História
Como nasceu a continência (saudação) militar
Um corso, ou corsário, (do italiano corsaro,
comandante de navio autorizado a atacar navios) era alguém que, por missão ou carta de corso (ou
"de marca") de um governo, era autorizado a pilhar navios de outra nação (guerra de corso), aproveitando
o fato de as transações comerciais basearem-se, na época, na transferência
material das riquezas. Os corsos eram usados como um meio fácil e barato
para enfraquecer o inimigo por perturbar as suas rotas marítimas. Com os
corsos, os países podiam enfraquecer os seus inimigos sem suportar os custos
relacionados com a manutenção e construção naval.
Teoricamente,
um pirata com
uma carta de marca poderia ser considerado como corsário, reconhecido
como tal pela lei internacional. Sempre
que um navio corso fosse capturado, este tinha de ser levado a um Tribunal
Almirantado onde tentava assegurar de que era um verdadeiro corso. Contudo, era comum os corsos serem apresados e
executados como piratas pelas nações inimigas. Grande parte das vezes os
piratas, quando apanhados pela suposta vítima, tentavam usar uma carta de corso ilegal.
Por vezes, no seu país de origem, os
corsos eram considerados
A era de
ouro da pirataria
autênticos heróis,
tal como Sir Francis Drake, que,
graças aos fabulosos tesouros que arrecadou para a Inglaterra, foi
tornado Cavaleiro por Isabel I de Inglaterra.
Um
discípulo famoso de Sir Francis Drake (O El Dragon, como
era chamado entre os espanhóis), foi Sir
Thomas Cavendish outro importante corsário e circunavegador britânico. Cavendish atacou cidades brasileiras como
Santos, São Vicente, Ilha Grande e Vitória do Espírito Santo. Sobre esse
tema escreveu Ernesto Reis, no seu livro Piratas no Atlântico Sul de 2012.
Consta como
curiosidade histórica, no conhecido livro "Princípios de Defesa
Militar" dos dois irmãos J. S. Vasconcellos, editora Biblioteca do
Exército Brasileiro, edição de 1939, que nessa data histórica e da organização
da Armada Britânica, nasceu a "Saudação militar", da forma que se conhece
hoje (com a mão direita espalmada sobre a testa "e/ou sobre os olhos,
originalmente"), no dia fazia muito Sol (ensolarado) e os marinheiros em
posição de firmeza (sentido - disciplinar) militar, presenciavam a cerimônia de
seu chefe, quando a rainha se dirigiu para colocar o colar de Cavaleiro, seu
vestido que brilhava (muitas pedras preciosas e brilhantes) fez com que
ofuscasse (pelo Sol) nos olhos dos marujos, dessa forma todos fizeram a
saudação militar, disciplinadamente e ao mesmo tempo; e de forma altamente -
disciplinada. O que foi logo após amplamente elogiado pela chamada "Rainha
Virgem", todos comandantes militares aliados presentes, logo quiseram
imitar Drake e sua tripulação, altamente disciplinada.
Corsário
Já durante
as cruzadas, os corsários sarracenos eram
chamados pelos cruzados de "corsários berberes". Estes
corsários estavam autorizados pelos seu governos a pilhar as rotas marítimas
dos países cristãos. Inicialmente os corsários malteses lutavam
pela religião, mas algum tempo depois as crescentes recompensas da pirataria atraíram
mais ajuda. Rapidamente os corsários malteses se tornaram piratas experientes,
sem interesse nos ideais religiosos.
Explica Denisart, citado por A. Morel, p. 24, em «La guerra de
course à Saint-Malo», em «Mémoires de la société d´histoire et d´archéologie de
Bretagne», Rennes, 1957: «On appelle course en mer l´armement d´un vaisseau
fait par des particuliers, d´après une permission du roi, pour courir en temps
de guerra sur les ennemis de l´état, dans la vue d´interrompre leur commerce et
leur navigation» - ou seja, «chama-se corso no mar ao armamento de um navio
feito por particulares, por licença do rei, para combater os inimigos do estado
visando a interromper seu comércio e sua navegação». Um fenômeno difundido no século
XVIII, mas limitado ao exercício afinal de uma atividade em circunstâncias
bastante definidas - portanto, é importante fazer a distinção entre corsário e pirata.
Os piratas, segundo o autor, agiam ilegalmente em tempo de guerra
ou de paz, sem qualquer regra, sem pertencer a reis ou a qualquer governo. Ao
contrário, os corsário agiam de acordo com seu soberano,
exclusivamente em período de conflito. Seus navios eram armados por
particulares, mas com autorização do governo que lhe concedia «lettres de
marque» ou «cartas de marca», e compunha os quadros da "Marinha Nacional"
de Dona Maria I do Brasil e Portugal, chamada
de Corso ou Corsária, pois o Brasil, no período de 1808 a 1889 teve sua Marinha
Corsária, do chamado Reino - Unido e Império Brasileiro, como outros países,
vide para maiores informações a obra acadêmica - militar, "Princípios de
Defesa Militar", dos irmãos Vasconcellos. Isso fez com que o Brasil, no
período possuísse a segunda maior esquadra depois da Inglaterra, que tinha sua
Armada, e que também possuía a sua chamada esquadra corsária.
A situação estratégica de defesa era tão importante a nível militar, que
em 1681, Colbert (o famoso ministro de Luís XIV) promulgou medidas para regular a atividade,
reforçada após a derrota em 1692 de La Hougue, que muito enfraqueceu a marinha real francesa.
"O fortalecimento do Estado moderno, autoritário, centralizador,
tornou obsoleta a prática do corso". Com estas novas características dos
estados, o ataque ao comércio do inimigo foi perdendo proporções, acabando
assim com o corso. Os novos navios a vapor, que exigiam grandes custos de
produção e manutenção, fizeram com que a guerra marítima privada tivesse o seu
fim. Após a guerra da Crimeia, foi celebrado o Tratado de Paris de 1856, em que as grandes
potências ali reunidas concordaram em acabar definitivamente com a prática do
corso e, assim, como muitas vezes era o corso que levava à pirataria, esta
também teve tendência a diminuir. Os
piratas não desapareceram por completo, mas é certo que, com o desenvolvimento
das comunicações e sistemas de vigilância, esta atividade ficou bastante
enfraquecida.
Riqueza
fácil, quando abençoado pela sorte
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