As cariátides originais do Erecteion
O
Museu da Acrópole foi fundado por um decreto de 1863, emitido por Kyriakos
Pittakis. A construção, um projeto
de Panagis
Kalkou, iniciou um ano mais tarde,
sob o Eforado de Panayiotis
Eustratiades no local sugerido por
Pittakis e T. Hansen, sobre a Acrópole de Atenas, onde antes existiu um santuário dedicado a Pandion. Nas
escavações preparatórias já foram encontradas esculturas que
hoje são expostas nas salas do museu.
O
antigo prédio foi concluído em 1874, sendo o primeiro museu grego a ser
instalado em um edifício construído especialmente para uso como museu. Tinha
800 m², distribuídos em oito salas de exposição, e foi concebido para
permanecer pouco perceptível em meio ao conjunto arquitetônico da Acrópole, estando
incrustado na rocha e adentrando o subsolo. Os trabalhos de instalação do
acervo se prolongaram até 1888, mas com os constantes novos achados
arqueológicos no local, novas alas forma acrescentadas já em 1888, e novamente
após a I Guerra Mundial.
Entre
1946 e 1947 foram executadas novas obras, o pequeno edifício inicial foi
demolido e as alas mais modernas foram expandidas para o sul, com a criação das
salas da Gigantomaquia e da Alcova e novos depósitos. Todo o sistema de exposição foi
reorganizado, sendo reinaugurado em dezembro de 1964. Em 1998 o museu foi outra
vez remodelado, adicionando-se duas novas unidades temáticas e reorganizando-se
os itens expostos.
Em
junho de 2007 o museu foi fechado e sua coleção começou a ser transferida para
novas instalações localizadas a cerca de 300 metros da Acrópole. A nova sede,
inaugurada
em 21 de junho de 2009, possui cerca de 25 mil m² e foi projetada para resistir
a terremotos.
14 mil m² são destinados para as exposições, significando um aumento de dez
vezes na área útil em relação ao prédio antigo na colina. O custo da obra foi
orçado em 130 milhões de euros e
foi necessária a demolição de diversas residências do local. As escavações para
os alicerces revelaram vestígios de construções pavimentadas de mosaicos, que serão mantidos in situ para
visitação.
O Moscophoros
A
coleção do Museu da Acrópole, como seu nome sugere, consiste basicamente dos achados
arqueológicos da própria Acrópole. O acervo começou a ser reunido com as
escavações levadas a cabo no século XIX, que recolheram algumas esculturas
clássicas e objetos votivos dedicados ao culto de Atena. Desde então, com o prosseguimento das
pesquisas, novos itens têm sido continuamente incorporados ao acervo.
A
partir de 1975 o programa de conservação dos monumentos da Acrópole (o Partenon, o templo de Atena Niké e o Erecteion)
decidiu que as esculturas originais que ainda existiam nas ruínas começassem a
ser transferidas para o museu, sendo substituídas por réplicas.
Atualmente
as coleções são distribuídas da seguinte forma:
Galeria
das encostas da Acrópole,
montada em um espaço que sugere a subida da colina, abriga obras de arte,
objetos de culto e vestígios de antigas habitações e santuários que em tempos
passados foram construídas nas bases e encostas da Acrópole, com objetos de uso
cotidiano da Antiguidade aos dias de hoje.
A Galeria
Arcaica privilegia os achados do período arcaico,
do século VII a.C. até as Guerras Médicas em
480-479 a.C. um período que foi caracterizado pela formação do modelo da pólis
e a transição do governo aristocrático para o democrático. As peças pela
primeira vez são exibidas de forma que possam ser observadas de todos os lados,
ao contrário do uso anterior, que as colocava contra as paredes.
Galeria
do Partenon, que, como o nome indica,
exibe as peças relacionadas ao templo do Partenon, incluindo originais e cópias de fragmentos que
acabaram em coleções estrangeiras.
Propylaia,
Athena Nike, Erechtheion,
espaço que exibe peças relativas ao templo do Erecteion, incluindo suas
célebres cariátides,
peças do templo de Atena Niké, e outras oriundas da escadaria monumental que dá
acesso à Acrópole, o chamado Propileu.
Do
século V A.C. ao século V d.C.,
expondo as coleções relacionadas ao santuário de Ártemis Braurônia, bem como relevos com
inscrições, estátuas de filósofos e figuras históricas, e outras obras
clássicas, helenísticas e romanas.
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