Conquista da liberdade e da unificação de um povo
Vinte e cinco anos depois há uma só
Alemanha
O Muro de Berlim (em alemão Berliner Mauer) era uma barreira física construída
pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental - comunista) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental (capitalista), separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do
mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados
Unidos; e a República Democrática Alemã (RDA),
constituído pelos países comunistas sob julgo do regime soviético. Construído na madrugada de 13 de
Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302
torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas
de corrida para ferozes cães de guarda. Este
muro era patrulhado por militares da Alemanha Oriental Comunista com ordens de
atirar para matar (a célebre Schießbefehl ou "Ordem 101") os que tentassem escapar, o que provocou, segundo dados do regime comunista, a morte a 80
pessoas, 112 feridos e milhares aprisionados nas diversas tentativas de fuga
para o ocidente capitalista, além de separar, até sua queda, dezenas de
milhares de famílias berlinenses que ficaram divididas e sem contato algum. Os
números de mortos, feridos e presos é controverso, pois os dados oficiais do
fechado regime comunista são contestados por diversos órgãos internacionais de
Direitos Humanos.
A distinta e muito mais longa fronteira interna alemã demarcava a fronteira entre a Alemanha
Oriental e a Alemanha Ocidental.
Ambas as fronteiras passaram a simbolizar a chamada "cortina de ferro"
entre a Europa
Ocidental e o Bloco de
Leste.
Antes da construção do Muro, 3,5
milhões de alemães orientais tinham evitado as restrições de emigração do Leste comunista e fugiram para a Alemanha Ocidental, muitos ao
longo da fronteira entre Berlim Oriental e Ocidental. Durante sua existência,
entre 1961 e 1989, o Muro quase parou todos
os movimentos de emigração e separou a Alemanha Oriental de Berlim Ocidental por mais de um quarto de século.
Durante uma onda revolucionária de libertação ao comando de Moscou que varreu o Bloco de
Leste, o governo da Alemanha
Oriental anunciou em 9 de
novembro de 1989, após várias semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos
da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental
Capitalista e Berlim
Ocidental. Multidões de alemães orientais subiram e
atravessaram o Muro, juntando-se aos alemães
ocidentais do outro lado, em uma
atmosfera de celebração. Ao longo das semanas seguintes, partes do Muro foram
destruídas por um público eufórico e por caçadores
de souvenirs.
Mais tarde, equipamentos industriais foram usados para remover quase o todo da
estrutura. A queda do Muro de Berlim
abriu o caminho para a reunificação
alemã que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990. Muitos
apontam este momento também como o fim da Guerra Fria. O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a
reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos, está
marcado no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.
O
muro da vergonha
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