As ilhas Seicheles
As Seychelles ou Seicheles, oficialmente República
das Seicheles, são uma nação insular localizada no Oceano Índico ocidental,
constituída por vários arquipélagos localizados
a norte e nordeste de Madagáscar. Fazem parte
das Seychelles as Ilhas Seychelles propriamente
ditas, as Ilhas Amirante, as ilhas Farquhar, as ilhas Aldabra e
algumas outras ilhas dispersas. Além de Madagáscar, os seus vizinhos mais
próximos são as Maurícias, a
sudeste, as Comores e Mayotte, a
sudoeste, e as Ilhas Gloriosas, a sul.
Capital: Victoria. Juntamente com a Líbia e as Maurícias, são os
únicos países do continente africano com Índice de Desenvolvimento Humano considerado
alto.
Embora mareantes austronésios ou
mercadores árabes possam
ter sido os primeiros a visitar as desabitadas Seychelles, o primeiro registo
europeu conhecido do avistamento das ilhas ocorreu em 1502, pelo almirante português Vasco da Gama, que
atravessou as Ilhas Amirante, nomeando-as em honra de si próprio (ilhas do
Almirante). A primeira visita a terra registada e a primeira descrição escrita
do arquipélago deve-se à tripulação do East Indiaman inglês Ascension em 1609. Fazendo
parte da rota comercial entre a África e a Ásia, as ilhas eram ocasionalmente
utilizadas por piratas até
os franceses iniciarem o controle do arquipélago em 1756, quando a Pedra da
Possessão foi colocada pelo Capitão Nicholas Morphey. As ilhas foram nomeadas em honra de Jean
Moreau de Séchelles, Ministro
das Finanças de Luís XV.
Os Britânicos
disputaram o controle das ilhas com os Franceses entre 1794 e 1812. Jean
Baptiste Quéau de Quincy, o administrador francês das Seychelles durante os
anos da guerra com o Reino Unido, preferiu
não resistir quando os navios inimigos chegaram. Em vez disso, Quincy negociou
com sucesso a capitulação aos Britânicos, que conferiu aos colonos uma posição
privilegiada de neutralidade.
A Grã-Bretanha
eventualmente assumiu o controle total após a rendição das Ilhas Maurícias em
1812, o que foi formalizado em 1814 no Tratado de Paris. As Seychelles tornaram-se uma colónia realenga separada
das Maurícias em 1903 e a
independência foi conseguida em 1976, sob a
forma de república inserida
no Commonwealth. Em 1977, um golpe de estado depôs o primeiro
presidente da república, James Mancham, substituindo-o
por France Albert René. A constituição de
1979 declarou um estado socialista unipartidário,
e assim permaneceu até 1991. O primeiro rascunho da nova constituição não
obteve os 60% de votos requeridos em 1992, mas uma versão emendada foi aprovada
em 1993. Nas eleições presidenciais de Julho de 1993, o até
então ditador Albert René foi eleito com 59% dos votos totais. Atualmente
Seychelles continua com características fortemente socialistas como uma
economia totalmente planificada e burguesia inexistente.
A indústria do turismo emprega aproximadamente 30% da força trabalhadora do país e
fornece mais de 70% das receitas em moeda forte. Depois do colapso econômico de
91/92, devido à Guerra
do Golfo, o governo começou a desenvolver atividades
alternativas como cultivo e pesca, com produção em pequena escala, a fim de diminuir a dependência
do turismo. Entre as principais colheitas estão canela, chá e banana.
Mesmo assim, as Seicheles são um dos países mais ricos da África, possuindo junto com as Maurício e a Líbia um dos três IDHs elevados do continente.
Pescadores
seichelenses após a pesca.
A sociedade seychellense é essencialmente matriarcal. As
mães tendem a ter um papel dominante no lar, controlando a maioria das despesas
correntes e ocupando-se dos interesses das crianças. As mães
solteiras são a norma social, e a lei obriga os pais a assegurar a alimentação dos filhos. Os homens são importantes pela
capacidade de ganhar dinheiro, mas o seu papel doméstico é relativamente
periférico. As mulheres
mais velhas podem habitualmente contar
com o suporte financeiro dos membros da família que vivem em casa ou
contribuições dos ganhos dos filhos crescidos.
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