quinta-feira, 23 de outubro de 2014

MAXIM’S – PARIS, FRANCE

Uma lenda parisiense

O mais famoso restaurante do mundo desde o século XIX


Maxim's é um restaurante de ParisFrança, localizado na Rue Royale, 3 - VIII Arrondissement (próx. Madeleine e Praça da Concórdia). 
 O Maxim's foi fundado em 7 de abril de 1893, durante a chamada Belle Époque. O responsável pela fundação foi Maxime Gaillard, antes garçom de um bar das proximidades. No começo servia refeições a operários, mas, depois os patrões passaram a frequentá-lo, quando então servia ostras frescas, sopa de cebola, frango assado, escalopes de vitela, rabos de porco, lagostas, linguado ao conhaque. Ficava próximo ao Hotel Crillon, ao Jockey Clube e ao Automóvel clube.




Os primeiros importantes profissionais da casa foram o chef Henry Chaveau e o mâitre Eugène Cornuché, que tomaram conta do restaurante a partir da morte de Crillon em 1895, que ocorreu apenas dois anos depois de sua fundação. Seu apogeu foi entre o final do século XIX e o início da Primeira Grande Guerra, embora funcione até hoje. Sofreu grande reforma quando da Exposição Universal de 1889. Na década de 30, teve o seu mâitre mais famoso, Albert Blazer.


No início do século XX, ficou famosa a senhora que tomava conta das toilettes, Madame Pi-Pi, que agenciava encontros amorosos. Na época só funcionava à noite, após 17 horas, sendo o jantar servido entre 20 e 22 horas. Era frequentado por conhecidas figuras da sociedade parisiense: Os Duques russos, VladimirMichel e Alexis; Duques de Mornryn, de Uzés e Jouvenal; Marquês Boni de Castelane, Conde Arnold de Contades; Barão James Henessy; Príncipes Sagan e Murat; Max Labaudy (Magnata da beterraba); Maurice Bertrand (do champagne Heidsieck); e famosas e sofisticadas mulheres ditas frívolas: "La Bella Otero" (dançarina, atriz e cortesã nascida na Galícia), Emiliane d'Alençon, Marthe de Kerrien. Liane de Pougy.


Maxim's foi muito frequentado pelo brasileiro Santos Dumont. O inventor chegara a Paris em 1892 e no restaurante encontrava seus amigos como o joalheiro Louis Cartier, o engenheiro Gustave Eiffel (construtor da famosa Torre Eiffel, símbolo de Paris), o editor do New York Herald, James Gordon Bennett. Também ali conheceu o caricaturista e escritor George Goursat, que era como um '"clone" de Dumont. Ambos se vestiam de modo quase idêntico, inclusive com com o mesmo tipo de chapéu que caracterizou o inventor.


Hoje, o restaurante e a marca Maxim's pertencem a Pierre Cardin. Outros restaurantes Maxim's foram abertos em GenebraMônacoBruxelasTóquioXangai e Pequim. A marca Maxim's foi estendida para diversos produtos e serviços de natureza sofisticada. O chef famoso mais recente foi o austríaco Wolfgang Puck quando jovem, o qual hoje tem vários restaurantes em Los AngelesEUA}, onde vive.


Uma lenda urbana parisiense, sem nenhuma confirmação, relata que Ho Chi Minh teria trabalhado no Maxim's como garçom e outras funções quando vivia no exílio em Paris, nos anos 20.
 [[Image:Maxims-The-Merry-Widow.jpg|thumb|right|250px|Pintura de Caricatura do Maxim's na capa do CD Die Lustige Witwe (A viúva alegre)


Maxim's é representado tanto na Opereta A viúva alegre (Die Lustige Witwe), como no correspondente Ballet.
Inspirou em 1899 a conhecida peça teatral "La Dame de Chez Maxim" de Georges Feydeau.


Foi representado no filme Gigi (1958) com os protagonistas Maurice ChevalierLeslie Caron e 'Louis Jourdan, cuja estória se passa na Belle Époque.
Seu exterior aparece por mais de um minuto no filme "A noite dos generais", com Peter O'Toole.


      É mencionado:
No conto "The Secret of Lieutenant Villar" da coleção Secrets of the Foreign Office (1903) pelo escritor britânico do gênero suspense, William Le Queux.
Diversas vezes no filme A grande ilusão (1937) de Jean Renoir.
      Em Doctor Who' (1979) - série City of Death.


    No sitcom britânico dos anos 70, "Fawlty Towers": Diante de uma inspeção das comidas, o Chef diz a Basil Fawlty, "Você leu o relato das aventuras de George Orwell no Maxim's de Paris? Fawlty responde:, "Não, você tem uma cópia? Vou lê-lo na Corte!", O Chef se referia ao livro Down and Out in Paris and London de Orwell, que apresenta deprimentes detalhes do trabalho do escritor com lavador de pratos no restaurante.

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