingressar na UE, depois da Eslovénia em 2004.
No
ano 925 o
então duque Tomislav foi coroado Rei dos Croatas, criando-se o reino que
compreendia as terras desde o rio Drava até
o mar Adriático. Este reinado durou até o final do século XI
quando faleceu o último dos reis croatas, que passaram a ser governados por
reis húngaros.
Com a invasão otomana aos Balcãs, as terras
croatas passaram a ser a fronteira entre o mundo muçulmano e
o cristão (estando
o Norte nas mãos dos croatas e o Sul nas mãos dos otomanos).
Após a invasão pela
Alemanha nazi em 6 de abril de 1941, a
Jugoslávia foi desmembrada e o fascista Ante Pavelić tornou-se
o líder do Estado independente da Croácia. Sob sua tutela, centenas de milhares
sérvios, judeus, ciganos e croatas não alinhados ao regime foram exterminados
em campos de concentração, fato que gerou o aumento do ódio histórico de
sérvios (cristão ortodoxos) massacrados pelos croatas nazistas (cristão
católicos). Até hoje os croatas são acusados de nazistas por grande parte das
populações da ex-Jugoslávia.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, Josip Broz Tito não somente havia derrotado os
invasores nazis e
seus cúmplices, como também havia unificado todas as repúblicas jugoslavas em
torno de um Estado comunista. O ódio
secular entre sérvios e croatas era reprimido pelas autoridades jugoslavas. Com
a morte de Tito, em 1980, iniciou-se um processo de fragilização da união das
repúblicas jugoslavas. Tal quadro agravou-se ainda mais com a crise económica
decorrente do desmoronamento dos regimes comunistas do Leste Europeu e das
dificuldades de adaptação à economia de mercado. A Croácia, detentora da maior
e mais desenvolvida economia das repúblicas da Jugoslávia, não escapou a
volúpia nacionalista comum a todas as repúblicas jugoslavas. Em 25 de junho de 1991, após
plebiscitos que deram vitória esmagadora aos separatistas, os croatas
anunciaram sua separação da Jugoslávia. Logo em seguida, o território croata
foi invadido pelo Exército federal, então sob domínio sérvio, que interveio em
favor das minorias sérvias residentes na Croácia (cerca de 10% da população).
Diante dos violentos conflitos entre croatas e sérvios e da ocupação do
território croata por milícias sérvias, as Nações Unidas intervieram militarmente para assegurar a
paz. Em 1992, o país
foi reconhecido como independente. Em 1995, numa operação militar com êxito, a
Croácia recupera, sem nenhuma ajuda externa, praticamente todos os seus
territórios ocupados pelos sérvios, no que foi a primeira derrota do até então
temível e invencível exército jugoslavo (JNA). Em 1998, sob
forte pressão internacional, a Iugoslávia devolve o último território croata
ocupado, a Eslavônia oriental.
O governo de Franjo Tudjman, primeiro presidente eleito, foi responsável por
levar o país à sua independência, recuperar os territórios ocupados (sem ajuda
estrangeira) e ajudar aos bosníacos e aos bósnio-croatas na luta pela
independência da Bósnia e Herzegovina. Sua administração encerrou com sua
morte, em 1999. Desde
então, apesar de enfrentar problemas similares aos de outros países do Leste
Europeu, a Croácia experimenta um vigoroso crescimento econômico, um processo
consistente de modernização da sua infraestrutura e uma grande transformação no
sistema jurídico com vistas à consolidação da democracia e ao ingresso na União
Europeia e na OTAN.
Hoje a Croácia tem
uma das economias mais fortes das ex-repúblicas jugoslavas e é a segunda maior
de toda a região dos Bálcãs, apenas atrás da economia da Grécia.
A cultura da
Croácia tem raízes bem antigas: os croatas vêm habitando a região há treze
séculos, mas há reminiscências de períodos ainda mais antigos bem preservados
no país.
Algumas destas
reminiscências antigas são:
Ossos de 100 mil anos de idade de um homem de Neandertal achados próximos a Krapina (localidade de
Krapina-Zagorje)
Escavações do Neolítico na
localidade de Ščitarjevo, próxima à capital do país, Zagreb, e também
em Sopot (próximo a Vinkovci), Vučedol (próxima a Vukovar), em Nakovanj
(situada na península Pelješac)
e outros lugares marcas de habitação na ilha de Vis deixadas
pelos gregos antigos
(a rainha Teuta de Issa) várias construções e ruínas do Império Romano, incluindo
muitas cidades romanas na costa da Dalmácia,
destacando-se o aqueduto de Salona, o palácio do imperador Diocleciano em Split, ou
a Basílica de Eufrásio, em Poreč Igreja
de São Marcos: Há brasões no telhado dessa igreja que são respetivamente o da
Croácia (à esquerda) e o de Zagreb (a direita) e foram feitos no século XIX. O
brasão da Croácia é composto por três partes que simbolizam as três províncias
históricas: Croácia (topo esquerda), Dalmácia (topo direita) e Slavónia (área
inferior). A colorida Igreja de São Marcos é um dos edifícios mais antigos de
Zagreb e um dos seus símbolos. É mencionada pela primeira vez na lista das
igrejas paroquiais no Estatuto do Kaptol de 1334. Foi construída no século
XIII, inicialmente no estilo românico, da qual, apenas uma janela na parede sul
e a fundação torre sineira se encontram preservadas. Os arcos góticos e o
santuário foram construídos na segunda metade do século XIV, altura em que a
igreja adquiriu a sua parte mais valiosa, o luxuoso portal sul gótico. Em
termos das figuras que ele contém, é dos portais góticos mais bonitos da
Croácia.
O início da Idade Média trouxe
uma grande migração de eslavos, e este
período provavelmente foi uma idade das trevas do ponto de
vista cultural, até a formação dos estados eslavos que coexistiram com as cidades italianas que
dominavam a costa, todas seguiam o modelo da República de Veneza.
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