A cultura
indiana está marcada por um alto grau de sincretismo e pluralismo. Os indianos têm conseguido conservar suas
tradições previamente estabelecidas, enquanto absorvem novos costumes,
tradições e ideias de invasores e imigrantes, ao mesmo tempo que estendem a sua
influência cultural a outras partes da Ásia,
principal Indochina e Extremo Oriente.
A sociedade
tradicional da Índia está definida como uma hierarquia social relativamente
restrita. O sistema de castas descreve a estratificação e as restrições
sociais do subcontinente indiano; também definem as classes sociais por
grupos endogâmicos hereditários,
que a princípio se
denominam jatis ou castas. Os
valores tradicionais das famílias indianas são muito respeitados e o
modelo patriarcal tem
sido o mais comum durante séculos, ainda que recentemente a família nuclear esteja
se convertendo no modelo seguido pela população que vive na zona urbana. A maioria
dos indianos têm seus casamentos arranjados por seus pais e por outros membros da família
respeitados, com o consentimento da noiva e do noivo. O matrimônio é
planejado para toda a vida, a taxa de divórcio é
extremamente baixa Casamento na infância é ainda uma prática comum, já que
metade das mulheres indianas se casam antes dos dezoito anos.
A gastronomia da Índia é
caracterizada por uma grande variedade de estilos regionais e o uso sofisticado
de ervas e
espécies. Os alimentos básicos são feitos com arroz (especialmente
no sul e no leste) e o trigo (predominante
no norte).8 Espécies,
como pimenta-preta, que agora
são consumidas em todo o mundo, são originalmente nativas no subcontinente
indiano. O pimentão, que foi
introduzido pelos portugueses, também é muito utilizado na cozinha indiana.
A roupa
tradicional varia de acordo com as cores e estilos segundo
a região e depende de certos fatores, incluindo o clima. Os estilos de vestir
incluem prendas simples como o sári para
as mulheres e
o dhoti para
os homens; outras
prendas como salwar kameez para
as mulheres e os kurta-pijamas, calças de
estilo europeu e camisas para
os homens também são populares.
Muitas
celebrações indianas são de origem religiosa, ainda que algumas sejam
celebradas independentemente da casta ou credo. Algumas das festas mais
populares da Índia são: Diwali, Holi, Durga Puja, Eid ul-Fitr, Eid al-Adha, Natal e Vesak. Além destas, a
nação tem três festas nacionais: o dia da República, o dia da independência e o Gandhi Jayanti. Uma outra
série de dias festivos, variando entre nove e doze dias, são oficialmente celebrados
em cada estado nacional. As práticas religiosas são parte integral da vida
cotidiana e são um assunto de interesse público.
Bovino em um
mercado de Varanasi, no estado
de Uttar Pradesh. Na Índia, os bovinos, elefantes, macacos e aves são
considerados como divindades, podendo circular livremente por todos os locais
públicos do país.
Inicialmente,
a Índia era constituída por três etnias: negros
(Dravidianos), orientais (mongóis) e brancos (caucasianos). Posteriormente,
outros povos lá estiveram em vários períodos de sua longa história. Deve-se a
isso a grande tolerância religiosa existente no país, uma vez
que o povo está acostumado a conviver com uma enorme diversidade cultural, que
inclui diferenças até mesmo nas línguas (que são realmente muitas).
A cultura
indiana antiga dividia a sociedade em quatro categorias de
ofícios e quatro de idades. Esse sistema tem o nome de Sanatana Dharma. Tal
aspecto cultural gerou diversas distorções na sociedade contemporânea e, apesar
de oficialmente banido, continua sendo infamantemente praticado.
Os
indianos, apesar das diversidades como linguagem, arte, música e cinema, são extremamente
ligados à nação e aos ancestrais, o que os torna uma sociedade muito
tradicional.
Segundo recenseamentos de 1961 e 1ínguas vernáculas
(sem agregação de estrangeirismos) e 67 línguas de ensino escolar em diversos
níveis. A Constituição de 1950 tornou o hindi, escrito
em ortografia devanágari, a língua oficial do
país e enumerou as 15 línguas oficiais regionais: assamês,bengali, gujarati (ou
gujerat), hindi, kanara, caxemira, malaiala, marathi, oriya, pendjabi, sânscrito, sindhi, tâmil, telugu, . No
entanto, o hindi encontrou uma certa resistência, particularmente nos Estados
do sul e em Bengala, o que conduziu à manutenção do inglês como segunda língua
privilegiada, de elite, que permite os contatos internacionais e a obtenção dos
melhores empregos.
A arquitetura da Índia apresenta
grandes variações regionais, com influências budistas, muçulmanas e europeias.
A estrupa, pagode ao ar
livre, a gopura e
o sikhara são
os tipos de arquitetura indiana
mais comuns. Edificações famosas na Índia, como o Taj Mahal, promovem
o turismo do país.
A música cobre uma ampla tradição de estilos
regionais. Em grande media, a música indiana dois importantes gêneros: a música carnática,
encontrada principalmente na região sul da Índia, e a música clássica indostani,
desenvolvida na região norte. Os instrumentos musicais próprios da música hindi
podem ser divididos em clássicos, folclóricos e estrangeiros.
Assim como
a música, a dança também tem diversas formas clássicas e folclóricas. Entre os
bailes indianos mais importantes encontram-se o bhangra de Punjab, o bihu de Assam, o chhau de Bengala Ocidental, o jharkhand,
o sambalpuri de Orissa e
a ghoomar de Rajastão. Oito
formas de dança, muitas delas com elementos narrativos e mitológicos, têm sido
reconhecidas com o status de dança clássica nacional pela
Academia Nacional de Música, Dança e Drama da Índia. Estas são: Bharatanatyam, do estado
de Tamil Nadu, kathak de Uttar Pradesh, kathakali e mohiniyattam de Kerala,kuchipudi de Andhra Pradesh, manipuri de Manipur, odissi de
Orissa e a sattriya de Assam.
O teatro incorpora
música, dança e diálogos improvisados ou escritos. A princípio, as obras
teatrais se baseiam em relatos obtidos da mitologia hindu, mas
também trata de mais temas, como as histórias épicas de romances medievais e
notícias de eventos sociais e políticos recentes.
A indústria cinematográfica
indiana é a maior do mundo. Bollywood, bairro
localizado na cidade de Bombaim onde
são feitos os filmes e comerciais em hindi, foi recentemente convertido como o centro
da indústria cinematográfica mais prolífica do mundo, igualando sua importância
com Hollywood. Também
são feitos filmes tradicionais e comerciais em zonas onde obengali, canarês, malayalam, marathi, tâmil e telugu são
idiomas oficiais.
As
primeiras obras da literatura foram
transmitidas originalmente de maneira oral, séculos mais tarde foram
recompiladas de maneira escrita. Estas obras incluem textos da literatura sânscrita, tais como os primeiras Vedas, as epopeias Mahabharata e Ramayana, o drama Abhijñanasakuntalam (o
reconhecimento de Sakuntala) e poesias como Mahakavya -
e textos da literatura "Sangam" em tâmil. Entre
os principais escritores indianos contemporâneos destaca-se Rabindranath Tagore, que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1913.
A música da
Índia, essencialmente improvisada, de caráter descritivo e emotivo, baseia-se
em quadros rígidos, complexos e constantes, que constituem o único elemento
transmissível. Deriva de vários sistemas pertencentes a grupos étnicos e
linguísticos distintos (munda, Dravidianos, Arianos e
outros). A música indiana, não tendo notação gráfica, consiste em um sistema
de ragas que são memorizadas pelos executantes e que servem de
base para as improvisações.
As ragas são
uma espécie de modos com 5, 6 ou 7 notas sobre as quais é criada toda a música.
Cada raga está associada a uma estação do ano ou a um momento
do dia.
Após a
invasão muçulmana, passou a
ser elaborada segundo dois sistemas principais: o sistema do norte (hindustani) e o do
sul (Karnático). Essa música é caracterizada pela existência de um grande
número de modos. O modo não é simplesmente uma gama, mas comporta também indicações
de intervalos exatos, ornamentados, estilo de ataque das notas para formar uma
entidade e apresenta uma expressão e um estilo definidos: o raga ("estado
de alma"). A oitava é dividida em 22 intervalos, permitindo uma
consonância exata entre as notas. A rítmica, muito evoluída, possibilita
arabescos de uma extrema sutileza.
O principal
instrumento de cordas é a tambura (tampura);
os principais instrumentos de sopro são as flautas e uma
espécie de oboé. Entre os
tambores, os mais importantes são o mridangam e
o tabla. O tala é
o gongo indiano. Entre os mais importantes musicistas indianos estão Ali Akbar
Khan e Ravi Shankar (nascido em 1920 e que já se apresentou no Brasil).
Apesar
da Índia ter
uma sociedade pungente e moderna, com grandes aglomerados urbanos,
universidades - muita milenares - um parque industrial fortíssimo produzindo
desde agulhas a motores, aviões, etc, não perdeu suas características
culturais, apesar de estar sofrendo um choque cultural.
A dança
indiana inclui elementos descritivos, onde são narradas aventuras de deuses e
heróis míticos.
A Índia tem
uma grande indústria cinematográfica. É, em termos numéricos, a maior
produtora do mundo. O número de filmes feitos
na Índia é superior ao de qualquer outro país. Essa é uma paixão dos indianos.
Os cinemas vivem
lotados e eles amam seus astros e, diferentemente de outros lugares, tudo tem a
cara da Índia, sem invasões culturais, preservando a identidade deste país.
Esta diversidade, além de arquiteturas diferentes, é o que faz da Índia esse
"Caldeirão Cultural".
Atualmente
o cinema indiano, conhecido por Bollywood, é uma das
maiores indústrias do mundo da sétima arte.
O
filme Quem quer ser um milionário?, vencedor de
oito oscars, é um
filme britânico, mas filmado na Índia e
elenco indiano.
É o país mais místico do
mundo[carece de fontes],
com cheiro de incenso, cheio de guirlandas e
santos vagando pelas ruas, convivendo lado a lado com uma população
progressista, moderna. Nos dias atuais, muito da influência cultural ocidental
tem permeado esta cultura.
As
filosofias religiosas indianas - porque seus povos desenvolveram vários
sistemas filosóficos que sempre estão associados à religião - são englobadas em
cinco grupos principais:jainismo, sankhya, ioga, bramanismo, budismo e tantra. Quase
tudo na Índia é espiritualidade; o grande propósito da cultura indiana é
conhecer Deus, seja em
seus aspectos pessoal ou impessoal.
O conceito
do Zero nasceu
na Índia. A primeira Universidade, com o significado atual da palavra, existiu
em Nalanda, no estado
de Bihar, nos
tempos ancestrais.
A maior
parte dos fundamentos da matemática do
modo como entendemos hoje em dia deve-se à Índia, pois todo o sistema de numeração é indo-arábico, ou seja, os árabes buscaram
na Índia e difundiram os algarismos que usamos até hoje. A fórmula de Bhaskara que
foi criada na Índia é usada para resolver todas as equações de segundo grau.
A grande
contribuição para o mundo além da filosofia, que faz
parte da vida de todos os indianos, são os avanços na tecnologia da informação, pois a Índia hoje
tem exportado Phd's na área de softwares principalmente
para a Europa e Estados Unidos. No
Brasil, o Departamento de Microeletrônica da Universidade de São Paulo, USP, o Instituto de Pesquisas
Espaciais, INPE, e o IPEN, Instituto de Pesquisas
Nucleares contam com profissionais indianos em cargos importantes. No campo
da pesquisa espacial, o telescópio Chandra,
da NASA, que leva o nome do físico indiano, é superior em tecnologia ao telescópio espacial Hubble, mais conhecido
por ser responsável por telecomunicações. Outra área importante é a biotecnologia, campo que
a Índia domina sobre muitos países.
Para os
hindus, Varanasi é o local mais sagrado da terra, residência do deus Shiva.
Os hindus acreditam que Varanasi é uma zona santa, o que contribui muito para a
áurea sacra que permeia a cidade. A cada passo dado encontra-se referência a
alguma cidade, ou uma imagem sua, e mais de uma centena de templos espalhados.
Seus templos espalham-se por todas as pequenas ruas. Nessa parte da cidade
conhecida como Varanasi, não se há trânsito, a não ser motos e
bicicletas, que são os únicos meios de transporte que conseguem circular.
O rio
Ganges atrai milhares de peregrinos todos os anos, para se banharem em sua
águas sagradas. Mas essas águas sagradas também são o coração da cidade: tudo
acontece às margens do Ganges. As pessoas se banham, lavam suas roupas, meditam
praticam yoga e jogam críquete nos chamados Ghats of Gonga, degraus
que permitem às pessoas aproximarem-se do rio.
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