Génova ou Gênova (Zena em língua lígure) é uma cidade e comuna italiana da região da Ligúria, província de Génova, com cerca de 639.560 habitantes (1.510.000 na
área metropolitana). Estende-se por uma área de 243 km², tendo uma densidade populacional de 2484
hab/km². Faz fronteira com Arenzano, Bargagli, Bogliasco, Bosio (AL), Campomorone, Ceranesi, Davagna, Masone, Mele, Mignanego,Montoggio, Sant'Olcese, Sassello (SV), Serra Riccò, Sori, Tiglieto, Urbe (SV).
Gênova é um
importante porto marítimo que rivaliza com a cidade francesa de Marselha na
disputa pelo lugar de melhor porto do mar Mediterrâneo. e centro industrial cujo
crescimento económico e internacionalização data dos séculos XII e XIV. É também capital da província de mesmo nome, e ocupa lugar de destaque
no golfo de Gênova.
A cidade de
Génova (Gênova em português brasileiro) deve remontar aos Gregos, como atestam as escavações de uma necrópole datada
do século IV a.C., mas provavelmente o porto terá tido uma
utilização mais antiga. A cidade foi destruída pelos Cartagineses em 209 A.C., sendo
posteriormente reconstruída pelos Romanos, que a
usaram como base durante a guerra que travaram com a Ligúria.
No período que medeia a queda do Império Romano do Ocidente (476) e o século XI pouco
se sabe desta cidade. A partir do século XI, Génova torna-se uma república
marítima governada por cônsules. A cidade contribuiu então com o envio de
barcos no combate aos corsários sarracenos nas águas territoriais italianas;
aliaram-se a Pisa, para
expulsar os muçulmanos da Córsega e
da Sardenha mas
posteriores desentendimentos geraram disputas entre estas duas cidades-estado,
ambas importantes Repúblicas Marítimas.
No século XII, os
genoveses alargaram o seu território e partiram para as cruzadas trazendo
para a sua cidade ricos saques. Os mercadores genoveses enriqueceram bastante
com o transporte de mercadorias do Médio Oriente como
a seda, pedras preciosas e
as especiarias, muito
apreciadas na Europa por
esta altura, levando-os a estabelecer entrepostos comerciais em vários pontos
do Mediterrâneo e do mar Egeu, até
ao mar Negro.
O comércio era facilitado pelo bom relacionamento com o Império Bizantino; contudo, as proveitosas relações comerciais com
esta parte do mundo trouxeram graves conflitos com a República de Veneza, a sua rival comercial com a qual a República de Génova se envolveu numa guerra em meados do século XIII, época em
que o seu poderio tinha atingido maior amplitude. Génova esmagou Pisa na Batalha de Meloria em 1284, e os
venezianos foram derrotados em Curzola, em 1298,
dia 8 de setembro.
A partir de 1257, Génova,
uma cidade governada por mercadores e banqueiros, aprendeu a lidar com reis e
papas, envolvendo-se em conflitos que resultaram em divisões internas. Esta
disputa pelo poder gerou grupos rivais que não se inibiram de pedir auxílio a
forças externas. A desordem criada era tal que o próprio doge instituído
em 1339 não
conseguiu superar. Contudo, e apesar deste contexto muito conturbado, a sua
pujança manteve-se até 1381, depois da "guerra de Chioggia", quando
foi decidida a paz de Torino. Depois deste momento Génova perdeu os territórios
tirados aos Venezanos e começou seu declínio militar. Porém o poder financeiro
de Génova durou até a fim do século XVII, quando iniciou seu lento declínio;
seu último reduto, a Córsega, foi cedido à França em 1768; o ano seguinte
nasceu na Córsega Napoleão Bonaparte.
O doge Andrea Doria restaurou a estabilidade de Génova com a
ajuda do sacro imperador romano em 1528. A cidade
era dominada pela França e
o Piemonte; no
entanto, só perdeu a sua independência em 1797, com a
chegada de Napoleão Bonaparte, que integrou Génova na República da Ligúria, uma
província depois absorvida pelo Império Francês em 1805. Dez anos
depois, Génova foi integrada ao reino de Sardenha.
Depois da unificação italiana, em 1861, e
combinado com um rápido desenvolvimento industrial do norte do país, Gênova
galgou a posição de maior porto marítimo da Itália.
Génova tem um clima de transição entre o úmido subtropical (Cfa, segundo Köppen)2 e
o mediterrânico (Csa, segundo Köppen), visto
que há um decréscimo nas precipitações durante o verão, mas não tão forte
quanto em outros locais de clima mediterrânico típico. O mês mais frio na
cidade é janeiro, com temperatura média de 8 °C, enquanto o mês mais
quente é o de julho, com temperatura média de 24 °C. Para fazer dois
exemplos de quanto pode ser quente a cidade de Gênova, na estação de Villa
Cambiaso, na faculdade de engenharia e ciências da Universidade, no ano 2003, o
mais quente entre os últimos 14 (desde 1997 até 2010), a média das temperaturas
médias dos 93 dias do verão foi de 25,4°C, a média das máximas foi de 29°C, a
das mínimas de 21,7°C. Neste ano, 2010, a média das médias nos 93 dias foi
23,8°C, a das máximas 27,6°C e das mínimas de19,9°C. O junho, agosto e setembro
(até o dia 20) mais quentes foram os dos 2003 (respectivamente min 21,1°C e max
28,3°C em junho; 24,3°C e 31,2°C em agosto; 18,0°C e 25,9°C em setembro); o
julho mais quente foi neste ano 2010 com 22,3°C min, 30,1°C max e chegou até a
média de 26,4°C graus de temperatura média nos 31 dias (com 34,4°C de máxima
nos dias 18 e 19). O mês de janeiro mais frio foi neste ano 2010, com uma média
das máximas de 7,9°C, das mínimas 3,1°C e das médias 5°C. As estações mais
chuvosas são o outono e o inverno. A queda de neve é
algo incomum na cidade.
Coligadas ao porto, temos agrupadas várias indústrias de
diversas áreas: metalúrgicas,
siderúrgicas, químicas, de
cimento, de papel,
refinarias de petróleo, madeireiras, têxteis e
estaleiros. Os principais produtos importados
no porto de Gênova são o petróleo, o carbono e cereais; já os
principais produtos exportados são: azeite de oliva, vinho e
produtos têxteis (algodão e seda). É o
centro comercial das secções industrializadas do Piemonte e
da Lombardia, duas
regiões agrícolas privilegiadas do Norte de Itália e da Europa Central.
Gênova possui muitos lugares de interesse, entre eles a Catedral de Gênova e a Lanterna de Gênova. Strade Nuove e Rolli di Genova são
considerados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. O Palazzo Ducale é outro lugar importante de interesse.
Catedral de Gênova.
Na cidade
de Génova foi provavelmente onde nasceu o Jeans (que pega o nome da cidade), usado por
marinheiros genoveses.
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