Municípios baianos
É uma cidade simples, porém
encantadora
Alcobaça é
um município do estado da Bahia. Sua
população estimada em 2004 era
de 23 323 habitantes. Possui uma área de 1510,9 km².
O local onde hoje
se encontra o município de Alcobaça pertencia a uma sesmaria
(terra doada pelo governo, no Brasil Colônia,
para fins de colonização) administrada pelo capitão Francisco Martins
Pereira a partir de 1697.
Localizada numa área com grande incidência de indígenas "selvagens",
a antiga Vila de Alcobaça oferecia pouca segurança para seus
moradores. Em compensação, porém, suas terras eram férteis e o rio Itanhém possibilitava
acesso ao "sertão" (região afastada do litoral). Talvez
por causa da fertilidade do
terreno, a região começou a ser ocupada pelos primeiros homens brancos oriundos
de Vila de
Caravelas, por volta de 1747. Nessa
época, segundo a tradição, os portugueses Antonio Gomes Pereira e Antonio
Mendes, moradores da cidade vizinha de Caravelas, e provenientes da cidade
medieval de Alcobaça, em Portugal, assentaram
acampamento às margens do rio Itanhém com suas respectivas famílias. Em pouco
tempo, surgiu ali um povoado com o nome de Arraial de Itanhém.
O município tem
origem em uma vila criada em 12 de novembro de 1772 pelo Ouvidor José Xavier
Machado Monteiro no local denominado Arraial de Itanhém, situado às margens do
Rio Itanhém, ao sul da Capitania de Porto Seguro (atual Microrregião Extremo
Sul da Bahia).
Diferentemente do
que foi publicado em diversos sites da internet e até mesmo em enciclopédias e
livros, Alcobaça não foi fundada "através de Carta Régia de 1755". A
chamada Carta Régia que teria dado origem a Alcobaça é, na verdade, um dos
documentos importantes da História do Brasil no Século XVIII. Trata-se de
documento de 3 de março de 1755, no qual El-Rey d. José I de Portugal manda criar a Capitania de São José do Rio Negro e dá
instruções sobre a fundação de vilas na Colônia. Esta Carta Régia encontra-se
reproduzida nos "Autos de Criação e Ereção da Nova Vila de Alcobaça, na
Capitania de Porto Seguro", documento de 12 de novembro de 1772 que é o
verdadeiro ponto de partida da história de Alcobaça.
São Bernardo (Bernardo de Claraval) foi escolhido como orago (padroeiro) da vila. Por
isso, nos documentos do século XIX, Alcobaça é referida como "Vila de São
Bernardo de Alcobaça".
Diz uma lenda (não comprovada) que os primeiros moradores da Alcobaça
brasileira eram oriundos da Alcobaça portuguesa. Até o
século XIX a
cidade foi ocupada por grandes senhores de escravos, sendo que uma das senzalas ainda
está de pé no centro da cidade.
Em 20 de julho de
1896 a vila de Alcobaça foi erguida à condição de Cidade.
Igreja
Matriz, vista lateral.
A cidade de
Alcobaça é visitada anualmente por milhares de turistas oriundos principalmente
dos estados vizinhos de Minas Gerais e Espírito Santo, mas também de Goiás e Distrito Federal.
O turismo de
veraneio em Alcobaça tem como base as belas praias da região e a proximidade da
cidade com o Parque Nacional Marinho de Abrolhos.
O ponto central
da cidade, a Praça
da Caixa D'Água e seus arredores, é o mais visitado pelos turistas.
A cidade de
Alcobaça possui belos casarões do século XIX cuja proteção foi recomendada por
técnicos do Instituto do Patrimônio Cultural do estado da Bahia (IPAC-BA).
Além dos casarões,
o patrimônio cultural de Alcobaça concentra-se também nas manifestações
folclóricas. Entre as datas de festas folclóricas alcobacenses, destacam-se:
19-20 de janeiro: luta dos
mouros e cristãos (conhecida, em outros lugares da Bahia e do Brasil, como
cavalhada, chegança de mouros, marujada etc.)
Em Alcobaça, as
principais manifestações folclóricas estão relacionadas com festas religiosas.
A maior festa religiosa de Alcobaça é a festa de São Bernardo, que ocorre todos
os anos do dia 11 de agosto a 21 de agosto, com auge no dia 20 de agosto, dia
de São Bernardo.
Para uma cidade
como Alcobaça, cuja economia se ampara em grande parte na
atividade pesqueira, o dia de
São Pedro (29 de junho), que é o padroeiro dos pescadores, tem muita
importância no município. O dia de São Pedro faz parte das festas juninas, mas
em Alcobaça ele tem peso maior que o de São João para a população local. É o
dia em que os pescadores alcobacenses agradecem a São Pedro pela proteção
durante as viagens para alto-mar e pela fartura de peixes nos mares de
Alcobaça.
Além da festa
religiosa em si, com missa especial e procissão, os alcobacenses fazem também
uma procissão de barcos entre o cais do porto e a barra do rio Itanhém, ao lado
da cidade.
A história de
Alcobaça está refletida também nas ruas do
centro (todos os pavimentos de ruas na cidade são em blocos de concreto em
formato de hexágono), onde
estão localizados os casarões e sobrados antigos,
e nas fazendas centenárias.
Alguns sobrados da cidade remontam ao século XIX, sendo que
muitos já foram edifícios públicos, senzalas ou prisões.
No final dos
anos 1970, o Instituto do Patrimônio Cultural da
Bahia (IPAC-BA) começou a realizar um estudo arquitetônico em toda a
região municipal para inventariar o patrimônio cultural que merecesse ser protegido.
solicito a alguém localizar o João que tem uma sorveteria na praça de alcobaça/Ba (há uma caixa d'gua grande na praça), e peça a ele para telefonar para o Advogado Ricardo, OAB/DF 8892, celular 61.999797128, e e Mail: guedesricardoc@gmail.com
ResponderExcluirAtencisapadamente agradeço.
Brasília/DF, 14/9/2021.
Ricardo de Carvalho Guedes, Advogado, OAB / DF 8892.