quinta-feira, 28 de agosto de 2014

REPÚBLICA DAS SEICHELES

 As ilhas Seicheles

 


As Seychelles ou Seicheles, oficialmente República das Seicheles, são uma nação insular localizada no Oceano Índico ocidental, constituída por vários arquipélagos localizados a norte e nordeste de Madagáscar. Fazem parte das Seychelles as Ilhas Seychelles propriamente ditas, as Ilhas Amirante, as ilhas Farquhar, as ilhas Aldabra e algumas outras ilhas dispersas. Além de Madagáscar, os seus vizinhos mais próximos são as Maurícias, a sudeste, as Comores e Mayotte, a sudoeste, e as Ilhas Gloriosas, a sul. Capital: Victoria. Juntamente com a Líbia e as Maurícias, são os únicos países do continente africano com Índice de Desenvolvimento Humano considerado alto.



Embora mareantes austronésios ou mercadores árabes possam ter sido os primeiros a visitar as desabitadas Seychelles, o primeiro registo europeu conhecido do avistamento das ilhas ocorreu em 1502, pelo almirante português Vasco da Gama, que atravessou as Ilhas Amirante, nomeando-as em honra de si próprio (ilhas do Almirante). A primeira visita a terra registada e a primeira descrição escrita do arquipélago deve-se à tripulação do East Indiaman inglês Ascension em 1609. Fazendo parte da rota comercial entre a África e a Ásia, as ilhas eram ocasionalmente utilizadas por piratas até os franceses iniciarem o controle do arquipélago em 1756, quando a Pedra da Possessão foi colocada pelo Capitão Nicholas Morphey. As ilhas foram nomeadas em honra de Jean Moreau de Séchelles, Ministro das Finanças de Luís XV.


Os Britânicos disputaram o controle das ilhas com os Franceses entre 1794 e 1812. Jean Baptiste Quéau de Quincy, o administrador francês das Seychelles durante os anos da guerra com o Reino Unido, preferiu não resistir quando os navios inimigos chegaram. Em vez disso, Quincy negociou com sucesso a capitulação aos Britânicos, que conferiu aos colonos uma posição privilegiada de neutralidade.



A Grã-Bretanha eventualmente assumiu o controle total após a rendição das Ilhas Maurícias em 1812, o que foi formalizado em 1814 no Tratado de Paris. As Seychelles tornaram-se uma colónia realenga separada das Maurícias em 1903 e a independência foi conseguida em 1976, sob a forma de república inserida no Commonwealth. Em 1977, um golpe de estado depôs o primeiro presidente da república, James Mancham, substituindo-o por France Albert René. A constituição de 1979 declarou um estado socialista unipartidário, e assim permaneceu até 1991. O primeiro rascunho da nova constituição não obteve os 60% de votos requeridos em 1992, mas uma versão emendada foi aprovada em 1993. Nas eleições presidenciais de Julho de 1993, o até então ditador Albert René foi eleito com 59% dos votos totais. Atualmente Seychelles continua com características fortemente socialistas como uma economia totalmente planificada e burguesia inexistente.


A indústria do turismo emprega aproximadamente 30% da força trabalhadora do país e fornece mais de 70% das receitas em moeda forte. Depois do colapso econômico de 91/92, devido à Guerra do Golfo, o governo começou a desenvolver atividades alternativas como cultivo e pesca, com produção em pequena escala, a fim de diminuir a dependência do turismo. Entre as principais colheitas estão canela, chá e banana.
Mesmo assim, as Seicheles são um dos países mais ricos da África, possuindo junto com as Maurício e a Líbia um dos três IDHs elevados do continente.

Pescadores seichelenses após a pesca.

A sociedade seychellense é essencialmente matriarcal. As mães tendem a ter um papel dominante no lar, controlando a maioria das despesas correntes e ocupando-se dos interesses das crianças. As mães solteiras são a norma social, e a lei obriga os pais a assegurar a alimentação dos filhos. Os homens são importantes pela capacidade de ganhar dinheiro, mas o seu papel doméstico é relativamente periférico. As mulheres




mais velhas podem habitualmente contar com o suporte financeiro dos membros da família que vivem em casa ou contribuições dos ganhos dos filhos crescidos.


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