Construído com muito
suor, abundantes lágrimas e milhares de mortos
“As
histórias do Canal e do Panamá como país independente se confundem. Em 1881, o
francês Ferdinand de Lesseps, construtor do Canal de Suez, tentou abrir a rota,
mas fracassou por problemas de engenharia, financeiros e pelas doenças
tropicais, que mataram mais de 20 mil trabalhadores.”
Canal do Panamá (em espanhol: Canal de Panamá) é um canal de navios com 77,1 quilômetros de extensão, localizado no Panamá e que liga o Oceano Atlântico (através do Mar do
Caribe) ao Oceano
Pacífico. O canal atravessa o istmo do
Panamá e é uma travessia chave para o comércio marítimo internacional. Há
bloqueios e eclusas em cada extremidade da travessia para levantar os navios até o Lago
Gatún, um lago
artificial criado para reduzir a quantidade de trabalho necessário para a
escavação do canal e que está localizado 26 metros acima do nível do
mar. Os atuais bloqueios têm 33,5 metros de
largura. Uma terceira faixa de eclusas, mais larga, está em construção e deve
ser inaugurada em 2015.
A França começou a construir o canal em 1881, mas teve que parar por causa
de problemas de engenharia e pela alta taxa de mortalidade de trabalhadores
devido
à doenças tropicais. Os Estados
Unidos assumiram o projeto em 1904 e levaram uma década para concluir o
canal, que foi inaugurado oficialmente em 15 de agosto de 1914. Um dos maiores
e mais difíceis projetos de engenharia já realizados, o Canal do Panamá reduziu muito a quantidade de
tempo de viagem necessário para que os navios cruzassem os oceanos Atlântico e
Pacífico, o que lhes permitiu evitar a longa e perigosa rota do Cabo
Horn, no extremo sul da América
do Sul, através da Passagem
de Drake ou do Estreito de Magalhães. A
passagem mais curta, mais rápida e mais segura para a Costa Oeste dos Estados Unidos e para os países banhados pelo Pacífico, permitiu que essas
regiões se tornassem mais integradas à economia mundial. O tempo aproximado
para atravessar o canal varia entre 20 e 30 horas.
Durante a época de construção, a
propriedade do território onde está o canal já pertenceu aos colombianos, depois aos franceses e aos estadunidenses. Os Estados Unidos
continuaram a controlar a Zona do Canal do Panamá até a assinatura dos Tratados Torrijos-Carter, em
1977, que passaram o controle da passagem ao Panamá. Após um período de administração conjunta entre Estados Unidos e
Panamá, o canal foi finalmente assumido pelo governo panamenho em 1999 e,
agora, é gerenciado e operado pela Autoridade do Canal do Panamá, uma agência
do governo do país.
O tráfego anual aumentou de cerca de
1.000 navios, quando o canal foi inaugurado em 1914, para 14.702 embarcações em
2008, sendo que a última medição registrou um total de 309,6 milhões de toneladas movimentadas. Até 2008, mais de 815 mil embarcações tinham passado
pelo canal; os maiores navios que podem transitar do canal hoje são chamados de Panamax. A Sociedade Americana de Engenheiros Civis classificou o Canal do Panamá como uma das sete maravilhas do mundo moderno.
Eclusas
A expansão do canal, no valor de US$ 5,25 bilhões, começou em 2007, e em
2009 teve início sua principal obra, um terceiro conjunto de comportas
construídas por um consórcio internacional liderado pela empresa espanhola
Sacyr.
Essa ampliação seria
inaugurada este ano, ano do seu centenário, mas sofreu atrasos com greves e
disputas por custos adicionais milionários que a Sacyr exige da Autoridade do
Canal (ACP). Em 2016 serão
abertas as comportas da terceira via por onde entrarão os pós-Panamax.
O Canal do Panamá é hoje responsável por 5% do movimento mundial de
cargas.
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