Batalhão
Suez foram 20 Contingentes
do Exército Brasileiro enviado ao Oriente Médio como
parte das Forças de Paz da ONU no conflito existente entre o Estado de Israel,
o Egito,
e seus vizinhos árabes a partir de 1956. Criado por decreto do Congresso Nacional em 22 de novembro de 1956. ele foi parte da Força Internacional de
Emergência, em operação no Egito, ao longo do Canal de Suez,
durante aquele conflito e nos anos posteriores.
A Força de Paz foi criada após a nacionalização
do canal pelo presidente egípcio Gamal Abdel Nasser em 26 de julho de
1956, o que levou à reação de França e Reino Unido,
administradores da região do canal, que armaram Israel para invadir a Península do Sinai, levando ao conflito denominado Guerra de Suez.
A Força de Emergência começou suas atividades na região visando ao cessar-fogo entre as
partes em conflito, sendo integrada por
forças do Canadá, Brasil, Colômbia, Dinamarca,Finlândia, Índia, Indonésia, Iugoslávia, Noruega e Suécia
O
primeiro contingente do batalhão, chamado de Destacamento Precursor, composto
de cerca de 80 sapadores, especialistas no desarme de minas,
embarcou para a região em janeiro de 1957 em avião da Força
Aérea dos Estados Unidos.
O grosso do batalhão foi transportado para Suez a bordo do navio da marinha brasileira Custódio de Melo, e desembarcou em Port
Saidem 4 de fevereiro de
1957. As forças brasileiras ficaram estacionadas próximas à cidade
de Rafah,
instalando seu Quartel-General num antigo forte inglês nas imediações da
cidade, próximo à Faixa de Gaza. Sua
principal missão na região foi o de patrulhar as fronteiras da linha de
demarcação entre árabes e israelenses e limpar os campos de minas no deserto subjacente.
O
contingente do batalhão sofria um revezamento de tropas de sete em sete meses e
foi comandado, durante os anos de sua missão no Sinai pelos tenentes-coronéis
Iracílio Ivo de Figueiredo Pessoa, Rui José da Cruz, Luís Dantas de Mendonça,
Fernando Sotter da Silveira e Darci Lázaro, entre outros.
Sete
soldados brasileiros vieram a morrer durante os anos da presença militar no
local, entre 1957 e 1967, seis deles por acidentes e "fogo amigo" e
um envolvido em troca de tiros entre árabes e israelenses nas proximidades do
Campo Brasil, o acampamento militar das tropas brasileiras na região. Um
soldado canadense também foi fuzilado por soldados brasileiros ao ser
confundido com um invasor comum.
Cerca de 6 mil homens do Exército Brasileiro
participaram, em revezamento, do Batalhão Suez (5.000 do Estado do Rio de
Janeiro e 700 do Paraná dentre outros Estados do Brasil) durante seu dez anos
de presença no Sinai.
O retorno definitivo das forças ao Brasil se deu em 13 de junho de 1967, após
a Guerra dos Seis Dias. Em 1988, a UNEF (Força de Emergência das
Nações Unidas - ONU) recebeu a outorga do PRÊMIO NOBEL DA PAZ - Os Boinas Azul
da Paz.
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