terça-feira, 16 de setembro de 2014

CASTELO REAL DE BLOIS – FRANÇA

Série: castelos e palácios

Castelo Real de Blois

Depois de ter sido o feudo dos poderosos Condes de Blois e o de Carlos, Duque de Orleães, o Castelo de Blois, uma grande cidade situada nas margens do rio Loire, a meio caminho entre Tours e Orleães, torna-se, com Luís XII, nascido em Blois em 1462, a residência preferida dos reis franceses durante mais de um século. Uma fascinante aula de arquitetura e história.

O Castelo Real de Blois é a introdução ideal para a visita do Vale do Loire, porque sintetiza a arquitetura e a história dos Castelos do Loire. O seu pátio oferece uma verdadeira panorâmica da arquitetura francesa da Idade Média no século XVII.


Vale do Loire

 

Residência de sete reis e dez rainhas de França, é um local que evoca o poder e o quotidiano da Corte Renascentista, sendo exemplo disso os apartamentos reais ricamente mobilados e ornamentados com magníficas decorações policromas.

 




A ala Luís XII, de estilo gótico flamejante
Entra-se no castelo pela ala Luís XII, edificada no final do século XV, que se distingue pelo seu conjunto de tijolo vermelho unido por pedras brancas, construção comum nos edifícios de estilo franco-flamengo, gótico flamejante, com alguns elementos a evocarem já o estilo renascentista.

A ala Francisco I, maravilha renascentista
Apenas doze anos separam a construção da ala Francisco I, no centro, da construção da ala Luís XII. No entanto, esta é puramente renascentista, com uma arquitetura e uma ornamentação caracterizadas pela influência italiana. A inspiração italiana não influenciou apenas os motivos decorativos, mas também a organização e a forma completa do edifício.

 


Grande escadaria monumental
O elemento central desta ala é a escadaria monumental em espiral, saliente e octogonal, com três dos lados embutidos no próprio edifício. A escadaria, «explorada como um marfim da China», segundo Balzac, está recoberta de finas esculturas renascentistas, de ornamentos italianizantes (estátuas, balaústres, candelabros) e de emblemas reais.

Ala Gastão de Orleães
Finalmente, em frente à ala Luís XII, ainda no pátio interior, a construção da ala Gastão de Orleães foi entregue a François Mansart, pai de Jules-Hardouin, no século XVII. É de estilo clássico.

O primeiro castelo restaurado
Em 1845, Blois foi um dos primeiros monumentos históricos a ser restaurado, servindo de modelo para o restauro de muitos outros castelos.

O Castelo Real de Blois, considerado Museu de França, possui mais de 30 000 obras, sendo parte das suas coleções exibidas nos apartamentos reais da ala Francisco I, no Museu de Belas Artes situado na ala Luís XII, mas também no âmbito de inúmeras exposições temporárias.
A não perder
Os apartamentos reais situados na ala Francisco I foram objeto de restauro. Tinham sido reconstituídos por Félix Duban no século XIX segundo o espírito romântico da época. O primeiro andar é o andar dos apartamentos da rainha.
A Sala dos Capitães da Guarda da Rainha está ornamentada por duas chaminés com decoração renascentista.

 


 O chão em mosaico da Galeria da Rainha, criado por Félix Duban em terracota vidrada, com base num modelo do século XV, foi restaurado no final do século XX. Tem a forma de uma rede de formas geométricas azuis, brancas e amarelas.

O Quarto da Rainha Maria de Médicis ou studiolo, onde painéis de madeira dissimulam quatro armários com mecanismo secreto de abertura, que lhe valeu o nome de "quarto dos segredos".
A Sala de Guise alberga uma coleção de quadros célebres que retratam as personagens principais e os acontecimentos trágicos das Guerras de Religião.

O Quarto do Rei é o quarto onde, segundo reza a lenda, o Duque de Guise morreu, atirando-se para os pés da cama do rei, depois de ser atingido por oito espadachins. Como evocação ao rei, Duban enriqueceu propositadamente a decoração da sala com ouro e incrustou flores-de-lis na alcova real.

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