Festa no Xingu
O “quarup” é
uma cerimônia através da qual os índios do Brasil Central, nos funerais de um
chefe morto, dão forma dramática à sua ressurreição, e, ao mesmo tempo, à ideia
que fazem da criação do homem dos homens por um ser que chamam de Maivotsinim.
O “quarup” propriamente
dito é o mourão que os índios pintam e enfeitam à semelhança do “tuxaua” morto.
Durante toda
a noite a tribo a que pertencia o chefe e as tribos convidadas dançam, cantam e
lutam para ajudar os pajés na faina mágica de insuflar vida ai mourão fincado
no terreiro entre as malocas.
Mas só o
primeiro raio de sol é que conseguirá realizar o milagre, ainda de acordo com
sua crença.
Considera-se
que a “vida” e a “alma” do chefe, aquecida pelo sol, libertou-se do “quarup”,
que é então rolado para dentro do rio e abandonado à correnteza.
Segundo os
índios do Brasil Central a humanidade teria sido criada assim, por meio de
“quarups”, pelo deus “Maivotsinim”.
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