Patrimônio
mundial da humanidade
Antiga
cidade situada na confluência do rio Ródano e do Saône, Lyon, capital da região
Ródano-Alpes e metrópole apreciada, desempenha desde a época romana um
importante papel no desenvolvimento político, cultural e econômico da Europa. O
riquíssimo centro histórico abriga inúmeros edifícios históricos de todas as
épocas e está inscrito no patrimônio mundial da UNESCO desde 1998.
De acordo com o site da UNESCO, “Lyon é um
excepcional exemplo da perenidade da instalação urbana durante mais de dois
milênios, num local com enorme significado comercial e estratégico, onde se
fundiram tradições culturais provenientes de diversas regiões da Europa para
produzir uma comunidade homogênea e vigorosa”.
Contrariamente à maioria das cidades europeias, os
diversos bairros de Lyon não se desenvolveram reconstruindo-se no mesmo local,
mas foram se estendendo para leste ao longo dos séculos, criando assim “uma
notável continuidade física entre os centros de cada época”.
Lyon na época
romana
Na época romana, a capital das três Gálias
estendia-se pelas colinas de Fourvière e de Croix-Rousse.
A cidade romana é revelada pelas construções que
atualmente se encontram a descoberto: o grande teatro, que pode acolher cerca
de 10.000 espectadores; o odeon, que se situa ao lado e é menor; e o
anfiteatro, com um altar dedicado a Roma e a Augusto, na colina de
Croix-Rousse.
O bairro medieval
Anexada ao reino da França em 1312, Lyon continua a
ser um centro importante para o comércio de especiarias, seda e livros;
numerosas feiras atraem mercadores de toda a Europa, em particular Florentinos
que aí desenvolvem as suas atividades bancárias. Em meados do século XV, a
cidade contava 36 bairros, possuindo cada um uma especialidade comercial.
Em meados do século XVI, por iniciativa das ordens
religiosas, preocupadas com o superpovoamento e riscos de epidemias, foi
regulamentada a expansão territorial da cidade.
Lyon na Idade
Clássica
No século XVII foram criados novos bairros
obedecendo ao novo espírito clássico, principalmente ao redor da praça Real
(praça da Bellecour). No século XVIII, os trabalhos de drenagem e a junção da
península com a ilha vizinha possibilitaram uma nova extensão urbana para o
leste. Brilhantes urbanistas e arquitetos, tais como Robert de Cotte
(1656-1735), Jacques-Germain Soufflot (1713-1780), Jean-Antoine Morand
(1727-1794) e Antoine-Michel Perrache (1726-1779), trabalharam no planejamento
urbano.
… e em plena
Revolução industrial
Durante a Revolução, os terrenos pertencentes às
ordens religiosas foram nacionalizados e divididos em lotes. Foram construídas
novas habitações com oficinas para os artesãos (os “canuts” – tecelões de
seda), prova do vigor sem precedentes que a indústria da seda teve no século
XIX e que fizeram de Lyon a “capital da seda”.
Não perca
A colina de Fourvière: os seus vestígios romanos (o grande teatro, o
odeon, o anfiteatro…). Da esplanada, a vista sobre Lyon é insuperável.
Um dos mais vastos conjuntos do Renascimento na Europa: os bairros
Saint-Jean, Saint-Paul e Saint-Georges e os seus numerosos edifícios públicos e
privados merecedores de interesse, entre os quais a catedral de São João
Batista, a Casa do Chamarier, a “loge du Change” (loja de Câmbio), o hotel de
Gadagne…
As “traboules” (passagens entre pátios) da Croix-Rousse e a Casa dos
“canuts” vão fazer-vos descobrir cinco séculos de produção de seda em Lyon.
A Festa
das luzes: rendam-se ao charme dos passeios noturnos e descubram o vanguardismo
de Lyon no que toca à iluminação urbana, através deste evento anual de
reputação internacional.
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