Suas festas ocorreram nos dias 26 e 27 do corrente mês. Uma homenagem
tardia do Blog do Facó
Os gêmeos árabes Cosme e Damião eram filhos de uma nobre família
de cristãos. Nasceram por volta do ano 260 d.C., na região da Arábia e viveram
na Ásia Menor, no Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme
talento para a medicina, profissão a qual se dedicaram após estudarem e
diplomarem-se na Síria.
Tornaram-se profissionais muito competentes e dignos, e foram trabalhar como médicos e missionários na Egéia.
Tornaram-se profissionais muito competentes e dignos, e foram trabalhar como médicos e missionários na Egéia.
Amavam a Cristo com todo o fervor de suas almas, e decidiram
atrair pessoas ao Senhor através de seu serviço. Por isso, não cobravam pelas
consultas e atendimentos que prestavam, e por esse motivo eram chamados de
"anárgiros", ou seja, “aqueles que são inimigos do dinheiro / que não
são comprados por dinheiro".
A riqueza que almejavam era fazer de sua arte médica também o seu
apostolado, para a conversão dos perdidos, o que, a cada dia, conseguiam mais e
mais. Seus corações ardiam por ganhar vidas, e nisto se envolveram através da
prática da medicina. Inspirados pelo Espírito Santo usavam a fé aliada aos
conhecimentos científicos. Confiando sempre no poder da oração, operaram
verdadeiros milagres, pois em Nome de JESUS curaram muitos doentes, vários
destes à beira da morte.
Também se preocupavam em curar animais, pois sabiam que “toda a
criação aguarda, com ardente expectativa, pela manifestação da glória de Deus
em Seus filhos” (Romanos 8.18:19).
Manifestaram Autoridade do Alto, pregando o Evangelho com sinais e
prodígios. Sua linguagem e sua pregação “não consistiram em palavras
persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de Poder” (ICo 2.4).
Desta forma, conseguiram plantar a semente da salvação em muitos corações,
colhendo inúmeras conversões a JESUS. Cosme e Damião possuíam uma revelação
clara do chamado que tinham como ministros do Evangelho, chamado que cumpriam
no cotidiano da rotina profissional, ministrando Cristo através de seus trabalhos.
Os nomes de Cosme e Damião são pronunciados inúmeras vezes, todos
os dias, no mundo inteiro. Até hoje, os gêmeos são cultuados em toda a Europa,
especialmente na Itália, França, Espanha e Portugal. Além disso, são venerados como padroeiros dos médicos e
farmacêuticos, e por causa da sua simplicidade e inocência também são invocados
como protetores das crianças. Por isso, na festa dedicada a eles, é costume
distribuir balas e doces para as crianças.
Aqui no Brasil, a idolatria
uniu-se a outras vertentes religiosas. A devoção trazida pelos portugueses
misturou-se com o culto aos orixás-meninos (Ibejis ou Erês) da tradição
africana yorubá. Cosme e Damião, os santos mabaços ou gêmeos, são tão populares
quanto Santo Antônio e São João. São amplamente
festejados na Bahia e no Rio de Janeiro, onde a festa ganha a rua e adentra
aos barracões de candomblé e terreiros de umbanda, no dia 27 de setembro.
Uma característica marcante na Umbanda e no Candomblé, em relação
às representações de Cosme e Damião, é que junto aos dois santos católicos
aparece uma criancinha vestida igual a eles. Essa criança é chamada de Doúm ou
Idowu, que personifica as crianças com idade de até sete (7) anos de idade,
sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade. Na festa de tradições
afro, enquanto as crianças se deliciam com as iguarias consagradas, os adultos
ficam em volta entoando cânticos (oríns) aos orixás.
Inconsequente é ver a total mutação dos Princípios Eternos pelos
quais os gêmeos árabes morreram. Nunca Cosme de Damião deram-se aos ídolos e
jamais praticaram outro evangélico, embora tenham sido acusados de fazê-lo. Mas
o pecado do homem que distorce os padrões do SENHOR, fazem com que o engano se
propague por gerações, através dos séculos, tornando o sincretismo numa
tradição cultural.
Eles foram cristãos fiéis até o fim, amaram o SENHOR sem medida e
sem restrições manifestaram JESUS em suas vidas diárias e assim, ganharam
inúmeras almas para o SENHOR, através do Amor e da Pregação.
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