sexta-feira, 8 de agosto de 2014

JOSÉ MENDONÇA

Série: notáveis gestores baianos

Por Luiz Calos Facó

 

Quem o conhece, e não são poucos, o veem como um cidadão sincero, devotado amigo, distinto tal qual lord inglês, cuidadoso com a família. Esquecidos de que ele é um apaixonado pela literatura, um estudioso das questões sociais, um político exemplar e gestor sem reparos.
José Mendonça, nascido aos oito dias de janeiro de 1939, é sergipano de Ribeirópolis, e baiano por adoção.
Viu o pai, besuntado de farinha de trigo, tocar uma pequena padaria, numa adusta cidade do sertão sergipano, habitada por uma gente pobre, mas trabalhadora.
José jamais esqueceu essa gente sofrida, analfabeta, sem saúde, do árido sertão sergipano com as quais conviveu. O que o fez intuir: “não adianta só nos condoermos com a situação dos nossos irmãos nordestinos. Um país não pode ter desenvolvimento, emprego, salário e renda sem organização, educação, alimentação, saneamento básico, transporte e moradia”, reflexão que se tornou para ele um dogma, seguido sem titubeios, em todos os episódios de sua vida.



E a vida para ele começa cedo, acompanhando os passos paternos. Com o passar do tempo, experimenta sozinho, com sucesso, dar os seus primeiros, fundando o Mendonça Supermercados (1976), em Feira de Santana (BA), sucedido pela Mendonça Agropecuária Ltda., que engloba propriedades rurais, em diversas regiões do estado, com plantações de cacau e criação de gado.
Sempre voltado para o social, aceita ser candidato a Prefeito do Município de Ipiaú (BA). Vence as eleições, e o administra com transparência e corrupção zero. Executa programas educacionais, de saúde, saneamento básico e, pela primeira vez na história da administração pública brasileira, faz com que a Secretaria Municipal de Finanças divulgue os balancetes mensais dos seus gastos e coloque todos os recibos, empenhos, contratos referentes a eles,  à disposição dos munícipes para que os confiram. Medida que ganhou publicidade na imprensa nacional e fez originar os Portais da Transparência em órgãos públicos, dos diversos níveis governamentais. Uma vitória da lisura e de como se deve comportar um servidor público.
Foram doze anos dedicados à política e ao ato de bem servir. Por isso deu-se um breve descanso, mas sem se alhear dos problemas brasileiros, os quais aponta através de seus artigos no jornal A TARDE, neste Blog e em outros diversos segmentos da imprensa baiana e nacional.
Sincero, olhando sempre nos olhos dos seis interlocutores, José transmite a certeza de que suas palavras refletem sua crença, sua filosofia.  São dele: “ao falar e agir procuro sempre transmitir o que penso, jamais fui cobrado por promessas vãs, sequer mentiras.”
Generoso, amigo desprendido, José comanda o barco da prosperidade intelectual com pulso firme. Está presente em quase todos os eventos culturais da nossa terra. Nutre especial dedicação pela literatura e pela arte pictórica. E tem uma particularidade relevante, anota as frases dos seus interlocutores para refletir sobre elas.
Este é o exemplo de um bom gestor, daqueles que o Brasil precisa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário