Cinema/literatura
O personagem mítico: todos creem que ele é verdadeiro
Don Vito Andolini Corleone (Corleone, Sicília, Reino da Itália, 7 de dezembro de 1891 - Cidade de Nova York, Nova York, 14 de agosto de 1955), nascido Vito Andolini, é um personagem fictício criado pelo escritor e roteirista ítalo-americano Mario Puzo. Fez sua primeira
aparição no romance de Puzo The Godfather (no Brasil, O
Poderoso Chefão, e em Portugal, O
Padrinho), publicado nos EUA em 1969, aparecendo nos romances posteriores do autor, e também
ao longo das adaptações cinematográficas de seus livros, cujo primeiro
longa, que adapta o primeiro livro, lançado com o mesmo nome em
1972, foi dirigido por Francis Ford Coppola, tendo sido o personagem interpretado, na ocasião,
pelo ator Marlon Brando.
Também foi
interpretado por Robert De Niro em The Godfather: Part II (br: O
Poderoso Chefão: Parte II). É um ambicioso imigrante que
parte do Reino da Itália, atual Itália (da ilha da Sicília, da
cidadezinha de Corleone) para
os EUA, mais precisamente para a Nova York do início do século
XX e que constrói um império, tendo a Máfia como
instrumento para seus negócios. Ama, acima de tudo, sua família,
razão pela
qual não queria nenhum de seus filhos trabalhando no ramo mafioso. Entretanto,
contrariando seu desejo, seu filho caçula Michael Corleone (Al Pacino) tornou-se
o Don após sua morte. Teve outros dois
filhos, Santino "Sonny" Corleone (James Caan) e Frederico "Fredo"
Corleone (John
Cazale), e uma filha, Constanza "Connie"
Corleone (Talia
Shire), além de um filho adotivo, Tom Hagen (Robert Duvall), que é
o consigliere da família.
O personagem Vito Corleone foi baseado em
integrantes reais da máfia como Joseph Bonanno, Frank Costello e Vito Genovese.
De acordo com o romance e o filme, Vito Corleone
nasceu em 1887, mas no filme The Godfather: Part II é
mencionado que ele teria nascido a 7 de dezembro de 1891.
Em 1901, seu pai,
Antonio Andolini, foi morto por um chefe da máfia na Sicília conhecido
como Don Francesco Ciccio, por ter se recusado a pagar um tributo,
tendo isso sido considerado um insulto pelo Don. O irmão mais velho de Vito,
Paolo Andolini, jurou vingança e desapareceu nas montanhas. Vito foi o único
homem que acompanhou sua mãe no funeral de seu pai. Entretanto, durante o
funeral, Paolo, que apareceu para assistir, foi assassinado. Algum tempo
depois, os homens de Ciccio foram até a residência dos Andolini para matar
Vito. Desesperada, Signora Andolini, mãe de Vito, foi se
encontrar com o Don.
Quando
chegou para ver Don Ciccio, ela implorou pela vida de seu filho, dizendo que
ele não procuraria vingança, mas seu pedido foi negado, pelo fato de que Ciccio
acreditava que quando adulto Vito procuraria se vingar. Em pânico com a
resposta de Ciccio, Signora Andolini agarra-o por trás e o ameaça,
colocando uma faca em sua garganta, dizendo para Vito fugir. Ciccio consegue se
desvencilhar e um de seus
homens,
dispara com uma lupara contra a mulher, matando-a imediatamente. Vito consegue
fugir dos homens de Ciccio, e durante aquela noite esconde-se com a ajuda de
amigos da família, sendo mandado posteriormente para os Estados Unidos em um
navio com outros imigrantes. Não falando inglês, ele é renomeado como Vito
Corleone, quando o agente da imigração lê a identificação em sua roupa que diz:
"Vito Andolini, de Corleone" (no romance ele escolhe o sobrenome
Corleone).
Corleone
foi adotado posteriormente pela família Abbandando em New York, e se
tornou o melhor amigo de Genco Abbandando, amigo este que futuramente se
tornaria seu consigliere. Anos depois, Corleone casou-se e
estabeleceu uma família. Vito começou a trabalhar no armazém de Abbandando, mas
perdeu seu emprego, devido ao fato de Abbandando ter sido forçado a dar um
emprego ao sobrinho de Don Fanucci.
Depois
disso, Corleone conheceu Peter Clemenza, que pediu a Vito para guardar uma
trouxa com o conteúdo desconhecido. Nesse pacote havia armas, mas Vito o
guardou mesmo assim, vindo Clemenza pegá-lo dias depois. Em recompensa Clemenza
oferece a Vito um tapete para sua casa, dizendo que iria pegá-lo na casa de um
amigo. Chegando na casa, o referido “amigo” de Clemenza não estava, fazendo-o
entrar e pegar o tapete. Na verdade, ele estava cometendo um roubo e quase foi
pego quando um policial apareceu, mas nada aconteceu.
Corleone
começou a viver e prosperar graças a esses pequenos crimes e fazendo favores em
troca de lealdade. Ele cometeu seu primeiro assassinato matando Don Fanucci,
o padrone da vizinhança. Havia rumores que Fanucci era membro
da “Mão Negra”, em 1919.
Tempos
depois o jovem Vito começa um negócio de importação de azeite com seu amigo
Genco Abbandando. Por anos ele usou esse negócio como fachada para o sindicato
do crime organizado, fazendo fortuna com as operações ilegais. Durante uma
viagem a Sicília com sua família em 1925, ele
vingou seus pais e irmão, assassinando Don Ciccio e seus
comparsas.
No começo
da década de 30 Vito Corleone estabeleceu a “Família Corleone” com a ajuda de
Peter Clemenza, Salvatore Tessio e Abbandando. E se tornou o Don da Família.
Foi nessa época que Genco Abbandando tornou-se o conselheiro da família.
Em 1945 Corleone
foi seriamente ferido em um atentado. Isso se deu devido a Vito ter recusado a
proposta de Virgil Sollozzo, o "Turco", de investir no ramo de
narcóticos e usar os contatos políticos para não terem problemas a respeito
desse novo negócio. Isso desencadeou uma série de eventos como o assassinato de
seu primogênito Sonny e a eventual introdução de Michael à Família.
Vito morreu
devido a um ataque do coração em Agosto de 1955, enquanto
brincava com seu neto Anthony Corleone. Após isso, seu filho Michael assumiu o
controle da Família. Sua ultima frase "A Vida é tão Bonita", aparece
somente no livro. Vito Corleone era um homem muito calmo e tranquilo. Nunca
interrompia a fala de ninguém, pois pensava que as pessoas devem escutar, para
ouvir o que os outros tem a dizer, e nunca elevava seu tom de voz, pois pensava
que quem fazia isso estava nervoso, porque já havia perdido a razão.
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