quarta-feira, 12 de novembro de 2014

LAS PALMAS – ESPANHA

Cidades do mundo

A cidade de melhor clima do mundo


Las Palmas de Gran Canaria é um município espanhol localizado a nordeste da ilha de Gran Canária, é uma das cidades co-capitais da comunidade autónoma das Canárias (conjuntamente com a cidade de Santa Cruz de Tenerife).
A cidade foi fundada em 1478, ainda considerada a capital de fato das Ilhas Canárias até o século XVII. Atualmente abriga a sede permanente da Delegação do Governo da Espanha no arquipélago e da Presidência do governo autónomo em períodos alternados, legislativas e outras instituições de importância variável como a África House.



Com uma população de 383.343 habitantes é a maior cidade das Ilhas Canárias, tem uma área metropolitana de mais de 600.000 habitantes. O município ocupa uma área de 100,55 km ² (ISTAC, 2003). Sua altura é de 8 metros acima do nível do mar (na parte mais ao sul). O clima é de baixa pluviosidade, com uma temperatura média de cerca de 22 ° C.
Em 2011, Puerto de la Luz foi premiado com o prestígio internacional da revista "Sonho destinos mundiais de cruzeiro" com o prémio para o melhor porto de conexão, oferece transporte, hotéis, manuseio de bagagem e nível global de turismo, consolidando a cidade como um dos principais destinos deste tipo.

Praia de las Canteras em Las Palmas de Gran Canaria.

As origens da fundação da cidade de Las Palmas de Gran Canaria se originam do ano de 1478, mais precisamente no dia 24 de Junho(Dia de Verão), em que John Rejon, capitão da Coroa de Castela, começou a conquista da ilha Gran Canaria.
A luta durou por um período de cinco anos, custando muitas vidas, particularmente no lado aborígine, por falta de meios para se defender contra os exércitos comandados pelos Reis Católicos. Ainda assim, a resistência foi feroz. O fim da conquista viria em 1483, com a incorporação da ilha para a Coroa de Castela por D. Pedro de Vera, que conseguiu subjugar os aborígines de Gáldar no noroeste da ilha.
Em 1485 mudou-se da diocese do Rubicon para o Real de Las Palmas. A importância da cidade iria crescer lentamente, tornando-se o Bispo das Canárias, o primeiro tribunal da Inquisição, a Corte Real das Canárias e da residência do Capitão Geral das Canárias. Embora o capital como entendido no século XIX não existia no arquipélago, dada a residência do Capitão General ser considerada a capital das Ilhas Canárias para parte dos séculos XVI e XVII e, em seguida, embora nenhum sentido legal e real, continuou sendo considerada a capital honorário das Ilhas Canárias.


Testando a importância da cidade assumiu a escala que fez Cristóvão Colombo, em agosto de 1492 a fazer alguns reparos no leme do navio Pinta, e alterar o original velas La Niña (as velas triangulares de uma praça, feita que se tornou mais rápido o problema caravela), antes de partir para La Gomera. Esta foi a penúltima paragem antes da descoberta da América.
Durante esses primeiros séculos da vida, a cidade tornou-se muito ativo economicamente, principalmente devido ao comércio de cana-de-açúcar. No século XVII houve uma recessão por causa de uma trégua nas exportações de produtos agrícolas para a América e Europa. Durante a idade de ouro é frequentado vários ataques de piratas, que duraram no tempo até o século XVIII.

Castelo da Luz.

Ao final do século XV, a cidade era protegida apenas por uma fortaleza, encravada nas montanhas da península de La Isleta. Este forte, localizado a cinco quilômetros do centro urbano, nas imediações de onde hoje está localizado o Castelo da Luz, era o mais próximo para defendê-la no caso de ataque. Esta precariedade defensiva manteve-se até os últimos decênios do século XVI, quando já se notava uma ameaça de corsários e frotas estrangeiras. Desde então, começou a ser construído na cidade um sistema de fortificações mais apropriado. Assim, ergueram-se pequenos baluartes no litoral, dos quais permanece até os dias atuais o Torreão de São Pedro Mártir, conhecido popularmente como "Castelo de São Cristóvão", no ano de 1577. Desta mesma época, datam as muralhas que fechavam a cidade pelos seus lados norte e sul, que vieram marcar os limites da sua expansão urbana. Até hoje, são conservados vestígios destas, exatamente nas proximidades do chamado Castelo de Mata, em processo de restauração para converter-se num futuro museu da cidade.

Ataque de Van der Does à cidade. Pintura holandesa do século XVII.

Estas fortificações não foram suficientes para a desistência da esquadra de navios ingleses, comandada por John Hawkin e Francis Drake, que, no final do século XVI (1595), tentou, sem êxito, desembarcar no litoral de Las Palmas, com o intuito de saqueá-la. Supostamente, este ataque foi o primeiro combate da desastrosa expedição inglesa contra a América espanhola, que acabaria com a derrota dos ingleses, custando a vida tanto a Drake, como a Hawkins. Porém não impediram a Grande Armada Holandesa, comandada pelo almirante Peter van der Does, que se chegou à cidade em 26 de junho de 1599. Nesta ocasião, Las Palmas foi assediada durante dois dias, e, finalmente, após duros e sangrentos combates, tomada na tarde de 28 de junho, pelas forças holandesas, formadas por mais de 6.000 soldados e 74 navios. Combatidos pelas milícias insulares, que conseguiram fazer-lhes frente e vencer algumas batalhas, os invasores permaneceram na cidade por mais alguns dias. Durante este tempo, saquearam a Catedral das Canárias, dedicada a Sant'Ana, padroeira principal da cidade de Las Palmas, as Casas Consistoriais, conventos e numerosas igrejas, assim como algumas residências e mansões. Finalmente, em 4 de julho, os holandeses foram obrigados a deixar a cidade, não sem antes a incendiaram. As chamas afetaram numerosas casas, conventos, hospitais, capelas, igrejas


e edifícios públicos, alguns dos quais foram completamente destruídos. Também se perderam numerosas obras de arte, entre elas os retábulos, altares e imagens da catedral. Todavia, não foi destruído o templo da catedral, graças à solidez da sua construção. Esta foi, portanto, a maior invasão da história da cidade.

Porto da Luz atualmente

No século XIX, houve um feito de importância vital para a economia da cidade: a instauração dos portos francos. Tratava-se de um regime econômico especial, que favorecia as relações comerciais do arquipélago. Ele fez com que numerosos barcos e navios atracaram na ilha, representando a semente daquilo que posteriormente se converteria na principal fonte de riqueza da atualidade: o turismo. Deste interesse inicial pelo turismo, nasceu em 1830 o primeiro hotel de Gran Canaria, o Hotel Santa Catalina, que permanece aberto até os dias atuais.
Em 1927, um Decreto Real da ditadura de Miguel Primo de Rivera pôs fim à província das Canárias. Ele propiciou o nascimento das novas províncias de Santa cruz de Tenerife e a de Las Palmas. Las Palmas de Gran Canaria converteu-se na capital desta última, que integrou as ilhas de Gran CanariaLanzarote e Fuertventura. Com esta medida, tentou-se por fim à luta pelo controle econômico e político das ilhas, o que fez nascer o chamado pleito insular.


Francisco Franco, como general de divisão comandante militar das Ilhas Canárias, depois de declarar o Estado de Guerra em todo o arquipélago, partiu, em 18 de julho de 1936, desde Las Palmas de Gran Canaria até a África, na rebelião que conduziu ao começo da Guerra Civil Espanhola. No Hotel Madrid, conserva-se intato o quarto no qual pernoitou o general no dia anterior ao golpe de estado contra a república.
Em 1973,, ainda em plena Guerra Civil Espanhola, o município de San Lorenzo foi anexado a Las Palmas de Gran Canaria, após o fuzilamento do seu prefeito Juan Santana Vega e parte de seu secretariado, eleito durante a Segunda República Espanhola, ficando este reduzido a um mero distrito da capital insular.
Vários lustros após o final da Segunda Guerra Mundial, notaram-se certos sintomas de recuperação turística, que se materializaram no natal de 1957, quando aterrissou no Aeroporto de Gran Canaria um avião da companhia sueca Transair AB, com 54 passageiros. Acabava de iniciar-se a era do turismo, principal motor econômico da ilha e do arquipélago canário na atualidade. Durante os anos de 70 e 80, Las Palmas perdeu seu caráter turístico, em benefício dos municípios do sul da ilha.
Seguindo a restauração democrática de 1977, a cidade teve prefeitos de diferentes partidos, se bem que apenas Juan Rodriguez Doreste (PSOE) e José Manuel Soria López (PP) desfrutaram de mandatos duradouros. O atual prefeito é Juan José Cardona, do Partido Popular, eleito em 2011.

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