Revistas em quadrinhos, literatura infantil
Conan da
Cimeria é o maior personagem da literatura de fantasia heroica
— ou "espada & feitiçaria" (sword
and sorcery).
Criado pelo
escritor texano Robert E. Howard em 1932, fez sua
primeira aparição na revista Weird Tales no
conto chamado "The Phoenix on the Sword" (em português, A Fênix na Espada). Howard
escreveu mais dezenove histórias e um romance protagonizados pelo personagem
(três dos contos só publicados após sua morte), sendo que outros escritores de
renome também criaram histórias de Conan ou reescreveram contos, a partir de
sinopses e fragmentos originais após 1936, ano em que Howard se suicidou.
Dentre esses recuperadores e continuadores da obra de Howard se destacam L. Sprague de Camp e Lin Carter.
As
histórias de Howard sobre Conan—e também sobre Kull, o rei da
Valúsia, uma criação anterior a Conan—ajudaram a definir o formato da fantasia heroica
como subgênero da fantasia: A ênfase em um herói que é um poderoso guerreiro,
hábil espadachim, de
disposição violenta e contrária às hipocrisias e fraquezas da civilização, e que
sempre se defrontava com ameaças sobrenaturais sobre as quais sempre prevalecia,
fossem elas magos, demônios ou
outras criaturas de eras perdidas no tempo.
Nascido em
um campo de batalhas e filho de um ferreiro, aos quinze ou dezesseis anos,
Conan deixou voluntariamente sua tribo e começou a vagar pelo mundo, tendo
lutado ao lado dos loiros aesires (de Aesgaard, região que geograficamente
corresponderia hoje à Escandinávia), sendo, posteriormente,
escravizado pelos hiperbóreos.
Escapando, atuou como saqueador, mercenário e pirata, sendo
esta fase uma de suas mais marcantes devido a seu grande amor, a morena Bêlit,
mais conhecida como a Rainha da costa Negra, que veio a falecer nas mãos do
último sobrevivente de uma raça milenar. Durante sua vida enfrentou guerreiros,
feiticeiros, monstros, vampiros, demônios, lobisomens e até mesmo criaturas
dimensionais. Após inúmeras aventuras, aos quarenta anos, Conan conseguiu se
tornar rei da Aquilônia, que,
junto com a culta Nemédia,
constituíram as mais altivas e poderosas nações hiborianas. Isto se deu após
uma sangrenta guerra civil, quando o cimério estrangulou o traiçoeiro regente
anterior, Numedides, e usurpou o trono. Após algumas tentativas de deposição,
ele teria se casado com a cortesã Zenóbia e tido filhos com a mesma. Depois de
cerca de trinta anos no poder, com cerca de sessenta e oito anos, Conan teria
deixado o reino para seu filho mais velho, Conn, e partido para o enigmático
Oeste, onde, após uma contenda nas misteriosas Ilhas de Antillia, remanescentes
da desaparecida Atlântida, teria rumado com velhos companheiros de seus tempos
de pirata ao obscuro continente de Mayapan, sendo que até aqui constam suas
crônicas. É digno de menção que Robert E. Howard, em carta para o fã P.
Schuyler Miller, menciona a visita de Conan ao continente localizado no extremo
oeste do mundo1 , o
que pode ter inspirado Sprague DeCamp a
escrever o romance Conan das Ilhas que
narra justamente esta viagem.
Conan é
natural da Ciméria, um reino
do norte, considerado místico e bárbaro pelos mais civilizados reinos do Sul e
que, geograficamente, corresponderia aproximadamente às Ilhas Britânicas. Os cimérios eram, supostamente, descendentes
decaídos dos antigos atlantes e eram conhecidos por sua belicosidade,
habilidade em escalar obstáculos e ódio aos atarracados e aos ruivos vanires,
dois outros povos com os quais disputavam fronteiras.
Nemédia é
um reino imaginário criado por Robert E. Howard como
parte dos países da Era Hiboriana,
protagonizada por Conan, o Bárbaro. Sua capital seria a próspera Belverus. A Nemédia
corresponderia à atual Alemanha e se tornou um grande centro de cultura e
conhecimento daquele período fictício. De lá vieram as chamadas Crônicas da
Nemédia, que, entre outras coisas narravam a vida de grandes personalidades
deste período imaginário da história, como o cimério Conan.
Sua grande
rival era a vizinha Aquilônia, sendo que
a Nemédia jamais foi conquistada e resistiu ainda por muito tempo após a
destruição daquele Império pelos pictos. Após
as glaciações, não se
ouve mais falar da Nemédia, cuja população fugiu ante as hordas de cimérios, vanires e aesires que se deslocavam em função do avanço das
geleiras rumo ao sul e leste, deixando as cidades nemédias totalmente
arruinadas e desertas.
Supõe-se
que o nome do país hiboriano teria sido inspirado no reino africano da Numídia,
que tanto proveu mercenários a Cartago durante
o período das Guerras Púnicas.
Quando
aparecer o título em língua portuguesa é este a tradução adotada pela
publicação da Editora Conrad , apenas no caso do conto "O Povo do
Círculo Negro" é que se recorreu a outra editora, haja vista que foi a
única que o traduziu. .
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