Rabat, Rabate
Rabá, ou Rebate (em árabe: الرباط; transl.: Ar-Ribāṭ) é a
capital de Marrocos.
Localiza-se na costa do Atlântico. Tem cerca
de 1,7 milhões de habitantes. A cidade foi fundada em 1150 pelo califa almóada Abd al-Mu'min, que ali
construiu uma fortaleza, uma mesquita e uma residência. Tornou-se cidade
imperial em 1660 e foi a capital do protetorado francês de Marrocos entre
1912 e 1956.
A História
de Rabat (antigo nome: Chellah) começou
com um acordo no século III Em 40
d.C., os Romanos tomaram Chellah e mudaram seu nome para Sala
de Colonia. Em 250, os romanos abandonaram a colônia. Em 1146, Abd
al-Mu'min transformou Rabat em uma fortaleza de grande escala para uso como
ponto de ataques contra a Espanha. Em 1170,
devido à sua importância militar, a cidade, passou a chamar-se de Ribatu
l-Fath, que significa "fortaleza de vitória".
Yaqub al-Mansur, outro
califa almóada, transferiu a capital de seu império para Rabat. Ele
construiu muralhas desde
Rabat até à Casbá dos Oudaias. No entanto, Yaqub morreu e a construção parou. As
ruínas de uma grande mesquita inacabada,
e o seu imponente minarete, a Torre Hassan, estão lá
até hoje.
Depois da
morte de Yaqub, o império entrou em declínio. O Califado Almóada perdeu o controle de suas posses na Espanha e
em grande parte do seu território africano, o que
levou ao seu colapso total. No século XIII, grande parte do poder
económico de Rabat se desmoronou. Tempos depois, os Nasridas, que
tinham sido expulsos da Espanha no início do século XVI, colonizaram a
região, o que ajudou a impulsionar o crescimento de Rabat.
Várias
cidades incluindo Rabat, se juntaram em 1627 para formar a chamada República do Bu Regregue. Logo depois da
formação da república, ocorreram diversos ataques bárbaros e
de piratas. Eles
tentaram estabelecer controle sobre os piratas, mas não conseguiram. Os muçulmanos continuaram
na tentativa de controlar os piratas durante muitos anos, até que a República
entrou em colapso em 1818. Mesmo após o colapso da república, os piratas
continuaram a usar o porto de Rabat, que levou ao bombardeio da cidade
pela Áustria em
1829.
Os franceses invadiram
o Marrocos em 1912 e estabeleceram um protetorado. O
administrador francês de Marrocos, General Hubert Lyautey, decidiu
transferir a capital do país novamente para Rabat. Quando o Marrocos alcançou a
independência em 1956, Mohammed V, o então rei de Marrocos, optou por permanecer na
capital Rabat.
Após
a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos começaram
a mandar suas tropas para treinar na base aérea francesa. Com a
desestabilização do governo francês no Marrocos, e da independência de
Marrocos, em 1956, o governo de Mohammed V queria a retirada das bases no
Marrocos, insistindo em tal ação, após a intervenção americana no Líbano, em 1958.
Os Estados Unidos concordaram em deixar em dezembro de 1959, o que ocorreu só
em 1963.
Desde junho de 2012 que um conjunto de sítios da
cidade de Rabat estão inscritos na lista de Património Mundial da UNESCO como bens culturais: a ville nouvelle (cidade
nova, edificada no início do Protetorado Francês de Marrocos), a Casbá dos Oudaias, o jardim de Essais, a almedina, as
muralhas e portas almóadas, os sítios arqueológicos de Chellah e da mesquita Hassan (cujo minarete é
a Torre Hassan), o mausoléu de Mohammed V e bairro habous de Diour Jamaâ.
Os almóadas
construíram uma muralha imponente no fim do século XII, que protegia os
lados sul e oeste da cidade. É composta por dois longos muros retilíneos, que
se cortam em ângulo agudo, com uma extensão total de mais de cinco quilómetros,
com espessura de mais de dois metros e altura média de cerca de oito metros. As
muralhas
delimitam
uma área de quase 425 hectares, que englobam o planalto superior que domina
atualmente Chellah, para garantir a segurança das partes baixas da cidade em
caso de ataque.
A muralha
ocidental tinha quatro portas, a intervalos bastante regulares: Bab El-Alou,
Bab El-Had, Bab Er-Rouah e Bab El-Hdid. A última encontra-se no que é
atualmente o palácio real. A muralha sul só tem uma porta: Bab Zaër. À
semelhança da maior parte das muralhas construídas pelos almóadas, as muralhas
de Rabat, construídas com alvenaria de grande solidez, rica em cal, resistiram
admiravelmente ao tempo. A intervalos regulares é flanqueada por torres
quadradas e a cortina é encimada por um adarve, bordejado
no exterior por um parapeito de merlões com
topo piramidal.
A porta Bab
Er-Rouah, uma obra-prima da estética monumental em pedra, apresenta, como a
porta da Casbá, uma decoração de nós entrelaçados em volta da abertura em forma
de arco de ferradura incrito num enquadramento retangular. Como em
Bab Agna ou em Marraquexe, grandes
arco retomam, alargando-o, o movimento do arco da própria porta, envolvendo-o
com uma auréola sinuosa com pontas afiadas, encimado por um grande friso com
uma inscrição cúfica.
No início
do século XVII, refugiados muçulmanos expulsos de Espanha instalaram-se na
Casbá e numa parte com cerca de cem hectares no interior das muralhas almóadas,
numa área que delimitaram construindo uma nova muralha. Esta tem início perto
da Bab El-Had e liga com a cortina do século XII na falésia do Bu
Regregue, no Borj Sidi Makhlouf. Retilínea e flanqueada por torres oblongas, a
muralha dita andaluza estendia-se
por mais de 1 400 metros, tinha em média cinco metros de altura
e uma espessura de mais de 1,5 metro. Era perfurada por três portas: Bab
Et-Tben (atualmente demolida, situava-se junto ao atual mercado municipal), Bab
El-Bouiba et Bab-Chella.
No início
do século XIX foi edificada uma nova muralha exterior, com uma extensão total
de 4 300 m. Prolongava a sul a muralha almóada e duplicava-a a
ocidente até ao oceano Atlântico, rodeando uma área total de mais de 840 ha.
Esta nova muralha, dita alauita, tinha uma
altura média de 4quatro metros e uma espessura ligeiramente inferior a um
metro. Era perfurada por três portas: Bab El-Qebibat, Bab Tamesna et Bab
Marrakech. Foi demolida em grande parte para construir a cidade
"europeia" durante o protetorado. A partir das principais portas da almedina partiam as estradas que
ligavam Rabat às outras cidades mais importantes de Marrocos, nomeadamente
Casablanca, Marraquexe e Fez.
Junto às
muralhas almóadas tinham lugar mercados semanais, como o Souq el-Had, junto à
porta do mesmo nome. Entre a muralha alauita e a muralha almóada estavam
situados, a sul, o Agdal, ligado ao Palácio Real, e a norte os jardins das
laranjeiras, cujos frutos, muito apreciados pela sua qualidade, eram exportados
para a Europa, o que é atestado por numerosos documentos de arquivos.
Teatro
Mohammed V
Casbá dos Oudayas, construído durante o Califado Almóada
Ruínas da mesquita inacabada de Hassan e do seu minarete, (Torre Hassan)
Casbá dos Oudayas, construído durante o Califado Almóada
Ruínas da mesquita inacabada de Hassan e do seu minarete, (Torre Hassan)
Bab Rosiere
Bab
El-Kebir
Mohamed
El-Fassi
O Espaço
Cultural Independente é dedicado à criação contemporânea marroquina e
internacional. Foi fundada pelo crítico de arte Abdellah Karroum, primeiro
tornou-se uma residência para artistas, então, a partir de 2004 uma
cooperativa.
Desde 2000,
foram lançados grandes projetos culturais, tais como:
A
Biblioteca Pública
Museu de
Arte Contemporânea
O Instituto
Superior de Música e Dança
Biblioteca
Internacional de Arte Moderna e Contemporânea
Casbá dos Oudaias: Casbá (castelo)
com vista para a foz do rio Bu Regreg. Foi
construído inicialmente como um Museu de Joias. Torre Hassan: A mesquita foi
construída pelo califa al-Mansur, destruída pelo terramoto de Lisboa de 1755
Mausoléu de Mohammed V: onde está
sepultado o rei Mohammed V e seus dois filhos, o rei Hassan II e seu irmão mais novo Moulay Abdellah.
Catedral de São Pedro de Roma:
Localizada na Praça de Golan. Este
edifício foi sempre com a intenção de ser uma catedral católica. Foi
terminado em 1930.
Dar-al-Makhzen: o palácio real e sede do governo onde trabalham e
residem mais de duas mil pessoas. Você entra no palácio por uma vasta extensão,
o Mechouar ".
Muito interessante!
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