segunda-feira, 28 de julho de 2014

COMO FAZER A PIZZA DA CANTORA ANITTA (PARA QUEM AINDA PENSA NAQUELES 7 A 1)

Por HELÔ SAMPAIO

ÔÔôôooi! É, sou eu mesma. Não, não viajei e também não estive doente. Eu estava mesmo era escondida embaixo da cama, depois das ‘lavagens’ que a nossa ‘selecinha’ teve que amargar nesta Copa. Antes, eu estava aqui, apregoando vitórias, já me sentindo com a Taça na mão e me preparando para gozar os ‘hermanos’ argentinos na partida que íriamos disputar na final  quando... desabou o viaduto e logo depois desabou a seleção. Foi o caos em Belô.
Até agora eu estou me beliscando, sem acreditar. E sem conseguir engolir a ‘lavagem’. Gente! 10 a 1 em dois jogos... Só ouvia: goool. Um minuto depois: goool da Alemanha. Três minutos após: É goooool da Alemanha. Eu pensei que era replay. Que nada! Era ‘na vera’. Depois, veio o jogo com a Holanda. Achei que iríamos lavar a honra. E foi mais vergonha. Dez gols em dois jogos, véio, foi duro! Até a ‘selecinha’ de Ibicaraí faria melhor.
Bem verdade que as equipes estavam mais preparadas, de um modo geral. Excluindo Portugal e Espanha, lógico, que cursaram o mesmo colégio que o Brasil. Quando os ‘canarinhos’ suaram um quilo e um abacate para empatar com o México, eu já botei o meu joanete de molho. Huuum! A coisa não me cheirou bem. Mas engoli porque os hermanos ‘merricanitos’ até que são bons de bola.

Aí entramos no sufoco do jogo com a Colômbia, e caímos de vez no inferno de Dante na partida com os alemães, aprofundando a agonia com outra surra da Holanda. Foi demais, ou melhor ‘foi de piu para mi coraçonzito’. Corri para debaixo da cama e só saí para espiar a merecida, honrosa, competente e ética vitória alemã. Que lavou nossa honra da gozação dos hermanitos – em vez de cuidar do escrete deles, ficaram nos gozando pela lavagem. Mas levaram o vice. Podiam vir chorar as pitangas aqui, junto com o Vicetória.
Mas nós não vamos ficar chorando na cama, que é lugar quente, não. A Copa já trouxe e ainda trará bons resultados para o nosso ‘patropi’. Os gringos amaram a nossa terrinha e também nos deixaram encantados por eles. Estive com um grupo de alemães super gente boa, uns caras gentis, brincalhões que nem nós. Alemão fechado, nazista, introvertido, já era. Esse tempo já foi. Estas novas gerações chegam abertas, alegres e carinhosas. É uma gente bonita. ‘Paixonei’ geral.  
E os holandeses, os meus amados ‘laranjitas mecânicas’? São ótimos. Um povo festeiro, dançador e ‘chopeiro’. Os bares já estão chorando rios de lágrimas pela diminuição brutal do consumo de cerveja depois que eles se foram. Aí eu vi gente pra gostar mais da loirésima gelada do que eu e a minha ‘tchurma’. Os ‘laranjitas’ também são supersimpáticos e sabem virar um copo, como gente grande.
Hoje eu estou fraquíssima para bebida. Mas nos meus bons tempos eu sentava com a tchurma e o garçom já sabia: encostava o engradado na mesa. Não sei como eu, uma moça fina, de família, aceitava uma coisa dessas. Hoje, estou finerésima! Até pra beber água, eu estico o dedinho da ‘finesse’! Sou chique, meu bem.
Agora, véio, acabou Copa, feriado, fan fest, gringo, duiú anderestante mi, e outros bichos. Vamos voltar para a vidinha, trabalhar, pagar as contas, passar aporrinhação no trânsito, reclamar da roubalheira dos impostos e do nenhum serviço que obtemos de volta. Mas não chore não, lindinho, que daqui a dois anos chegam as Olímpiadas do Rio e esqueceremos nossas dores de novo. ‘Brasileiro é tão bonzinho’, bem dizia uma personagem de humor da tevê, fazendo gozação. Quem sabe um dia a gente deixa de ser bonzinho, toma vergonha na cara, aprende a votar e expurga essa vagabundagem política (com raras e honrosas exceções) que hoje sustentamos?
Enquanto esse dia não chega e como aqui tudo acaba em pizza, vamos fazer esta receita que o Mauro Rebelo em boa hora nos trouxe. É a Pizza que a cantora Anita preparou no Programa Mais Você. Vamos nos fartar com ele, pois, de resto, nos ‘farta’ tudo. ‘Nóis merece’ esse castigo, povo brasileiro?

Ingredientes: para a Massa Fofinha
-- 1 tablete de fermento biológico fresco (15 g)
-- 1/3 colher (sopa) de sal
-- ½ colher (sopa) de açúcar
-- 1 xícara (chá) de água
-- 5 colheres (sopa rasa) de óleo
-- 500 g de farinha de trigo
Para o Molho
-- 1 colher (sopa) de óleo
-- 3 dentes de alho socados
-- ½ cebola picada
-- 3 colheres (sopa) de extrato de tomate
-- 1 pitada de sal
-- 1 xícara (chá) de água

Para a cobertura
-- 300 g de mozarela ralada
-- 1 tomate fatiado
-- orégano a gosto
Modo de preparar – a massa 
-- Colocar numa tigela 1 tablete de fermento biológico fresco, 1/3 colher (sopa) de sal, ½ colher (sopa) de açúcar e misturar até o fermento dissolver. Adicionar 1 xícara (chá) de água e misturar. Acrescentar 5 colheres (sopa rasa) de óleo e misturar. Juntar, aos poucos, + /- 500 g de farinha de trigo, misturando com as mãos, até a massa ficar homogênea e não grudar nas mãos. Transferir a massa para uma superfície lisa e sovar bem. Deixar descansar por +/- 20 minutos.

O molho 
-- Numa panela com 1 colher (sopa) de óleo colocar 3 dentes de alho socados, ½ cebola picada e levar ao fogo médio até dourar. Adicionar 3 colheres (sopa) de extrato de tomate, 1 pitada de sal, l xícara (chá) de água, misturar e deixar apurar. Retirar do fogo e reservar.

Montagem da Pizza
-- Esticar a massa untada com óleo numa forma de pizza (35 cm de diâmetro). Espalhar o molho de tomate, 300 g de mozarela ralada, 1 tomate fatiado, orégano a gosto e levar ao forno médio pré-aquecido a 200°C por +/- 20 minutos. Retirar do forno e servir em seguida, cantando a musiquinha do nosso patropi: “Moro, num país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza”. O que é a mais pura e bela verdade. 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário