Por Joaci Góes
Advogado, empresário, imortal pala
Academia de Letras da Bahia e candidato a vice-governador da Bahia (2014).
Neste retorno serôdio às lides
eleitorais, venho me debruçando, com o olhar da maturidade outonal, sobre as
possibilidades de desenvolvimento de cada uma das diferentes e potencialmente
ricas microrregiões da Bahia. Na verdade, entre um deslocamento e outro, nós,
os componentes da chapa majoritária, eu, candidato a vice-governador, Paulo
Souto, para o governo, e Geddel Vieira Lima, para o Senado, realizamos
verdadeiros seminários sobre que medidas adotarmos para a efetiva implementação
das possibilidades econômicas das áreas visitadas.
É consensual o entendimento de que um estado com as dimensões da Bahia - 15
milhões de habitantes em 417 municípios, distribuídos em um pouco mais de 550
mil quilômetros quadrados -, exige, como imperativo de racionalidade, a
descentralização da autoridade governamental, para estudar e propor medidas que
emergem do conjunto de suas características regionais, em substituição à
paquidérmica centralização reinante, perpetuadora de uma visão estrábica, a
partir de uma capital remotamente localizada, fato que responde por recorrentes
movimentos independentistas, como os localizados no Sul e no Oeste do Estado.
À Guisa de exemplo, cidades como Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista,
Ilhéus, Itabuna, Santo Antônio de Jesus, Alagoinhas, Jacobina, Porto Seguro,
Eunápolis, Valença, Paulo Afonso, Guanambi, Lapa, Juazeiro, dentre outras,
aparecem, numa listagem aligeirada, como candidatas naturais para sediar essas
unidades administrativas. Evidentemente, uma postura inovadora como essa exige
as cautelas de estilo de que sua gradual implantação é de preceito, imposto
pelo mais elementar bom-senso.
A Bahia, como sabem os que têm intimidade com sua geografia física, social e
econômica, é dotada de regiões que se distinguem pelas suas marcantes
características ambientais.
Em caráter meramente exemplificativo, podemos mencionar as seguintes regiões:
1-
o Extremo Sul, dominado por gente empreendedora, tem na celulose sua
riqueza matriz, mesclada com o turismo dos municípios localizados na Costa das
Baleias;
2-
a Costa do Descobrimento que tem Porto Seguro como sua capital regional;
3-
o Baixo Sul, compreendido entre os municípios de Marau e Valença, dotado
de excepcional potencial turístico;
4-
a Baia de Todos os Santos, com Salvador como capital, cercada pelo mais
dinâmico núcleo industrial do Nordeste brasileiro;
5-
o polo produtor de grãos que tem Barreiras como centro;
6-
o centro produtor de frutas e vinhos, sediado em Juazeiro.
Há muito mais, a ser objeto de nossa reflexão em textos futuros.
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