segunda-feira, 25 de agosto de 2014

TU QUOQUE BRUTOS, FILI MIHI – ATÉ TU BRUTUS, FILHO MEU!

História

Polêmica: Qual dos Brutos o verdadeiro? Eram tantos... Erro ou manipulação histórica?


É uma expressão latina atribuída a Júlio César.
Diz-se que estas foram as últimas palavras que ele proferiu em seu leito de morte (nos idos de março de 44 A.C.), ao ser perfurado pelos conspiradores, quando reconheceu entre seus assassinos o rosto de Marcus Junius Brutus.



Suetônio, historiador, nos diz que César morreu sob os golpes de vinte e três facadas, só cuidando no momento de envolver seu manto sobre ele e de não  "proferir um único gemido, e de não dizer uma única palavra." Ele acrescenta: "No entanto, algumas pessoas relataram que quando Brutus o atacou, ele disse," καὶ σύ, τέκνον;” (KAI, teknon =? "você também, filho?"). 


Cassius Dio, que escreve em grego, relata as mesmas palavras . De lá vem a tradução mais poética (mas também a mais conhecida): Tu quoque, Brute, fios me ("Você também Brutus, meu filho?"!).


Na obra Júlio César de William Shakespeare, o ditador assim transforma suas famosas últimas palavras para Brutus, com uma inserção para o latim no texto original em Inglês: "Et tu, Brute Então cair, César?". ("Você também, Brutus? Cadi, então, Caesar"). 


A tradição atribui a Brutus, após a cesaricidio, a pronúncia da frase "Sic Semper Tyrannis! " ("Assim sempre aos tiranos!").
Ressalte-se aqui que o termo filius não deve ser tomado literalmente, mas num sentido mais genérico: do amado ou amada, ou como uma criança. Brutus não era de fato o filho natural de César, nem parece que ele tinha sido adotado. Os estudiosos, no entanto, considerando que César não possuía grande confiança em Marcus Junius Brutus, afirmam que a sentença teria sido dita a um "Brutus" diferente, no caso, Decimus Junius Brutus Albinus, que também desempenhou papel chave na conspiração, mas que, ao contrário do outro, era amado e protegido por César.
Em alguns textos em árabe, é dito que, assim que percebida a traição de Brutus, César deixou de defender-se sussurrando, "... você também Brutus! Não vale a pena viver ...". 

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