sábado, 15 de novembro de 2014

BASÍLICA DE SÃO PEDRO – BASÍLICA DI SAN PIETRO VATICANO – ROMA, ITÁLIA

Arquitetura


A Basílica de São Pedro (em latim: Basilica Sancti Petri, em italiano Basilica di San Pietro) é uma basílica no Estado do Vaticano. Trata-se do maior e mais importante edifício religioso do catolicismo e um dos locais cristãos mais visitados do mundo. Cobre uma área de 23 000 m² ou 2,3 hectares (5.7 acres) e pode albergar mais de 60 mil devotos (mais de cem vezes a população do Vaticano). É o edifício com o interior mais proeminente do Vaticano, sendo a sua cúpula uma característica dominante do horizonte de Roma, adornado com 340 estátuas de santos, mártires e anjos. Situada na Praça de São Pedro, a sua construção recebeu contribuições de alguns dos maiores artistas da história da humanidade, tais como Bramante, Miguel Ângelo, Rafael e Bernini.




Especificamente classificada pela UNESCO, catalogada e preservada como Património Mundial da Humanidade, a Basílica de São Pedro foi considerada o maior projeto arquitectónico da sua época e continua a ser um dos monumentos mais visitados e celebrados do mundo. Foi provado que sob o altar da basílica está enterrado São Pedro (de onde provém o nome da basílica) um dos doze apóstolos de Jesus e o primeiro Papa e, portanto, o primeiro na linha da sucessão papal. Por esta razão, muitos Papas, começando com os primeiros, têm sido enterrados neste local. Sempre existiu um templo dedicado a São Pedro em seu túmulo, inicialmente extremamente simples, com o passar do tempo, os devotos foram aumentando o santuário, culminando na atual basílica. A construção do atual edifício, no local da antiga basílica erguida pelo Imperador Constantino, começou em 18 de abril de 1506 e foi concluída em 18 de novembro de 1626, sendo consagrada imediatamente pelo Papa Urbano VIII. A basílica é um famoso local de peregrinação, pelas suas funções litúrgicas e associações históricas.

Cúpula

A Basílica de São Pedro é uma das quatro basílicas patriarcais de Roma, sendo as outras a Basílica de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros. Contrariamente à crença popular, São Pedro não é uma catedral, uma vez que não é a sede de um bispo.8Embora a Basílica de São Pedro não seja a sede oficial do Papado (que fica na Basílica de São João de Latrão), certamente é a principal igreja que conta com a participação do Papa, pois a maioria das cerimónias papais são realizadas na Basílica de São Pedro devido à sua dimensão, à proximidade com a residência do Papa, e a localização privilegiada no Vaticano.

Altar papal

Depois da crucificação de Jesus, na segunda metade do primeiro século da era cristã, está registado no livro bíblico Atos dos Apóstolos, que um de seus doze discípulos, conhecido como Simão Pedro, um pescador da Galileia, assumiu a liderança entre os seguidores de Jesus, exercendo um papel importante na fundação da Igreja Cristã. O nome é Pedro "Petrus" em latim e "Πέτρος" (Petros) em grego, decorrente de "petra", que significa "pedra" ou "rocha" em grego. Pedro depois de um ministério com cerca de trinta anos, viajou para Roma e evangelizou grande parte da população romana. Pedro foi executado no ano 64 d.C durante o reinado do imperador romano Nero e crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, perto do Obelisco no Circo de Nero.


Os restos mortais de São Pedro foram enterrados fora do Circo, na Colina do Vaticano, a menos de 150 metros do local da sua morte. O seu túmulo foi inicialmente marcado apenas com uma pedra vermelha, símbolo do seu nome. Um santuário foi construído neste local alguns anos mais tarde. Quase trezentos anos depois, a Antiga Basílica de São Pedro foi construída neste sítio.
A partir dos anos 1950, intensificaram-se as escavações no subsolo da basílica, após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com a remoção de toneladas de terra correspondente do corte da Colina Vaticana que serviu para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino. A equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a São Pedro, e inclusive uma parede onde foi inscrita a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".


Também foram encontrados, num nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60 e 70 anos de idade, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, pertencerem São Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de São Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.


Depois da crucificação de Jesus, na segunda metade do primeiro século da era cristã, está registado no livro bíblico Atos dos Apóstolos, que um de seus doze discípulos, conhecido como Simão Pedro, um pescador da Galileia, assumiu a liderança entre os seguidores de Jesus, exercendo um papel importante na fundação da Igreja Cristã. O nome é Pedro "Petrus" em latim e "Πέτρος" (Petros) em grego, decorrente de "petra", que significa "pedra" ou "rocha" em grego. Pedro depois de um ministério com cerca de trinta anos, viajou para Roma e evangelizou grande parte da população romana.14 Pedro foi executado no ano 64 d.C durante o reinado do imperador romano Nero e crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, perto do Obelisco no Circo de Nero.
Os restos mortais de São Pedro foram enterrados fora do Circo, na Colina do Vaticano, a menos de 150 metros do local da sua morte. O seu túmulo foi inicialmente marcado apenas com uma pedra vermelha, símbolo do seu nome. Um santuário foi construído neste local alguns anos mais tarde. Quase trezentos anos depois, a Antiga Basílica de São Pedro foi construída neste sítio.


A partir dos anos 1950, intensificaram-se as escavações no subsolo da basílica, após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com a remoção de toneladas de terra correspondente do corte da Colina Vaticana que serviu para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino. A equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a São Pedro, e inclusive uma parede onde foi inscrita a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".
Também foram encontrados, num nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60 e 70 anos de idade, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, pertencerem São Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de São Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.


Na Basílica também se encontra o Altar Papal. Situa-se no cruzeiro sob a cúpula, enquadrado pelo monumental baldaquino de São Pedro (núm. 82), trabalho de Gian Lorenzo Bernini, construído entre 1624 e 1633. O altar foi feito em bronze retirado do Panteão e possui uma altura de 30 m. É suportado por quatro colunas salomónicas com imitação do Templo de Salomão e do tabernáculo da antiga basílica, cujas colunas foram recuperadas e colocadas como adornos nos pilares da cúpula de Miguel Ângelo. No centro, sob o baldaquino, encontra-se um bloco paralelepípedo de mármore branco, rodeado por um enorme espaço sob a cúpula (o altar papal), e sobre ele um crucifixo feito de bronze e um conjunto de sete castiçais, onde apenas o papa pode celebrar a Eucaristia em ocasiões solenes no altar papal. Ele foi colocado verticalmente sobre o túmulo de São Pedro e consagrado a 5 de junho de 1594 pelo Papa Clemente VIII. Este altar é conhecido por "Altar da Confissão", estando situado no lugar conhecido como "Confessio", o túmulo do apóstolo que com o seu martírio confessou sua fé. Nos pilares que sustentação a cúpula estão quatro esculturas que enfrentam o altar, encomendadas por Urbano VIII, são elas: São Longino (núm. 88), de Gian Lorenzo Bernini em 1639; Santa Helena(núm. 84) de Andrea Bolgi, em 1646; Santa Verônica(núm. 80); de Francesco Mochi em 1632; Santo André (núm. 76); de François Duquesnoy em 1640. Sobre cada uma das estátuas existe uma varanda fechada atrás da qual estão presentes diversos relicários: na de São Longino, a relíquia da Lança Sagrada; na Santa Helena encontra-se parte da Vera Cruz; na Santa Verónica é preservado o tecido com o rosto impresso de Cristo; em Santo André, irmão de São Pedro, foi preservado o crânio do apóstolo que, no entanto, Paulo VI ofereceu-o aos ortodoxos como um gesto de boa vontade. Na parte superior de cada pilar existem quatro mosaicos que representam os evangelistas com a sua respectiva representação iconográfica. No entablamento, onde foram colocados quatro santos acima do baldaquino, está a inscrição:
• HINC VNA FIDES • MVNDO REFULGET • HINC SACERDOTTI • VNITAS EXORITVR •
Aqui se espalha por todo o mundo a única e verdadeira fé, aqui nasce a unidade do sacerdócio


As quatro colunas de bronze (templo de Salomão)

A cúpula da catedral tornou-se um marco no estudo de engenharia de estruturas. É conhecido que foram construídas três correntes de ferro circundando a base da cúpula no intuito de resistir a esforços de tração, porém nada se sabe sobre seu executor e quando foi executada. Esse reforço, entretanto, não conseguia resistir aos esforços gerados e logo a cúpula começou a apresentar fissuras e sons de rompimento. Uma investigação sobre o comportamento estrutural da cúpula foi iniciada. Em 1740, após 150 anos da construção, a cúpula apresentava falhas que questionavam a segurança da mesma. Um grande número de especialistas foi consultado, dentre eles Giovanni Poleni, que, com o auxílio da literatura da época e com experimentos, conseguiu determinar os esforços horizontais gerados pela cúpula e, segundo estes estudos, ele assegurou a segurança da estrutura. Desta forma, nesse momento, em 1742, o primeiro cálculo estrutural havia sido executado. A cúpula apresentava uma concepção conservadora. De forma hemisférica, seria formada por quatro grandes arcos de 26 metros de vão e 46 metros de altura, sustentada por quatro grandes pilares ainda hoje existentes. A cúpula da Basílica de São Pedro eleva-se a uma altura total de 136,57 m. do chão até ao topo da cruz no exterior. A mais alta cúpula do mundo, o seu diâmetro interno é de 41,47  m, um pouco menor que duas das três grandes cúpulas que a precederam: a do Panteão de 43,3  m, e a da Catedral de Florença com 44  m. Os arquitetos da Basílica de São Pedro usaram como base essas duas cúpulas para encontrar formas de conceber aquela que se tornou a maior cúpula da cristandade.


O primeiro a realizar alguma modificação na cúpula foi Sangallo, que reprojetou a cúpula mudando-a de hemisférica para a forma obtida com a revolução de um arco segmentar e aumentando a altura da cúpula em nove metros. Após Sangallo, Miguel Ângelo assume-se como responsável pela grande maioria dos detalhes e esquemas estruturais existentes até hoje. Adoptou novamente a cúpula na forma hemisférica, porém projetada com duas camadas estruturais que a tornavam mais sólida. Além disso, os pilares sofreram novos reforços. Vinte e cinco anos após a morte de Miguel Ângelo, Giacomo della Porta e Domenico Fontana concluíram a cúpula. Em 1740, a cúpula passou a apresentar fissuras e desgastes que ameaçavam a sua segurança. Entretanto, um grande número de especialistas foi consultado, dentre eles Giovanni Poleni e uma solução de reforço tornou-se emergencial. Poleni, com o auxílio da literatura da época e com experimentos, como o emprego de catenárias, conseguiu determinar os esforços horizontais gerados pela cúpula e garantir a segurança da estrutura. Mais tarde, em 1742, com vista a uma maior segurança, mandou instalar cinco anéis de ferro adicionais, obra executada por Luigi Vanvitelli.

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