sexta-feira, 3 de outubro de 2014

CONAN, O BÁRBARO

Revistas em quadrinhos, literatura infantil


Conan da Cimeria é o maior personagem da literatura de fantasia heroica — ou "espada & feitiçaria" (sword and sorcery).


Criado pelo escritor texano Robert E. Howard em 1932, fez sua primeira aparição na revista Weird Tales no conto chamado "The Phoenix on the Sword" (em português, A Fênix na Espada). Howard escreveu mais dezenove histórias e um romance protagonizados pelo personagem (três dos contos só publicados após sua morte), sendo que outros escritores de renome também criaram histórias de Conan ou reescreveram contos, a partir de sinopses e fragmentos originais após 1936, ano em que Howard se suicidou. Dentre esses recuperadores e continuadores da obra de Howard se destacam L. Sprague de Camp e Lin Carter.




As histórias de Howard sobre Conan—e também sobre Kull, o rei da Valúsia, uma criação anterior a Conan—ajudaram a definir o formato da fantasia heroica como subgênero da fantasia: A ênfase em um herói que é um poderoso guerreiro, hábil espadachim, de disposição violenta e contrária às hipocrisias e fraquezas da civilização, e que sempre se defrontava com ameaças sobrenaturais sobre as quais sempre prevalecia, fossem elas magosdemônios ou outras criaturas de eras perdidas no tempo.

Cartaz do filme Conan, o Bárbaro, de1982, estrelado por Arnold Schwarzenegger

Nascido em um campo de batalhas e filho de um ferreiro, aos quinze ou dezesseis anos, Conan deixou voluntariamente sua tribo e começou a vagar pelo mundo, tendo lutado ao lado dos loiros aesires (de Aesgaard, região que geograficamente corresponderia hoje à Escandinávia), sendo, posteriormente, escravizado pelos hiperbóreos. Escapando, atuou como saqueadormercenário e pirata, sendo esta fase uma de suas mais marcantes devido a seu grande amor, a morena Bêlit, mais conhecida como a Rainha da costa Negra, que veio a falecer nas mãos do último sobrevivente de uma raça milenar. Durante sua vida enfrentou guerreiros, feiticeiros, monstros, vampiros, demônios, lobisomens e até mesmo criaturas dimensionais. Após inúmeras aventuras, aos quarenta anos, Conan conseguiu se tornar rei da Aquilônia, que, junto com a culta Nemédia, constituíram as mais altivas e poderosas nações hiborianas. Isto se deu após uma sangrenta guerra civil, quando o cimério estrangulou o traiçoeiro regente anterior, Numedides, e usurpou o trono. Após algumas tentativas de deposição, ele teria se casado com a cortesã Zenóbia e tido filhos com a mesma. Depois de cerca de trinta anos no poder, com cerca de sessenta e oito anos, Conan teria deixado o reino para seu filho mais velho, Conn, e partido para o enigmático Oeste, onde, após uma contenda nas misteriosas Ilhas de Antillia, remanescentes da desaparecida Atlântida, teria rumado com velhos companheiros de seus tempos de pirata ao obscuro continente de Mayapan, sendo que até aqui constam suas crônicas. É digno de menção que Robert E. Howard, em carta para o fã P. Schuyler Miller, menciona a visita de Conan ao continente localizado no extremo oeste do mundo1 , o que pode ter inspirado Sprague DeCamp a escrever o romance Conan das Ilhas que narra justamente esta viagem.
Conan é natural da Ciméria, um reino do norte, considerado místico e bárbaro pelos mais civilizados reinos do Sul e que, geograficamente, corresponderia aproximadamente às Ilhas Britânicas. Os cimérios eram, supostamente, descendentes decaídos dos antigos atlantes e eram conhecidos por sua belicosidade, habilidade em escalar obstáculos e ódio aos atarracados e aos ruivos vanires, dois outros povos com os quais disputavam fronteiras.


Nemédia é um reino imaginário criado por Robert E. Howard como parte dos países da Era Hiboriana, protagonizada por Conan, o Bárbaro. Sua capital seria a próspera Belverus. A Nemédia corresponderia à atual Alemanha e se tornou um grande centro de cultura e conhecimento daquele período fictício. De lá vieram as chamadas Crônicas da Nemédia, que, entre outras coisas narravam a vida de grandes personalidades deste período imaginário da história, como o cimério Conan.
Sua grande rival era a vizinha Aquilônia, sendo que a Nemédia jamais foi conquistada e resistiu ainda por muito tempo após a destruição daquele Império pelos pictos. Após as glaciações, não se ouve mais falar da Nemédia, cuja população fugiu ante as hordas de cimériosvanires e aesires que se deslocavam em função do avanço das geleiras rumo ao sul e leste, deixando as cidades nemédias totalmente arruinadas e desertas.
Supõe-se que o nome do país hiboriano teria sido inspirado no reino africano da Numídia, que tanto proveu mercenários a Cartago durante o período das Guerras Púnicas.

Capa da revista Weird Tales (Agosto de 1934) com o conto The Devil in Iron, de Robert E. Howard.

Quando aparecer o título em língua portuguesa é este a tradução adotada pela publicação da Editora Conrad , apenas no caso do conto "O Povo do Círculo Negro" é que se recorreu a outra editora, haja vista que foi a única que o traduziu. .

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