Vitória é a
capital do estado do Espírito Santo, na Região Sudeste do Brasil. É uma das
três ilhas-capitais do país (as outras são Florianópolis e São Luís).
Com uma população de 348 265 habitantes segundo
estimativas de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, a cidade é a quarta mais populosa do estado
(atrás dos municípios limítrofes de sua região metropolitana: Vila Velha, Serra e Cariacica) e integra
uma área geográfica de grande nível de urbanização denominada Região Metropolitana da Grande
Vitória, compreendida pelos municípios de Vitória, Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana e Vila Velha.
Vitória é cercada
pela Baía de Vitória. É uma ilha de tipo fluvio marinho. Além da ilha
principal, Vitória, fazem
parte do município outras 34 ilhas e uma porção continental, perfazendo um
total de 93,381 km². Originalmente eram 50 ilhas, muitas das quais
foram agregadas por meio de aterro à ilha maior.
Entre as capitais
brasileiras, Vitória possui o 2° melhor índice de desenvolvimento humano (depois
de Florianópolis) de acordo
com as pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, foi considerada a 4ª melhor cidade para se
viver no Brasil pela ONU11 (Organização das Nações Unidas) em 2013
(atrás de São Caetano do Sul, Águas de São Pedro e Florianópolis) e o maior produto interno bruto per capita.
Vitória possui dois
grandes portos: o Porto de Vitória e o Porto de Tubarão. Esses
portos fazem parte do maior complexo portuário do Brasil, que inclui vários
portos do estado e que são considerados os melhores em qualidade do Brasil.
A cidade administra
a Ilha de Trindade e a Ilha de Martim Vaz, a 1100 km da costa, que são importantes
bases meteorológicas por causa de sua posição estratégica: localizam-se em área
de dispersão de massas de ar.
A cidade é um ótimo
destino turístico para quem quer ver belas paisagens e uma localidade com boa
qualidade de vida.
No século XVI,
quando os primeiros colonizadores portugueses chegaram à região da atual
Vitória, a mesma era disputada por três grupos indígenas diferentes: os goitacás (procedentes
do sul), os aimorés (procedentes
do interior) e os tupiniquins (procedentes
do norte). O donatário português
da capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho, fundou, em 1535,
a atual cidade de Vila Velha, que
passou a ser a capital da capitania.
Devido aos
constantes ataques indígenas, franceses e holandeses à
cidade fundada por Coutinho, os portugueses decidiram transferir a capital da
capitania para a Ilha de Santo Antônio, na Baía de Vitória. A ilha era chamada pelos índios de Ilha de
Guanaani. A Vila Nova do Espírito Santo, como foi denominada a nova capital,
foi fundada em 8 de setembro de 1551. Posteriormente, a cidade teve seu nome
mudado para o nome atual, Vitória, em memória da vitória em uma grande batalha
comandada pelo donatário da capitania, Vasco Fernandes Coutinho, contra os goitacás.
Até o século
XIX, os limites da capital capixaba eram o atual Forte de São João, onde
atualmente está localizado o Clube de Regatas Saldanha da Gama, próximo
ao Centro da cidade, e o morro onde funciona o atual hospital da Santa Casa de Misericórdia, no bairro Vila
Rubim. A cidade foi sendo construída nas partes altas, o que deu origem a
diversas ruas estreitas. A parte de baixo foi sujeita a ataques e, devido a
isso, foram construídos vários fortes na beira do mar.
Em 24 de fevereiro
de 1823 (17 de março de 1829 ?), a vila de Vitória foi elevada a cidade,
mas seu isolamento insular evitava seu desenvolvimento. A partir do ano de
1894, com o ciclo do café, iniciaram-se, na ilha, diversos aterros nas partes
baixas da cidade, alterando a forma da ilha e modernizando-a. Foram
construídos, após disso, diversos bairros e escadarias e foram derrubados
casarões. Além disso, foi melhorado o saneamento.
Em 1941, surgiu o
primeiro cais na capital e, em 1927, a ponte que ligou a ilha ao continente. O
porto se desenvolveu. Em 1949, foram feitos mais aterros e foram construídas
amplas avenidas. Depois dessas várias mudanças, a cidade tornou-se o maior
centro do Espírito Santo. Em 1970, o Porto de Vitória se tornou um dos mais importantes do país, e
a capital começou a se industrializar. A modernização da ilha gerou o
desaparecimento de quase todos os vestígios da Colônia e do Império na
ilha.
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