segunda-feira, 27 de outubro de 2014

RABAT – CAPITAL DE MARROCOS


RabatRabate Rabá, ou Rebate (em árabeالرباطtransl.: Ar-Ribāṭ) é a capital de Marrocos. Localiza-se na costa do Atlântico. Tem cerca de 1,7 milhões de habitantes. A cidade foi fundada em 1150 pelo califa almóada Abd al-Mu'min, que ali construiu uma fortaleza, uma mesquita e uma residência. Tornou-se cidade imperial em 1660 e foi a capital do protetorado francês de Marrocos entre 1912 e 1956.
A História de Rabat (antigo nome: Chellah) começou com um acordo no século III Em 40 d.C., os Romanos tomaram Chellah e mudaram seu nome para Sala de Colonia. Em 250, os romanos abandonaram a colônia. Em 1146, Abd al-Mu'min transformou Rabat em uma fortaleza de grande escala para uso como ponto de ataques contra a Espanha. Em 1170, devido à sua importância militar, a cidade, passou a chamar-se de Ribatu l-Fath, que significa "fortaleza de vitória".




Yaqub al-Mansur, outro califa almóada, transferiu a capital de seu império para Rabat. Ele construiu muralhas desde Rabat até à Casbá dos Oudaias. No entanto, Yaqub morreu e a construção parou. As ruínas de uma grande mesquita inacabada, e o seu imponente minarete, a Torre Hassan, estão lá até hoje.
Depois da morte de Yaqub, o império entrou em declínio. O Califado Almóada perdeu o controle de suas posses na Espanha e em grande parte do seu território africano, o que levou ao seu colapso total. No século XIII, grande parte do poder económico de Rabat se desmoronou. Tempos depois, os Nasridas, que tinham sido expulsos da Espanha no início do século XVI, colonizaram a região, o que ajudou a impulsionar o crescimento de Rabat.


Várias cidades incluindo Rabat, se juntaram em 1627 para formar a chamada República do Bu Regregue. Logo depois da formação da república, ocorreram diversos ataques bárbaros e de piratas. Eles tentaram estabelecer controle sobre os piratas, mas não conseguiram. Os muçulmanos  continuaram na tentativa de controlar os piratas durante muitos anos, até que a República entrou em colapso em 1818. Mesmo após o colapso da república, os piratas continuaram a usar o porto de Rabat, que levou ao bombardeio da cidade pela Áustria em 1829.
Os franceses invadiram o Marrocos em 1912 e estabeleceram um protetorado. O administrador francês de Marrocos, General Hubert Lyautey, decidiu transferir a capital do país novamente para Rabat. Quando o Marrocos alcançou a independência em 1956, Mohammed V, o então rei de Marrocos, optou por permanecer na capital Rabat.


Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos começaram a mandar suas tropas para treinar na base aérea francesa. Com a desestabilização do governo francês no Marrocos, e da independência de Marrocos, em 1956, o governo de Mohammed V queria a retirada das bases no Marrocos, insistindo em tal ação, após a intervenção americana no Líbano, em 1958. Os Estados Unidos concordaram em deixar em dezembro de 1959, o que ocorreu só em 1963.
Desde junho de 2012 que um conjunto de sítios da cidade de Rabat estão inscritos na lista de Património Mundial da UNESCO como bens culturais: a ville nouvelle (cidade nova, edificada no início do Protetorado Francês de Marrocos), a Casbá dos Oudaias, o jardim de Essais, a almedina, as muralhas e portas almóadas, os sítios arqueológicos de Chellah e da mesquita Hassan (cujo minarete é a Torre Hassan), o mausoléu de Mohammed V e bairro habous de Diour Jamaâ.
Os almóadas construíram uma muralha imponente no fim do século XII, que protegia os lados sul e oeste da cidade. É composta por dois longos muros retilíneos, que se cortam em ângulo agudo, com uma extensão total de mais de cinco quilómetros, com espessura de mais de dois metros e altura média de cerca de oito metros. As muralhas


delimitam uma área de quase 425 hectares, que englobam o planalto superior que domina atualmente Chellah, para garantir a segurança das partes baixas da cidade em caso de ataque.
A muralha ocidental tinha quatro portas, a intervalos bastante regulares: Bab El-Alou, Bab El-Had, Bab Er-Rouah e Bab El-Hdid. A última encontra-se no que é atualmente o palácio real. A muralha sul só tem uma porta: Bab Zaër. À semelhança da maior parte das muralhas construídas pelos almóadas, as muralhas de Rabat, construídas com alvenaria de grande solidez, rica em cal, resistiram admiravelmente ao tempo. A intervalos regulares é flanqueada por torres quadradas e a cortina é encimada por um adarve, bordejado no exterior por um parapeito de merlões com topo piramidal.


A porta Bab Er-Rouah, uma obra-prima da estética monumental em pedra, apresenta, como a porta da Casbá, uma decoração de nós entrelaçados em volta da abertura em forma de arco de ferradura incrito num enquadramento retangular. Como em Bab Agna ou em Marraquexe, grandes arco retomam, alargando-o, o movimento do arco da própria porta, envolvendo-o com uma auréola sinuosa com pontas afiadas, encimado por um grande friso com uma inscrição cúfica.


No início do século XVII, refugiados muçulmanos expulsos de Espanha instalaram-se na Casbá e numa parte com cerca de cem hectares no interior das muralhas almóadas, numa área que delimitaram construindo uma nova muralha. Esta tem início perto da Bab El-Had e liga com a cortina do século XII na falésia do Bu Regregue, no Borj Sidi Makhlouf. Retilínea e flanqueada por torres oblongas, a muralha dita andaluza estendia-se por mais de 1 400 metros, tinha em média cinco metros de altura e uma espessura de mais de 1,5 metro. Era perfurada por três portas: Bab Et-Tben (atualmente demolida, situava-se junto ao atual mercado municipal), Bab El-Bouiba et Bab-Chella.
No início do século XIX foi edificada uma nova muralha exterior, com uma extensão total de 4 300 m. Prolongava a sul a muralha almóada e duplicava-a a ocidente até ao oceano Atlântico, rodeando uma área total de mais de 840 ha. Esta nova muralha, dita alauita, tinha uma altura média de 4quatro metros e uma espessura ligeiramente inferior a um metro. Era perfurada por três portas: Bab El-Qebibat, Bab Tamesna et Bab Marrakech. Foi demolida em grande parte para construir a cidade "europeia" durante o protetorado. A partir das principais portas da almedina partiam as estradas que ligavam Rabat às outras cidades mais importantes de Marrocos, nomeadamente Casablanca, Marraquexe e Fez.
Junto às muralhas almóadas tinham lugar mercados semanais, como o Souq el-Had, junto à porta do mesmo nome. Entre a muralha alauita e a muralha almóada estavam situados, a sul, o Agdal, ligado ao Palácio Real, e a norte os jardins das laranjeiras, cujos frutos, muito apreciados pela sua qualidade, eram exportados para a Europa, o que é atestado por numerosos documentos de arquivos.

Teatro Mohammed V

Casbá dos Oudayas, construído durante o Califado Almóada

Ruínas da mesquita inacabada de Hassan e do seu minarete, (Torre Hassan)

O maior teatro é o Teatro Mohammed V, no centro da cidade. Galerias Oficiais:
Bab Rosiere
Bab El-Kebir
Mohamed El-Fassi
O Espaço Cultural Independente é dedicado à criação contemporânea marroquina e internacional. Foi fundada pelo crítico de arte Abdellah Karroum, primeiro tornou-se uma residência para artistas, então, a partir de 2004 uma cooperativa.


Desde 2000, foram lançados grandes projetos culturais, tais como:
A Biblioteca Pública
Museu de Arte Contemporânea
O Instituto Superior de Música e Dança
Biblioteca Internacional de Arte Moderna e Contemporânea
Casbá dos OudaiasCasbá (castelo) com vista para a foz do rio Bu Regreg. Foi construído inicialmente como um Museu de Joias. Torre Hassan: A mesquita foi construída pelo califa al-Mansur, destruída pelo terramoto de Lisboa de 1755
Mausoléu de Mohammed V: onde está sepultado o rei Mohammed V e seus dois filhos, o rei Hassan II e seu irmão mais novo Moulay Abdellah.
Necrópole de Chellah: construída em 1339, foi um antigo povoado feníciocartagineses e romano.
Catedral de São Pedro de Roma: Localizada na Praça de Golan. Este edifício foi sempre com a intenção de ser uma catedral católica. Foi terminado em 1930.


Dar-al-Makhzen: o palácio real e sede do governo onde trabalham e residem mais de duas mil pessoas. Você entra no palácio por uma vasta extensão, o Mechouar ".

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