Série: notáveis gestores baianos
Por Luiz Calos Facó
Quem o
conhece, e não são poucos, o veem como um cidadão sincero, devotado amigo,
distinto tal qual lord inglês, cuidadoso com a família. Esquecidos de que ele é
um apaixonado pela literatura, um estudioso das questões sociais, um político
exemplar e gestor sem reparos.
José
Mendonça, nascido aos oito dias de janeiro de 1939, é sergipano de
Ribeirópolis, e baiano por adoção.
Viu o pai,
besuntado de farinha de trigo, tocar uma pequena padaria, numa adusta cidade do
sertão sergipano, habitada por uma gente pobre, mas trabalhadora.
José jamais
esqueceu essa gente sofrida, analfabeta, sem saúde, do árido sertão sergipano
com as quais conviveu. O que o fez intuir: “não adianta só nos condoermos com a
situação dos nossos irmãos nordestinos. Um país não pode ter desenvolvimento,
emprego, salário e renda sem organização, educação, alimentação, saneamento
básico, transporte e moradia”, reflexão que se tornou para ele um dogma,
seguido sem titubeios, em todos os episódios de sua vida.
E a vida
para ele começa cedo, acompanhando os passos paternos. Com o passar do tempo,
experimenta sozinho, com sucesso, dar os seus primeiros, fundando o Mendonça
Supermercados (1976), em Feira de Santana (BA), sucedido pela Mendonça
Agropecuária Ltda., que engloba propriedades rurais, em diversas regiões do
estado, com plantações de cacau e criação de gado.
Sempre
voltado para o social, aceita ser candidato a Prefeito do Município de Ipiaú
(BA). Vence as eleições, e o administra com transparência e corrupção zero.
Executa programas educacionais, de saúde, saneamento básico e, pela primeira
vez na história da administração pública brasileira, faz com que a Secretaria
Municipal de Finanças divulgue os balancetes mensais dos seus gastos e coloque
todos os recibos, empenhos, contratos referentes a eles, à disposição dos munícipes para que os
confiram. Medida que ganhou publicidade na imprensa nacional e fez originar os
Portais da Transparência em órgãos públicos, dos diversos níveis
governamentais. Uma vitória da lisura e de como se deve comportar um servidor
público.
Foram doze
anos dedicados à política e ao ato de bem servir. Por isso deu-se um breve
descanso, mas sem se alhear dos problemas brasileiros, os quais aponta através
de seus artigos no jornal A TARDE, neste Blog e em outros diversos segmentos da
imprensa baiana e nacional.
Sincero,
olhando sempre nos olhos dos seis interlocutores, José transmite a certeza de
que suas palavras refletem sua crença, sua filosofia. São dele: “ao falar e agir procuro sempre
transmitir o que penso, jamais fui cobrado por promessas vãs, sequer mentiras.”
Generoso,
amigo desprendido, José comanda o barco da prosperidade intelectual com pulso
firme. Está presente em quase todos os eventos culturais da nossa terra. Nutre
especial dedicação pela literatura e pela arte pictórica. E tem uma
particularidade relevante, anota as frases dos seus interlocutores para
refletir sobre elas.
Este é o
exemplo de um bom gestor, daqueles que o Brasil precisa.
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