quinta-feira, 17 de julho de 2014

ISTAMBUL


Istambul (em turcoİstanbul), a antiga Bizâncio e Constantinopla (nome ainda usado em várias línguas, como no gregoΚωνσταντινούπολις, Konstantinúpolis), é a maior cidade da Turquia, a quinta maior do mundo, rivalizando com Londres como a mais populosa da Europa, com 13 120 596 de habitantes na sua área metropolitana (2010). A grande maioria da população é muçulmana, mas também há um grande número de laicos e uma ínfima minoria de cristãos e judeus.
É a capital da área metropolitana (büyükşehir) e da província de Istambul, a qual faz parte da região de Mármara. No passado foi a capital administrativa da Província de Istambul, na chamada Rumélia ou Trácia Oriental. Foi denominada Bizâncio até 330 d.C., eConstantinopla até 1453, nome bastante difundido no Ocidente até 1930. Durante o período otomano, os turcos chamavam-na de Istambul, nome oficialmente adotado em 28 de março de 1930.


Foi a capital do Império Romano do Oriente e do Império Otomano até 1923, cujo governante máximo, o sultão, foi durante séculos reconhecido como califa, o chefe supremo de todos os muçulmanos, o que fazia da cidade uma das mais importantes de todo o Islão. Atualmente, embora a capital do país seja Ancara, Istambul continua a ser o principal polo industrial, comercial, cultural e universitário (aí estão sediadas mais de uma dezena de universidades) do país. É a sede do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, sede da Igreja Ortodoxa.


A cidade ocupa ambas as margens do estreito do Bósforo e do norte do mar de Mármara, os quais separam a Ásia da Europa no sentido norte-sul, uma situação que faz de Istambul a única cidade que ocupa dois continentes. A parte central da parte europeia é por sua vez dividida pelo estuário do Corno de Ouro. É usual dizer-se que a cidade tem dois ou três centros, conforme se considere ou não que na parte asiática também existe um centro. No lado europeu há duas zonas com mais destaque em termos de movimento de pessoas e património cultural: o mais antigo, onde se situava o núcleo da antiga Bizâncio e Constantinopla, correspondente ao atual distrito deFatih, fica a sul do Corno de Ouro, enquanto que Beyoğlu, a antiga Pera e onde se situava o bairro europeu medieval de Gálata, fica a norte. O centro da parte asiática tem contornos menos precisos, e ocupa parte dos distritos de Üsküdar e Kadıköy.
Algumas zonas históricas da parte europeia de Istambul foram declaradas Património Mundial pela UNESCO em 1985. Em 2010, a cidade foi a Capital Europeia da Cultura. Devido à sua dimensão e importância, Istambul é considerada uma megacidade e uma cidade global.



 Silhuetas da Mesquita de Sultanahmet e daBasílica de Santa Sofia num dia de nevoeiro
O atual nome da cidade, İstanbul em turco (AFI[is'tambu] ou, coloquialmente, [ɨsˈtambul]) é usado nas suas diversas variações pelo menos desde o século X, tendo-se tornado o nome comum em turco desde a sua integração no Império Otomano depois da Queda de Constantinopla, em 1453.3 Etimologicamente o nome é derivado da expressão grega medieval "εἰς τὴν Πόλιν[istimˈbolin] ou, no dialeto egeu, "εἰς τὰν Πόλιν" [istamˈbolin] (em grego moderno: στην Πόλι [stimˈboli]), que significa "na cidade", "à cidade" ou "centro da cidade".
No século XIX ainda eram usados diversos nomes para a cidade. Os europeus em geral usavam principalmente Stambul e Constantinoplapara se referirem a toda a cidade, embora por vezes se distinguissem ambos os nomes — Constantinopla podia designar apenas a parte mais antiga, a sul do Corno de Ouro (atual Fatih), usando-se "Pera" para designar a zona norte, chamada Beyoğlu pelos turcos, o nome que é usado atualmente. Desde os tempos bizantinos que Pera foi a área onde as comunidades de origem europeia ocidental se concentraram, uma situação que perdurou até ao fim do Império Otomano. Entre os turcos era mais frequente que Istambul designasse apenas a parte mais antiga.
Bizâncio (em grego clássicoΒυζάντιον; pronúncia em grego demótico moderno: /vi.za.ⁿdjo/) foi o primeiro nome da cidade quando foi fundada em 667 a.C.  por colonos dóricos da cidade-estado de Mégara, que a batizaram em homenagem ao seu rei Bizas. Quando o imperador romano Constantino, o Grande fez da cidade a nova capital oriental do seu império, em 11 de maio de 330, rebatizou-a Nova Roma. No entanto, o nome que acabou por se impor como mais generalizado foi Constantinopla (em grego: Κωνσταντινούπολη ou Κωνσταντινούπολις; Konstantinoupolis; "Cidade de Constantino"), o qual foi usado pela primeira vez de forma oficial durante o reinado do imperador Teodósio II (408-450). O nome oficial permaneceu Constantinopla durante todo período bizantinoe foi o nome comumente usado no Ocidente até o início do século XX.
A cidade foi também apelidada de "Cidade das Sete Colinas", pois o Cabo do Serralho, a península onde se situa a parte mais antiga da cidade tem sete colinas, como Roma.
Atualmente no cimo de cada uma das colinas há uma grande mesquita imperial otomana. As colinas estão representadas no emblema da cidade como sete triângulos, sobre os quais se elevam quatro minaretes. A cidade tem muitas outras alcunhas, como por exemplo, Vasilevousa Polis ("Rainha das Cidades", em grego), que tem origem na importância e riqueza da cidade durante a Idade Média, e Dersaâdet (originalmente Der-i Saadet, "Porta para a Felicidade") que foi usada pela primeira vez no fim do século XIX e ainda é utilizada hoje em dia.
 Com a Lei do Serviço Postal Turco, de 28 de março de 1930, as autoridades turcas pediram oficialmente às nações estrangeiras que adotassem Istambul como o único nome nos seus idiomas.

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