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A cidade de melhor clima do mundo
Las Palmas
de Gran Canaria é um município espanhol localizado
a nordeste da ilha de Gran Canária, é uma das
cidades co-capitais da comunidade autónoma das Canárias (conjuntamente
com a cidade de Santa Cruz de Tenerife).
A cidade
foi fundada em 1478, ainda
considerada a capital de fato das Ilhas Canárias até o século XVII. Atualmente
abriga a sede permanente da Delegação do Governo da Espanha no arquipélago e da
Presidência do governo autónomo em períodos alternados, legislativas e outras
instituições de importância variável como a África House.
Com uma
população de 383.343 habitantes é a maior cidade das Ilhas Canárias, tem uma
área metropolitana de mais de 600.000 habitantes. O município ocupa uma
área de 100,55 km ² (ISTAC, 2003). Sua altura é de 8 metros acima do nível do
mar (na parte mais ao sul). O clima é de baixa pluviosidade, com uma
temperatura média de cerca de 22 ° C.
Em 2011, Puerto de
la Luz foi premiado com o prestígio internacional da revista "Sonho
destinos mundiais de cruzeiro" com o prémio para o melhor porto de
conexão, oferece transporte, hotéis, manuseio de bagagem e nível global de
turismo, consolidando a cidade como um dos principais destinos deste tipo.
As origens
da fundação da cidade de Las Palmas de Gran Canaria se originam do ano de 1478, mais precisamente
no dia 24 de
Junho(Dia de Verão), em que John Rejon, capitão
da Coroa de Castela, começou a conquista da ilha Gran Canaria.
A luta
durou por um período de cinco anos, custando muitas vidas, particularmente no
lado aborígine, por falta de meios para se defender contra os exércitos
comandados pelos Reis Católicos. Ainda assim, a resistência foi feroz. O fim da
conquista viria em 1483, com a incorporação da ilha para a Coroa de Castela por
D. Pedro de Vera, que conseguiu subjugar os aborígines de Gáldar no noroeste da
ilha.
Em 1485
mudou-se da diocese do Rubicon para o Real de Las Palmas. A importância da
cidade iria crescer lentamente, tornando-se o Bispo das Canárias, o primeiro
tribunal da Inquisição, a Corte Real das Canárias e da residência do Capitão
Geral das Canárias. Embora o capital como entendido no século XIX não existia
no arquipélago, dada a residência do Capitão General ser considerada a capital
das Ilhas Canárias para parte dos séculos XVI e XVII e, em seguida, embora
nenhum sentido legal e real, continuou sendo considerada a capital honorário
das Ilhas Canárias.
Testando a importância da cidade assumiu a escala
que fez Cristóvão Colombo, em agosto de 1492 a fazer alguns reparos no leme do
navio Pinta, e alterar o original velas La Niña (as velas triangulares de uma
praça, feita que se tornou mais rápido o problema caravela), antes de partir
para La Gomera. Esta foi a penúltima paragem antes da descoberta da América.
Durante
esses primeiros séculos da vida, a cidade tornou-se muito ativo economicamente,
principalmente devido ao comércio de cana-de-açúcar. No século XVII houve uma
recessão por causa de uma trégua nas exportações de produtos agrícolas para a
América e Europa. Durante a idade de ouro é frequentado vários ataques de
piratas, que duraram no tempo até o século XVIII.
Castelo da Luz.
Ao final do
século XV, a cidade era protegida apenas por uma fortaleza, encravada nas
montanhas da península de La Isleta. Este forte, localizado a cinco quilômetros
do centro urbano, nas imediações de onde hoje está localizado o Castelo da Luz, era o
mais próximo para defendê-la no caso de ataque. Esta precariedade defensiva
manteve-se até os últimos decênios do século XVI, quando já se notava uma
ameaça de corsários e frotas estrangeiras. Desde então, começou a ser
construído na cidade um sistema de fortificações mais apropriado. Assim,
ergueram-se pequenos baluartes no litoral, dos quais permanece até os dias
atuais o Torreão de São Pedro Mártir, conhecido
popularmente como "Castelo de São Cristóvão", no ano de 1577. Desta
mesma época, datam as muralhas que fechavam a cidade pelos seus lados norte e
sul, que vieram marcar os limites da sua expansão urbana. Até hoje, são
conservados vestígios destas, exatamente nas proximidades do chamado Castelo de Mata, em
processo de restauração para converter-se num futuro museu da cidade.
Ataque de Van der Does à cidade. Pintura holandesa do século XVII.
Estas
fortificações não foram suficientes para a desistência da esquadra de navios
ingleses, comandada por John Hawkin e Francis Drake, que, no
final do século XVI (1595), tentou, sem êxito, desembarcar no litoral de Las
Palmas, com o intuito de saqueá-la. Supostamente, este ataque foi o primeiro
combate da desastrosa expedição inglesa contra a América espanhola, que
acabaria com a derrota dos ingleses, custando a vida tanto a Drake, como a
Hawkins. Porém não impediram a Grande Armada Holandesa, comandada pelo
almirante Peter van der Does, que se
chegou à cidade em 26 de junho de 1599. Nesta ocasião, Las Palmas foi assediada
durante dois dias, e, finalmente, após duros e sangrentos combates, tomada na
tarde de 28 de junho, pelas forças holandesas, formadas por mais de 6.000
soldados e 74 navios. Combatidos pelas milícias insulares, que conseguiram
fazer-lhes frente e vencer algumas batalhas, os invasores permaneceram na
cidade por mais alguns dias. Durante este tempo, saquearam a Catedral das Canárias, dedicada
a Sant'Ana, padroeira principal da cidade de Las Palmas, as Casas Consistoriais,
conventos e numerosas igrejas, assim como algumas residências e mansões.
Finalmente, em 4 de julho, os holandeses foram obrigados a deixar a cidade, não
sem antes a incendiaram. As chamas afetaram numerosas casas, conventos,
hospitais, capelas, igrejas
e edifícios
públicos, alguns dos quais foram completamente destruídos. Também se perderam
numerosas obras de arte, entre elas os retábulos, altares e imagens da
catedral. Todavia, não foi destruído o templo da catedral, graças à solidez da
sua construção. Esta foi, portanto, a maior invasão da história da cidade.
Porto da Luz atualmente
No século
XIX, houve um feito de importância vital para a economia da cidade: a
instauração dos portos francos. Tratava-se de um regime econômico especial, que
favorecia as relações comerciais do arquipélago. Ele fez com que numerosos
barcos e navios atracaram na ilha, representando a semente daquilo que
posteriormente se converteria na principal fonte de riqueza da atualidade: o
turismo. Deste interesse inicial pelo turismo, nasceu em 1830 o primeiro hotel
de Gran Canaria, o Hotel Santa Catalina, que permanece aberto até os dias
atuais.
Em 1927, um
Decreto Real da ditadura de Miguel Primo de Rivera pôs fim à
província das Canárias. Ele propiciou o nascimento das novas províncias de
Santa cruz de Tenerife e a de Las Palmas. Las Palmas de Gran Canaria
converteu-se na capital desta última, que integrou as ilhas de Gran Canaria, Lanzarote e Fuertventura. Com esta
medida, tentou-se por fim à luta pelo controle econômico e político das ilhas,
o que fez nascer o chamado pleito insular.
Francisco Franco, como
general de divisão comandante militar das Ilhas Canárias, depois de declarar o
Estado de Guerra em todo o arquipélago, partiu, em 18 de julho de 1936, desde
Las Palmas de Gran Canaria até a África, na rebelião que conduziu ao começo da Guerra Civil Espanhola. No Hotel Madrid, conserva-se intato o quarto no
qual pernoitou o general no dia anterior ao golpe de estado contra a república.
Em 1973,,
ainda em plena Guerra Civil Espanhola, o município de San Lorenzo foi anexado a
Las Palmas de Gran Canaria, após o fuzilamento do seu prefeito Juan Santana Vega e
parte de seu secretariado, eleito durante a Segunda República Espanhola, ficando este
reduzido a um mero distrito da capital insular.
Vários
lustros após o final da Segunda Guerra Mundial, notaram-se certos
sintomas de recuperação turística, que se materializaram no natal de 1957,
quando aterrissou no Aeroporto de Gran Canaria um
avião da companhia sueca Transair AB, com 54 passageiros. Acabava de iniciar-se
a era do turismo, principal motor econômico da ilha e do arquipélago canário na
atualidade. Durante os anos de 70 e 80, Las Palmas perdeu seu caráter
turístico, em benefício dos municípios do sul da ilha.
Seguindo a
restauração democrática de 1977, a cidade teve prefeitos de diferentes
partidos, se bem que apenas Juan Rodriguez Doreste (PSOE) e José Manuel Soria
López (PP) desfrutaram de mandatos duradouros. O atual prefeito é Juan José
Cardona, do Partido Popular, eleito em 2011.
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