Rítmo (do
grego rhuthmós [movimento regular). Ritmo vem do grego Rhytmos
e designa aquilo que flui que se move. É um movimento regulado. O ritmo está inserido em tudo na nossa vida.
O estudo do
ritmo, entoação e intensidade de um discurso chama-se prosódia. Existe
também a prosódia musical, visto que a música também é considerada uma linguagem. Em
poesia, o estudo do ritmo chama-se métrica.
A vida de uma pessoa é cercada de acontecimentos rítmicos o tempo todo. Começando
na gestação, com o bater do coração, depois com outras frequências biológicas,
como as do respirar, piscar os olhos, caminhar, os acontecimentos repetidos de
sono e vigília.
As frequências
biológicas do próprio corpo foram fundamentais para as noções de tempo e a
criação do relógio, bem como no desenvolvimento de artes relacionadas ao tempo,
como a música, a poesia, a dança.
A rítmica é uma
ciência do ritmo que objetiva desenvolver e harmonizar as funções motoras e
regrar os movimentos corporais no tempo e no espaço, aprimorando o ritmo.
Embasando-se nestes
conceitos, fica clara a importância que o ritmo tem na nossa vida, tanto
através de influências externas quanto internas. O desenvolvimento e
aperfeiçoamento do mesmo torna-se muito importante, pois o ser humano é dependente do ritmo para todas as atividades que for
realizar, como na vida diária, profissional, desportiva e de lazer.
Na educação infantil (alfabetização), é uma habilidade importante, pois dá à
criança a noção de duração e sucessão, no que diz respeito à percepção dos sons
no tempo. A falta de habilidade rítmica pode causar uma leitura lenta,
silabada, com pontuação e entonação inadequadas.
O ritmo é de grande
importância para os professores de Educação Física, pois ele se reflete
diretamente na formação básica e técnica, na criatividade e na educação de
movimento.
O ritmo pode ser
individual (ritmo próprio), grupal (caracterizado muito bem pela dança, o nado
sincronizado e por uma série de atividades por equipe), mecânico (uniforme, que
não varia), disciplinado (condicionamento de um ritmo predeterminado), natural
(ritmo biológico), espontâneo (realizado livremente) e refletido (reflexão sobre
a temática realizada), todas estas variações de ritmo podem ser trabalhadas na
escola com diferentes atividades.
O ritmo é
fundamental para a música, uma arte que ocorre no tempo. O ritmo está na
constância (ou inconstância) dos acontecimentos musicais (isto é, das notas
musicais ou batidas percussivas).
Desenvolver a
capacidade física dos educandos assim como a saúde e a qualidade de vida.
Propiciar a
descoberta do próprio corpo e de suas possibilidades de movimento.
Desenvolver o ritmo
natural.
Possibilitar o
desenvolvimento da criatividade para descoberta do estilo pessoal.
Despertar sentido
de cooperação, solidariedade, comunicação, liderança e entrosamento através de
trabalho em grupo
.
Funções
Determinar qualidade, melhor domínio e a liberdade de movimento
propiciando a sua realização com naturalidade.
Permitir a vivência
total do movimento.
Incentivar a
economia de trabalho retardando a fadiga e aumentando resultados.
Reforçar a memória.
Facilitar a
expressão total.
Criar hábitos de
disciplina e atitudes.
Aperfeiçoar a
coordenação.
Na prosa
Em todas as línguas
a fala possui um ritmo, que se encaixa em um de três tipos. No ritmo silábico,
caso do francês e do espanhol, as sílabas têm todas a mesma duração. No ritmo
acentual, as sílabas têm durações diferentes, mas o intervalo de tempo entre as
sílabas tônicas é regular. É o caso da língua inglesa; a unidade mínima é o pé,
constituído por uma ou mais sílabas. Neste caso são os pés que se pronunciam
numa duração mais ou menos regular, o que significa que, por exemplo, num pé de
quatro sílabas cada uma delas deva ser mais breve do que a sílaba, obviamente
mais longa, de um pé monossilábico. O ritmo da fala inglesa apresenta-se assim
num movimento de velocidades diferentes, percorrendo períodos semelhantes de
tempo, mas cria-se também na tensão entre os acentos de intensidade -
equivalentes ao ictus da prosódia clássica - que surgem, de uma maneira
sistemática, na primeira sílaba de cada pé. Segundo M. A. K. Halliday, o pé
descendente constitui um elemento da estrutura fonológica inglesa. Este acento
pode também ser silencioso, mantendo-se o ritmo, de um modo sub-vocálico, tanto
na consciência do falante como na do ouvinte: o chamado "silêncio
rítmico". Há ainda o ritmo mórico ou moraico, no qual a duração das moras
é igual, sendo que uma sílaba pode ter uma ou mais moras.
A classificação do
português nesse sistema é controversa. O português europeu tem ritmo mais
acentual que o brasileiro; este último tem características mistas3 e
varia de acordo com a velocidade de fala, o sexo e o dialeto. Na fala rápida, o
português brasileiro tem ritmo mais acentual, e na lenta, mais silábico. Os
dialetos gaúcho e baiano têm ritmo mais silábico que os outros, enquanto os
dialetos do Sudeste, como o mineiro, têm ritmo mais acentual. Homens falam mais
rápido e com ritmo mais acentual que as mulheres.
Na música, todos os
instrumentistas lidam com o ritmo, mas é frequentemente encarado como o domínio
principal dos bateristas e percussionistas.
Segundo alguns
autores, os conceitos de ritmo podem variar.
Para Berge BERGE,
PIERRE. Dos ritmos ao caos. São Paulo: UNESP, 1996. o ritmo é uma
lei universal a que tudo submete.
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